TV-CHILD É UMA DESIGNAÇÃO QUE SE PODE DAR À MINHA GERAÇÃO, QUE CRESCEU
A VER TV. ESTE BLOG É 90% SOBRE TV, 10% SOBRE OUTRAS COISAS.

30 dezembro 2008

Branca de Neve sexy


Fui ver o espectáculo de bailado Branca de Neve, muitíssimo anunciado pelas ruas da cidade e não só, mas cujo cartaz sempre me agradou. Sempre achei que as maminhas da menina se parecem com duas maçãs no negativo. Depois quando vi imagens e soube que os figurinos são de Jean-Paul Gaultier, sendo eu fã do estilista, em particular do seu trabalho mais criativo para espectáculos, e há muito que não via nada dele, visto que perdeu algum protagonismo na cena da moda internacional, entusiasmei-me!

Já não ia há que tempos ao grande auditório do CCB e, portanto, já não me lembrava do quão disparatada era a sala. Acho que depois deste tempo todo ainda vejo mais defeitos na sala, o primeiro de todos é não fazer rigorosamente sentido nenhum uma sala de espectáculos moderna, supostamente num edifício que deveria ter sido o último grito dessa mesma modernidade na época em que foi construído, ter uma planta à séc.XVIII onde se construíam as salas para o público se mirar a si próprio (nem as luzes eram totalmente apagadas) e não para olharem para o palco onde os espectáculos eram o pretexto para a sociedade se reunir e dar largas às intrigas, escândalos e encontros menos próprios, e mostrar a última moda nos vestidos das senhoras mais proeminentes. Era uma espécie de televisão portuguesa moderna das pseudo-vedetas e socialites. Depois a sala do CCB não tem uma acústica famosa e não se vê o palco como deve ser sem ser na plateia, e mesmo assim bem, bem só nos lugares centrais. As filas são demasiado próximas, eu que tenho 1,75m fico com os joelhos encostados à cadeira da fente e os acabamentos são frios e não particularmente bonitos. E ainda resta a questão das saídas de emergência, que são poucas e mal distribuídas...

Em geral gostei do espectáculo. Visualmente era muito bonito, o guarda-roupa ecléctico e sensual contrastava lindamente com cenários sóbrios mas eficazes, as luzes estavam maravilhosas e, apesar de não ser a maior fã de Mahler, gostei da escolha das músicas, só sentindo a falta de uma orquestra ao vivo, até porque a acústica das gravações não tinha nada a ver com a sala onde vi o ballet. A coreografia era uma espécie de reinterpretação do clássico, tornando-se mesmo assim bastante acessível a um público pouco conhecedor não sendo demasiado densa ou abstracta. Notou-se claramente que todo o espectáculo foi criado em redor do pas-de-deux entre a Branca de Neve e o Príncipe, quando ele a encontra no bosque desmaiada, uma lindíssima peça coreográfica, muito bem executada, claro está. Só não gostei da distribuição da narrativa, que se esticou demasiado ao início, assemelhando-se às coreografias tradicionais dos sécs. XVIII e XIX, onde o importante era mostrar dança, distorcendo a narrativa em função dela.

Em suma, Branca de Neve, do Ballet Preljocaj, é um bom espectáculo, mas, com tanta publicidade e marketing, estava à espera de algo mais moderno e arrojado, talvez tão arrojado como os figurinos, onde a Rainha Má era uma espécie de reinterpretação da Rainha Má da Disney, versão S/M Gaultier, a Branca de Neve de uma sensualidade e erotismo quase pueril, o Príncipe um toureiro e os Sete Anões uns mineiros sexy. Aliás nunca os Sete Anões foram tão sexy!!!

BALLET PRELJOCAJ - PAVILLON NOIR - CENTRE CHOREGRAPHIQUE NATIONAL

27 dezembro 2008

Velho clássico

Para variar o Natal deste ano foi pouco televisivo, à parte algum zapping, um episódio excelente do Futurama na FOX (Bender torna-se Deus e encontra Deus) e o 007 Casino Royale dia 25 à noite, pouco mais vislumbrei do aquário...

Infelizmente o 007 Casino Royale, que é em widescreen originalmente, tinha, na emissão da SIC, os lados cortados para evitar as barras negras . QUANDO É QUE APRENDEM???

Quando cheguei a casa, na tarde de dia 26, apanhei já o finzinho d'A Música no Coração, que me soube muito bem. A Música no Coração era daqueles filmes de que gosto mas que, juntamente com It's A Wonderful Life e Sozinho em Casa, já enjoava de tanto passar no Natal. Mas como já há uns bons anos que não o via, fiquei com pena de não o ter visto todo. Também a programação nas revistas (não tive grande oportunidade de a verificar online) estava tudo menos actualizada, pelo menos na Time Out... Mas não me compreendam mal, ainda não tenho saudades de It's A Wonderful Life e o Sozinho em Casa... provavelmente nunca mais vou querer vê-lo!

07 dezembro 2008

Redenção


Desde que o canal MOV passou a sinal aberto na TV-Cabo (ou ZON) que de vez em quando vou lá parar no zapping para me deparar com uma programação esquisita, comparável às antigas sessões de madrugada da TVI, mas sem o "espírito família". A únca coisa reconhecível eram um filme ou outro e a série Star Trek Enterprise.

Ontem, em parte na ausência de outra coisa de interessante em tantos outros canais, acabei por passar mais tempo no MOV que o habitual. Para além de ter visto grande parte do filme Transamerica, que infelizmente acabei por não ver no cinema (e de que gostei bastante), de madrugada vi grande parte de outro filme que há muito queria ver: Casshern.

Sendo fã atenta de anime, este filme chamou-me a atenção, na época do seu lançamento (2004), mas como ainda tinha alguma dificuldade em ter acesso a determinadas produções, acabou por se tornar mais um na minha longa lista de coisas que quero ver. Infelizmente também não foi desta que vi o filme em condições. Começou de madrugada, cerca das 4h da manhã, o que fez com que visse o filme, apesar dos esforços, com um olho aberto e outro fechado, o que não é lá grande coisa. Para além disso nem sequer vi o filme exactamente do início...

Casshern é um tokusatsu (filme de efeitos especiais) adaptado de um anime dos anos 70, que este ano está a ter em exibição no Japão um remake, novamente em anime, Casshern Sins. Como já disse, vi mal o filme, o que me ficou foi um trabalho artístico barroco e elaborado, com cenérios e guarda-roupa exuberantes e exóticos, mas também muito impressionantes. Dos efeitos especiais já não posso dizer o mesmo, faziam lembrar os maus efeitos da série Buck Rogers dos anos 80. Da história lembro-me pouco, apenas que, para um filme de ficção-científica e acção era particularmente palavroso e com poucas cenas de acção. Acho que infelizmente foi mais uma razão para me fazer adormecer, pois ao tentar concentrar-me nos diálogos em japonês, sem estar de cabeça fresca, tenho a óbvia tendência a adormecer. Aliás essa é uma das razões porque não gosto de ver filmes japoneses na TV.

Retiro todos os meus maus pensamentos acerca do MOV, a noite de ontem comprovou por A+B que é um canal actualizado e alternativo, que não passa apenas filmes baratos de 5ª intercalados com um ou outro filme ou série de melhor qualidade, que se perdem no meio do resto. Aliás segundo parece, a nova série de vampiros, criada por Alan Ball (Sete Palmos de Terra), True Blood, vai estrear em breve neste canal.

Vamos lá ficar atentos à programação do MOV (que, para variar, não tem site próprio)!

24 novembro 2008

4º Bloganiversário



Esqueci-me do aniversário do Anime-comic, mas do TV-Child não me esqueci!! Este ano o aniversário coincidiu com a chegada desta menina, a minha primeira Blythe, que baptizei Strawberry Fields como a última bondgirl de Quantum of Solace (elas são parecidas ) e ela até me fez um bolo!

Ontem foi com imenso agrado que constatei que a ficção portuguesa está de boa saúde apesar de por vezes não o aparentar, com a estreia da série Um Mundo Catita, que no geral agradou bastante.

Eu e a Strawberry vamos ver TV!

Um Mundo Catita

20 novembro 2008

*Holly Leveza

Esta é de rir à gargalhada! Por incrível que pareca esta é uma tradução(?) de Holly Golightly!!!! Já agora Azevinho Leveza, não? Já que holly quer dizer azevinho em inglês...

Esta gaffe monumental aconteceu num episódio de Project Runway [que já não via há demasiado tempo] onde o estilista e juiz do programa, Michael Kors, descreve um vestido como uma "Holly Golightly enlouquecida" ou coisa semelhante, já estava demasiado distraída a rir para fixar o adjectivo.

O mais engraçado disto tudo, como se já não fosse engraçado o suficiente o Holly Leveza, é que colocaram o nome com maiúscula, portanto quem traduziu até teve descernimento suficiente para perceber que se tratava de um nome, só não percebeu que se tratava de uma personagem emblemática para Nova Iorque. Holly é a protagonista do livro Breakfast at Tiffany's (Boneca de Luxo) de Truman Capote, que por sua vez teve uma inesquecível adaptação ao cinema com Audrey Hepburn a interpretar o papel de Holly, que ficou para todo o sempre ligado à actriz!

Para uma fã, como eu, do filme (confesso que nunca li o livro) o erro é chocante mas também extremamente divertido! Uma coisa é certa: quem traduz programas destes deveria ter um pouco mais de cultura de moda e de Nova Iorque, já que o programa é sobre moda e se passa em Nova Iorque...

A melhor casa de todas

Como já disse aqui várias vezes, não tenho muito o hábito de ver a TCM, principalmente por causa das repetições. Mas ultimamente tenho apanhado de vez em quando um ou outro filmes invulgares e bem interessantes.

Hoje foi um desses dias, apanhei, provavelmente a cerca de 2/3, uma daquelas maravilhosas comédias inglesas dos anos 60, actualmente caídas no esquecimento, mas muito picantes e engraçadas. O filme chama-se The Best House in London e é acerca da fundação de um bordel de luxo e comércio de jovens raparigas na Londres Victoriana.

O que me atrai nestes filmes é uma combinação de pequenos factores que no seu conjunto dão um resultado kitsch e ao mesmo tempo retro-chic, e extremamente divertido! O que salta primeiro à vista são os cenários exuberantes, barrocos, com uma paleta de cores psicadélicas que, apesar de serem de época, o que se nota logo ali é o ambiente sixties, e logo a seguir o guarda-roupa, as maquilhagens e os cabelos (extremamente bem penteados sem um único fora do lugar, nem nos homens!). A segunda coisa em que reparei foi no sotaque extremamente british, por vezes até cockney, como hoje-em-dia nem os ingleses mais ingleses falam. E por fim David Hemmings e George Sanders. Estes dois, principalmente David Hemmings, são sinónimo de sixties e da swinging London. Parece que todos os filmes que fizeram encaixam na perfeição neste universo camp, culminando Hemmings em Blow Up.

E depois o filme propriamente dito é uma estranha combinação de variados factores históricos, personagens descabidas e uma comédia desbragada, bastante picante com muitas meninas nuas, naquele misto de erotismo e ingenuidade que caracteriza imensos filmes ingleses dos anos 60. Não dá para não rir com o estranho dirigível do Conde Pandolfo nem com as cenas finais no bordel, em que cada quarto é uma encenação de uma situação potencialmente erótica: harém, sala de aula, pastorinha, selva, banhos romanos, etc.

Enfim... um filme divertido, sem subterfúgios, que é o que aparenta sem grandes pretensões a não ser apenas divertir.

17 novembro 2008

Daddy Longlegs

Há algum tempo que não comentava os rebeldes, hehee, vem aí mais! Na realidade este comentário é bem mais "leve" que os meus outros. A história tem decorrido, sem grandes surpresas mas com algumas emoções, nada digno de nota mas...

Ultimamente tem sido mais desenvolvida a história da Elsa (a rebelde desportiva), que supostamente sendo órfã só teria meios para estudar no colégio sendo bolseira, mas não, arranjaram-lhe um tutor misterioso, tem um estatuto protegido no colégio e recebe prendas caras, mas úteis (PC portátil, etc.). Pouco tempo após o foco cair sobre Elsa o colégio recebeu uma nova adição ao corpo docente, um "protegido" dos donos, jovem, bonzão, mas cretino e rígido como tudo que implica em particular com quem, com quem? Com a Elsa!

Tudo isto me faz lembrar uma história de que gosto muito, que conheço há muitos anos e que encaixa na perfeição no contexto: Daddy Longlegs, de Jean Webster. Conheci esta história através da sua adaptação para cinema dos anos 50, o filme Daddy Longlegs com Fred Astaire e Leslie Caron, uma adaptação livre do livro. Mais tarde vi e vibrei com a adaptação da Nippon Animation para série de anime, Watashi no Ashinaga Ojisan e só há pouco é que li ambos os livros. A adaptação do anime é mais fiel ao livro que, sendo pequenino, lhe acrescenta umas partes, algumas delas inspiradas no livro seguinte da autora, Dear Enemy.

Vamos lá ver como a história se desenvolve, mas pela minha experiência com as novelas de Cris Morena, não me espantaria rigorosamente nada se a história se desenvolvesse de forma semelhante. Se por um lado quero que a inspiração venha daí, pois a base é muito boa e o desenvolvimento emocionante e consistente, pelo outro acho muito descaramento se assim acontecer. Qualquer que seja o desfecho da história da Elsa, só espero é que não seja nem cansativo nem anticlimático.

05 novembro 2008

FOI DESTA!!!

Estou estupefacta! Por mais que tenha torcido por Barack Obama, tinha sempre uma sombra de resignação ao meu lado a dizer: "nã... não será desta." MAS FOI!!!

Quando era miúda, lembro-me de haver eleições nos Estados Unidos, Jimmy Carter, e de perguntar a um adulto porque nós não podíamos votar nas eleições norte-americanas, já que essa decisão nos influênciava também a nós. Nessa altura a NATO estava em grande em Portugal no auge da sua actividade militar, e ainda não tinha havido Ronald Reagan nem os Bushes...

Apesar de continuar a concordar com essa dúvida que tinha em miúda, confesso que nas últimas semanas me andava a começar a irritar dar-se mais atenção às eleições norte-americanas nos nossos media (não só na televisão) que às eleições portuguesas! Mas tudo está bem quando acaba bem, só espero que não vá funcionar como o Lula no Brasil.

01 novembro 2008

Chanel (ou: o que a alforreca gostava de ser mas não chega nem perto)

Se havia coisa que me enervava quando comprava a TV-Guia há uns anos, era a pessoa que escrevia a suposta coluna social, insistir em escrever a marca Chanel com dois "N". Uma pessoa que percebe de socialite é suposta também perceber minimamente de moda e Chanel pertence à crème de la crème dos criadores de moda ao longo da história. Para além disso as prateleiras das perfumarias (nem que seja) estão recheadas de frascos dos diversos perfumes da casa, muitos deles envergando o nome Chanel. Não é difícil!

Não sei se vi mal (muito sinceramente espero que sim - mas os portugueses não são rápidos no gatilho no que toca ao YouTube e a SIC também não tem nada), mas estava a fazer zapping e fui parar ao novo programa de apanhados da SIC (Não Há Crise ?) na altura em que começaram a dar um videoclip da alforreca chamada José Castelo Branco. Não sei se vi mal, porque no início do clip ele diz/canta(?) qualquer coisa "...Chanel" e no fundo animado pareceu-me ver escrito "channel". A letra era num cursivo onde posso muito bem ter confundido o "N" e ter me parecido que eram dois. Mas se não me enganei é muito grave. Como é que a dita criatura, que apregoa aos quatro ventos "Chanel" a toda a hora, deixa que escrevam mal o nome da sua "amada" marca no seu próprio videoclip? Só se ele mesmo não sabe como se escreve, o que é bem provável...

Quanto ao videoclip em si, José Castelo Branco deve pensar que é Ru Paul nos anos 90! Mas nem lhe chega aos calcanhares... Ru Paul é uma das drag queens mais famosas e reconhecidas da cena nova-iorquina, a música do seu videoclip, Supermodel, era bem divertida, a letra era boa, pertinente para a época (das supermodels Linda Evangelista, Christy Turlington, Naomi Campbell, Claudia Schiffer e Cindy Crawford, entre outras) e era mesmo muito cool e superfashion, pois a produção do video foi cinco estrelas, como seria de esperar de um performer como ele. O da alforreca, acho que fica à escala do que ela tem andado a fazer nas televisões portuguesas nos últimos anos: medíocre.

Ru Paul - Supermodel (You Better Work)

31 outubro 2008

*Nova York

Quem lê o título deste post à primeira poderá pensar: "onde está o erro?" Bem o erro está em misturar o português e o inglês no mesmo nome de uma cidade. Das duas uma: ou escreviam Nova Iorque (nome português dado à metrópole norte-americana), ou escreviam New York, o nome original da mesma cidade em inglês. Agora Nova York nunca! E se queriam optar, a versão mais correcta seria a portuguesa, uma vez que estamos em Portugal e somos portugueses.

Até pode não parecer um erro grave, mas isto aconteceu n'A Roda da Sorte, programa apresentado por Herman José, declarado fã de Nova Iorque e uma pessoa que costuma ter certos cuidados com a língua portuguesa.

Até se podia declarar que a versão portuguesa é mais longa, leva mais letras e que não cabia no painel, que já estava bastante cheio com a restante expressão: "Fim de ano em Nova York", mas são só mais duas letras, ficava à conta nos espaços disponíveis, mas cabia! Num passatempo onde cada letra conta, os erros ortográficos não podem ser admitidos.

Daytime TV

Infelizmente até eu fui atacada pelo frio e estou de molho. Ontem e anteontem fiz o que uma pessoa de molho faz, passar o dia a dormitar no sofá com a TV ligada. Já há bastante tempo que não via televisão durante o dia, excepto algumas novelas, e deparei-me com um panorama deprimente.

Não fiz muito zapping, fiquei-me pelos canais nacionais. A RTP1 continua com o Portugal no Coração que, apesar de tudo, até é um programa sóbrio e decente, mas às vezes demasiado aborrecido. A RTP2 passa desenhos animados, o que não é mau, pensando bem até é muito bom! A SIC, fora as novelas, é uma desgraça... já não via o Contacto à vontade há mais de um ano, nunca gostei particularmente do programa, sempre achei um bocado inútil, mas esta nova versão é para lá de inútil, é mesmo muito má! Tão má, tão má, tão má que até o excesso de anúncios do Nenuco no Canal Panda é melhor que o programa!

Nem sequer passei pela TVI, pus-me a ver um episódio de My Melody que tinha gravado no Panda e depois passei para o Discovery, História ou Biography Channel (já não me lembro qual) pois aí sabia que na pior das hipóteses via algum documentário repetido mas que dá bem para adormecer, que no fundo era o que eu queria.

03 outubro 2008

Auscultadores personalizados


Ando a amar os auscultadores da campanha Nokia Music Almighty. O design é fantástico, de uma senhora chamada Ida Gronblom, e os vídeos foram feitos pela mais fantástica ainda Tokyoplastic e podem ser vistos no site deles com excelente qualidade (cliquem em "work"). Aliás recomendo os restantes conteúdos do site, eles são muito bons!

Só tenho pena que ainda não encontrei todos os cartazes que andam nos mupis cá em Portugal, porque até encontrei outros que cá ainda não vi. O telemóvel é que é um bocado sem graça ao lado dos auscultadores. Fica o dos auscultadores barrocos (Lips) para ilustrar o post apesar de gostar mais dos Pop Princess e DJ.

A Nokia devia mandar construir uns protótipos de todos os auscultadores e fazer uma exposição/promoção ao vivo!

27 setembro 2008

Menos um belo homem

Morreu Paul Newman.

Nunca fui das suas maiores fãs, aliás até vi poucos dos seus filmes, mas era uma figura marcante do cinema norte-americano e um excelente actor.

Apesar de já velhote e muito doente há algum tempo, esta continua a ser uma grande perda como artista e como ser humano solidário...

O mundo fica concerteza mais pobre sem um homem como ele, felizmente deixou-nos os seus filmes.

26 setembro 2008

Uma bela actriz!

A minha querida Fátima Belo!!!! Foi com imenso, mesmo imenso prazer que vi a Fátima entrar nem Rebelde Way nesta semana, ainda por cima com uma personagem que aparentemente promete ser polémica!

Fátima Belo é provavelmente uma das nossas melhores actrizes, seja para televisão ou cinema, que felizmente não se dá ao disfrute de se expor na imprensa cor-de-rosa, mantendo uma sólida, coerente e discreta carreira ao longo dos anos.

Apesar de seguir trabalhos mais sérios de alguns actores portugueses (quando digo sérios, talvez queira dizer menos mediáticos), a grande maioria não trabalha em televisão, seja pela exposição a que são sujeitos, seja pelas enormes desvantagens criativas inerentes a trabalhar num meio que em geral é pouco estimulante, e demasiado formatado à partida, só mesmo para a carteira é que vale a pena. A Fátima é uma das excepções à regra, continuando a fazer com uma certa regularidade televisão, certamente que essencialmente para pagar as contas, mas mantendo sempre um profissionalismo e uma dignidade surpreendentes e nunca se desleixando, apenas porque, neste caso em concreto, é uma novela para adolescentes.

Agora a Fátima deu-me mais uma razão para continuar a ver esta novela em que me ando a viciar, estou em pulgas para ver como a personagem dela evolui!

Rebelde Way

10 setembro 2008

E andá roda!

Não gosto de concursos, ponto. Costumo dizer que não nasci com o gene do jogador, talvez seja essa uma das razões. Mas um dos pouquíssimos concursos que assisti com regularidade na TV foi a primeira versão (RTP) da Roda da Sorte. O outro foi o 123. Por isso mesmo estava com alguma curiosidade em ver a nova Roda da Sorte na SIC.

A roda é tão pequenina!!! Parece metade do tamanho da anterior! De resto é a Roda da Sorte na era digital, o concurso sofreu poucas alterações de base. Acho mais piada à "assistente" Vanessa Palma que à anterior Ruth Rita. É verdade que a Ruth Rita, com aquele ar de parvinha, se predispunha mais ao gozo de Herman José, mas Vanessa, a quem já achava piada no QTT, que vi algumas vezes por razões profissionais (infelizmente!), é espevitada, atrevida e bubbly, que condiz muito mais com o tipo de programa que a nova Roda da Sorte poderá vir a ser. Herman José está muito comedido, mas felizmente não está chato, nem arrogante, nem com as parvoíces que infelizmente o têm caracterizado nos últimos anos. Vamos lá ver no que isto vai dar... Ah sim, as camisas são, de dia para dia, cada vez mais horrorosas! Em contrapartida gosto da vestimenta de Vanessa, condiz com a personalidade dela.

Nestes poucos dias em que vi a Roda da Sorte perguntei-me várias vezes porque não me aborreço de morte com este concurso como com os outros. Uma das razões está no próprio concurso: mesmo que uma pessoa não participe on camera ou pelo telefone, é o tipo de concurso que entretém sempre porque os passatempos podem facilmente ser respondidos em casa, até dá a oportunidade de famílias tentarem competir entre si e com o que vão acompanhando pelo écran. Outra razão é porque gosto de jogos de palavras (sou viciada em palavras cruzadas) e este concurso vai, de alguma forma, ao encontro desse gosto. Outra razão está em Herman José. Já não sou fã dele como outrora já fui, não digo as frases que ele tornou moda (talvez alguma das mais antigas...), desde há pelo menos 6 ou 7 anos que não sigo com atenção o seu trabalho. Mas mesmo a maneira comedida com que tem apresentado esta Roda da Sorte é totalmente diferente do habitual nos apresentadores de concursos e, de certa forma, menos popularucha ou imbecilizante. Também não é agressivo ou deliberadamente matreiro. Só uma coisa ainda não me convenceu nesta nova versão, parece que ele está a falar para si próprio com as piadas (nem sempre engraçadas) que vai contando por cima do jogo dos concorrentes. Mesmo assim, e talvez seja também a escolha dos concorrentes um factor, ainda não apareceram aquelas bocas completamente fora de propósito ou o excesso de bimbalhice (leia-se histerismo) que outros concursos populares despoletam. Ah! E Herman felizmente já não tem o cabelo naquele amarelo-mijo horroroso (apesar de continuar loiro).

Mas gostava, como provavelmente muitos dos fãs da antiga Roda da Sorte, que Herman conseguisse atingir de novo aquele difícil equilíbrio entre o disparate desbragado mas cheio de humor leve, descomprometido e ao mesmo tempo ligeiramente arriscado.

Roda da Sorte

07 setembro 2008

A 3ª metamorfose

Vi, claro, os primeiros programas da Lucy e digo desde já que a única coisa de que gosto mesmo é o logótipo, muito disco.

O programa é um simples programa de variedades com Luciana Abreu numa apresentadora mediana, que oscila entre a berraria e uma calma pouco natural, por vezes com falta de ritmo e forçada, coadjuvada por uma personagem supostamente cómica, o Professor Wannabe, que fora ensinar os putos a fazer coisas fáceis com as mãos, não se percebe bem o que anda ali a fazer, porque piada não tem. As canções são interpretações em mau playback (apenas comparáveis aos do programa de Luís Pereira de Sousa nos anos 80) de canções pop portuguesas e internacionais. A escolha das canções não é lá grande coisa, mas isso sou eu que não aprecio este tipo de músicas e isso sei que os miúdos costumam apreciar.

O cenário é colorido e engraçado, mas sem grande novidade, o guarda-roupa de Lucy e dos bailarinos é sempre branco, variando o figurino de Lucy que, vá se lá saber porquê, utiliza aqueles tecidos baratos do Vidal, cheios de lurex e falsas lantejoulas, que dão um ar chunga de traveca ao que ela veste. Nem nos tempos do Buéréré a vaca Malhoa parecia tão foleira! O que safa a Lucy é o facto de ser tudo branco e os figurinos estão muitíssimo bem executados, os meus parabéns às costureiras! Muito sinceramente o excesso de silicone das mamas de Luciana Abreu ofende-me, parece que anda por ali a exibi-las! A SIC censura o beijo casual e contrariado entre Naruto e Sasuke, mas as mamas de Luciana Abreu (que ainda por cima dá mais tarde) não... E ainda se queixam da violência e sexo nos anime! Vai lá vai...

Depois os grafismos. Enquanto que o logótipo está muito giro e bem concebido, os grafismos são um bocado fraquinhos e gostava de saber porque num programa para crianças (que se prefere que vejam os desenhos animados dobrados em português para poderem compreender) os nomes das rubricas e do sidekick são todos em inglês! Aliás nunca sequer acertam como deve ser na ortografia da palavra wannabe (que, já agora, é uma aglutinação da expressão want to be = querer ser)...

Em resumo, com a fama que Luciana Abreu conquistou graças à Floribella com os miúdos, dava-lhe imenso potencial para fazer um programa giro, divertido e decente para eles. É uma pena que os programas infantis nacionais continuem a não arriscar, a ser tão pouco interessantes e de uma pedagogia de chacha.

Programa da Lucy

02 setembro 2008

Japonesa falsificada


achei que a rapariga merecia uma foto neste post dedicado a ela
Serve este post para apontar as razões porque a personagem Hoshi Kyoko, de Rebelde Way, poderia ser tudo menos japonesa.

1. O nome
Kyoko é um nome próprio de rapariga em japonês, portanto não pode ser apelido como na novela.
Hoshi até pode ser o seu nome próprio, mas como quer dizer estrela, é apelar um bocadinho.
2. A actriz
É chinesa e para isso já bastou o péssimo Memórias de uma Gueixa.
3. A viagem
A rapariga vinha no mesmo comboio que o sem posses Manuel. Uma japonesa, ainda para mais com dinheiro, NUNCA que viajaria de Paris para Lisboa (ou arredores) de comboio. E se porventura viajasse de comboio, nunca seria uma carruagem como aquela, mas sim em primeira classe ou num compartimento, de preferência particular.
4. A canção
A canção que puseram com a chegada da rapariga ao colégio é tudo menos japonesa! Francamente, com tanto fã de J-Pop ao virar da esquina na internet, não teria sido difícil encontrar umas músicas engraçadas para ela (por exemplo: Tommy february6 ou o outro projecto dela, The Brilliant Green) ou alguém que aconselhasse decentemente. EDIT: vim a saber entretanto que a canção é realmente em chinês (se mandarim ou cantonense, não sei), mas é cantada por um português.
5. O dicionário [10.09.08]
Por enquanto ainda não apanhei nenhum erro, mas as traduções estão longe de ser as mais adequadas (em japonês, claro). O que mais acontece no dicionário electrónico de Hoshi é a tradução aparecer em katakana (alfabeto fonético silábico, utilizado para palavras estrangeiras) no seu equivalente em inglês, o que nem sempre é o seu significado mais usado, existindo um equivalente em japonês de uso comum. Mas esta razão não é das piores desta lista, uma vez que apesar de tudo o dicionário dá traduções em japonês verdadeiro e os significados são mais ou menos correspondentes. É daquelas coisas em que poderiam ter optado por inventar e não o fizeram, e isso é de louvar!
[actualização: 16.09.08] Entretanto encontrei uma ou duas palavras que não estavam muito correctas, mas como pouca gente percebe e se vê mal, continua a não ser grave.
6. O aparelho [16.09.08]
OK, é plausível, pode ser realista e eu estar a ser picuinhas (mas este post É picuinhas!), mas se há coisa que infelizmente caracteriza as japonesas são os maus dentes. Isto tem algumas explicações culturais: aparentemente os japoneses têm tendência a ter os dentes tortos mas esteticamente (e completamente incompreensível aos olhos de um ocidental), vá se lá saber porquê, as raparigas com os dentes tortos, em especial com os caninos proeminentes, são consideradas bonitas. Também, na Era de Edo (séc.XVII) e para trás, era comum as mulheres pintarem os dentes de preto e ainda é considerado inestético mostrar os dentes, tanto que quando as mulheres japonesas se riem, colocam a mão à frente da boca. Ao contrário do Brasil (nos antípodas do Japão) os japoneses têm uma má assistência médica dentária o que faz com que seja menos comum encontrar pessoas de aparelho, e ainda com a alteração dos hábitos alimentares, os japoneses deixaram de consumir tanto cálcio do peixe e legumes e como também não consomem lacticínios com frequência, têm muita tendência a ter cáries.
7. O uniforme (e adereços) [26.09.08]
Ela ainda apareceu pouco à civil, pelo que, até agora, da roupa tenho pouco a dizer, não houve nada a apontar fora alguma ausência de cor-de-rosa que, vá se lá saber porquê, é uma constante no guarda-roupa de qualquer japonesa e de alguns japoneses também. Mas quando ela está de uniforme existem algumas tentativas mais ou menos forçadas de lhe dar um toque diferente. Uma coisa temos sempre que ter em conta: os japoneses usam obrigatoriamente uniforme na escola secundária, seja ela pública ou privada. Como eles têm regras bastante rígidas em relação a "prevaricações" do uniforme, as raparigas extravazam em pequenos detalhes: nos cabelos com penteados que incluem com frequência totós e tranças (coisa que ainda não vi Hoshi usar), nas meias e nos acessórios. As meias são as já clássicas meias extra-longas brancas enrugadas, que não fariam sentido no uniforme do Prestige. Os acessórios costumam ser acessórios de cabelo (com algum peso e medida, como a Mia usa estaria bem), um ou outro adereço, tipo pregador ou colar e, aí sim, excesso de penduricalhos seja no telemóvel (o tradutor de Hoshi não tem rigorosamente nada) na mala da escola ou outro tipo de gadgets não incluídos directamente no uniforme. As luvas (sem dedos) é que me parecem estranhas no meio daquilo tudo.
Portanto, gostava de ver Hoshi a variar mais o cabelo, usar ganchos coloridos, etc. e com phone straps, outras pequenas peças de merchandise e algum material escolar mais nipónico. Em lojas de chineses encontra-se algum bem convincente! Ah! As unhas coloridas estão fixes!
8. A pronúncia e o vocabulário japonês [26.09.08]
Desta já estava à espera e até demorou, o que não é nada mau. A pronúncia e entoação dela e até mesmo os erros de português não estão muito bem ensaiados, mas calculo que a consultoria de língua japonesa não seja das melhores (vai na volta é só um site de internet...). No vocabulário às vezes ela acerta, outras vezes não. Uma vez ela quis chamar "mau" a um dos colegas e traduziram para a palavra "aku". "Aku" realmente quer dizer mau, mas neste caso usar-se-ia a palavra "warui", que também quer dizer "mau". Mas, se formos mais adiante, ela nem sequer a palavra "warui" utilizaria, o mais provável seria a palavra "hidoi" (=cruel), pois não é comum usar "aku" ou "warui" nas circunstâncias em que ela a usou. Este é apenas um pequeno exemplo. Faltam lá também uns "suteki"s (=bestial), uns "sugoi"s (=fantástico) e uns "kawaii"s (=querido, giro, amoroso) para dar o ar nipónico que é suposto.
9. O Fim de Ano/Ano Novo (Shougatsu) [31.12.08]
Não sei porquê os argumentistas da novela resolveram cair na asneira de mostrar Hoshi numa festa de Fim de Ano com os pais sem saberem rigorosamente nada acerca do Ano Novo japonês.
O Ano Novo é simplesmente a época festiva mais importante no Japão e tem uma série de rituais que a grande maioria dos japoneses seguem à risca. Tudo começa na véspera com a oo-souji (a grande limpeza) onde as famílias limpam a casa para acolher o novo ano. Depois existem uma série de rituais tais como comida específica, que em geral é fria, tal como o sushi ou mochi (pasta de arroz em bolas), para poder ser cozinhada antecipadamente e não dar trabalho na altura em que as pessoas estão mais ocupadas com outros afazeres. No Japão a noite passa-se em família para depois se ir ao templo (em geral em kimono) fazer votos de bom ano e rezar. As casas são decoradas com altares com kadomatsu e ou kagami-mochi, símbolos de longevidade e prosperidade. No dia um é suposto dar sorte enviar os nengajou (postais de Ano Novo) e cada pessoa envia e recebe bastantes. Para saber mais sugiro uma vista de olhos pela Wikipedia.
Ora para além dos pais de Hoshi parecerem ainda mais chineses do que ela (e que roupas mais pirosas tinha a mãe dela!) não se vislumbrou uma migalha de comida japonesa e muito menos da decoração! Para além disso os pais dela foram demasiado carinhosos e despediram-se dela com beijinhos à portuguesa. Os japoneses são mais distantes no que se refere a manifestações de carinho e é muito raro assistir a esse tipo de comportamentos em público. Também é algo estranho a Hoshi achar o Fim de Ano aborrecido, quendo se trata de uma festividade bem rica e exótica para mostrar à amiga, que segue as tradições espanholas (mas tão internacionais que nós estamos!).
Mais valia terem ficado quietos, pois a introdução do ambiente familiar de Hoshi era totalmente desnecessária, criou contradições no perfil da personagem e não adiantou rigorosamente nada à história. Se era para fazerem uma coisa do género era melhor que tivessem um bom motivo e fizessem a pesquisa como deve ser, pois de todos os povos que poderiam ser escolhidos para mostrar no Ano Novo, os japoneses são dos que mais particularidades têm!
10. O Evento Japonês [01.04.09]
Esta semana o grupinho da Hoshi organizou uma apresentação/evento acerca do Japão como trabalho de história. Era o que eu mais temia!!!! Já o Ano Novo foi o que foi, depois disso não pensei que se fossem aventurar (e tão mal) pelos terrenos-perigosos-que-implicam-pesquisa da cultura nipónica.
Vamos por partes (como diz o homem do talho):
Os kimonos eram tão maus, tão maus, tão maus que até os das lojas de carnaval parecem originais ao pé deles.
A maquilhagem das meninas (e nem vou mencionar os trajes dos rapazes, senão nunca mais daqui saio) era exagerada, um cliché mal feito e preconceituosa, dos cabelos nem se fala!
Na comida apresentada não reconheci nada de japonês excepto um sushi, logo de lula e polvo, que são as variantes menos comuns e não são verdadeiramente cruas. Sei que não sou especialista na matéria, mas gosto de pensar que conheço um pouco mais que a maioria, e, que eu saiba, cartilagem de galinha frita NÃO É uma iguaria japonesa! Pelo menos nunca de tal ouvi falar... aliás os japoneses comem praticamente as mesmas coisas que nós, fora os lacticínios e alguns animais como coelho ou patos brancos, não existem ingredientes esquisitos como cão, insectos e afins na dieta japonesa.
A demonstração de sumo foi uma fantochada...
Ah! Havia uma bandeira japonesa!
Em conclusão, mais valia terem perdido algumas semanas e pedido um apoio à Embaixada do Japão. Eles têm montes de material para situações semelhantes e com certeza não desperdiçariam a oportunidade de divulgar a cultura japonesa num novela juvenil com alguma popularidade. Aliás, acredito que muito fã de anime com menos de 18 anos saiba mais que quem "montou" aquele estaminé!

Para já são estas as razões, se aparecerem mais, vou simplesmente actualizar este post, porque não me apetece estar a fazer mais que um post sobre isto e com quase toda a certeza que vão aparecer mais...

Rebelde Way

01 setembro 2008

Rumores à parte

Recentemente li o primeiro livro de onde foi adaptada a série Gossip Girl, de Cecily von Ziegezar. As diferenças são grandes se bem que não decisivas. O primeiro livro termina na fase em que Dan já conhece Serena, depois da festa "Kiss on the Lips", portanto tudo o que virá depois pode se tornar bem diferente.

Até esta fase existem apenas algumas grandes diferenças e essas relacionam-se mais com os adultos ou as personagens secundárias. Os pais de Serena estão os dois juntos, os de Chuck também, o irmão, Eric, é mais velho e está no primeiro ano da universidade. O pai de Dan e Jenny não é ex-músico mas editor de poetas alternativos, a mãe deles fugiu para a Europa de leste para viver uma vida artística e Vanessa continua sendo a melhor amiga de Dan mas é a personagem que mais mudou. Ela é colega de Serena, Blair e Jenny no colégio Constance Billard, é toda rebelde radical, tem o cabelo rapado, veste-se sempre de preto e amua pelos cantos do colégio. Aparece muito mais cedo na narrativa, está apaixonada por Dan, mas nunca tiveram nada. A banda de rock não pertence, claro, ao pai de Dan, que é bem menos moralista e "paizinho", mas sim à irmã mais velha de Vanessa, que não existe na série. No livro também temos mais a sensação de que os rapazes e as raparigas andam em colégios diferentes, enquanto que na série parece ser o mesmo colégio mas com aulas separadas por sexo.

No geral todas as personagens são mais arriscadas e tudo o que é implícito na série aqui acontece: as drogas, o álcool, o sexo, etc. Serena é mais simpática e sensível, Blair é bulímica, mais bitchy mas ao mesmo tempo mais insegura, Dan é mais introspectivo e muuuito menos moralista, mais interessante que na série, Nate é mais fútil e Chuck é o mesmo de sempre. Se Vanessa é radicalmente diferente, Chuck é igualzinho.

O livro é engraçado, super leve e lê-se num instantinho. Estou a morrer de curiosidade para ler como a história se desenvolve, já que no ponto em que ficou, fora os acontecimentos chave, tudo o resto poderá ser muito diferente.

27 agosto 2008

Rebeldia em categorias

Após uma semana de (ugh, custa-me dizer) Rebelde Way, já dá para ter uma apreciação geral.

No todo, o produto não é mau, mas também não é bom. É bom já não ver tantos chapões de luz nos exteriores, os cenários não parecerem cenários e o guarda-roupa, apesar de nada de extraordinário, ser credível. Apesar da participação dos Storytaylors, é uma pena que as roupas deles (de longe as mais interessantes da novela) só se vejam, e mal, num mísero desfile que nem destaque tem... Se eu não soubesse quem eles são e o nome não aparecesse no genérico final, nunca diria que tinham tido algum tipo de participação.

Mas vamos ao que interessa, os rebeldes:

A rebelde mimada
Ou seja, Mia Rossi. O nome é engraçado, mas pouco português, de todas as personagens esta é a que deveria ter um apelido "bem". Dos protagonistas é talvez a que está melhor caracterizada, tem demasiados maneirismos, mas é o formato televisivo. Dentro de uma personalidade fútil, temos mais que uma faceta e alguma densidade.
Fisicamente não acho a rapariga particularmente interessante e gostaria que se vestisse de um modo mais interessante, fashion e caro. Que se notasse que esteve em Paris às compras, porque o que vejo em cima dela bem que podia vir da Stradivarius, Bershka ou semelhantes. As tatuagens da rapariga também são muito pouco "bem", portanto deveriam ter sido tapadas. Não queria comparar com Gossip Girl, é injusto, mas é inevitável, elas sim sabem se vestir. E apesar de não gostar particularmente de nenhuma roupa de Serena, elas têm o ar de custar vários ordenados portugueses e são elegantes!

O rebelde sem causa
Pedro Silva Lobo. Praia, álcool, miúdas. Pouco mais tenho a dizer, densidade é coisa que esta personagem não sabe o que é.
O rapaz é feiinho, já na Floribella o tínhamos percebido. Um protagonista de uma novela, por mais preconceituoso que isso seja, quer-se bonitinho, quiçá um galã. Quanto à roupa, talvez seja o que tem as roupas mais convincentes, veste-se de cores escuras, t-shirts, polos e calças de ganga. Está de acordo com o corpo dele e com a personagem.

A rebelde desbocada
Lisa Scott. Porquê Scott?? Mais uma possidonice de estrangeirismo. Esta está na idade do "contra", ou seja, seis anos. Também tenho pouco a dizer da personalidade dela, a sua única motivação até agora é contrariar a mãe.
É a única que acho bonitinha e é uma pena a personagem ser tão desinteressante porque a miúda até leva jeito. Tem sotaque charmoso do nuorte. Acho a roupa demasiado freak, quando não está de biquíni, e aquele corte de cabelo apetece... nem sei... Devia ser mais punk ou vanguardista no modo de vestir. Devia parecer que só compra roupa em lojas alternativas e que inventa outras em casa.

O rebelde motário
Manuel Guerreiro. Não podia ter um apelido mais estereotipado! Tem ligeiramente mais densidade que o Pedro e a Lisa, mas pára por aí. ♪ Vin-gan-ça, vin-gan-ça! ♪ (acho que já ouvi isto nalgum lado...)
O rapaz, coitadinho, é muito feio! E, para parecer que está a sofrer, ou zangado, ou revoltado, só tem uma expressão: uma carantonha. Peço desculpa, mesmo calmo ou alegre a expressão é a mesma... A roupa, não é boa nem má, mas podia ser menos estereotipada.

A rebelde coitadinha
Íris. Leva pancada do namorado, está sempre a vir do supermercado, a mãe não quer que ela lute por um futuro melhor, não há nada de bom que aconteça a esta desgraçadinha! A moça até é engraçada mas aquele cabelo, liso à frente e encaracolado atrás, não lembra a ninguém! As roupixas, podiam ser menos slutty, falta de dinheiro não quer dizer forçosamente redução no pano.

O rebelde maria-vai-com-as-outras
Tomás, o melhor amigo do Pedrinho, faz tudo o que ele diz. Fisicamente é o mais bem caracterizado.

A rebelde palerminha
A que tem o nome mais adequado à sua condição social, Frederica Vasconcelos, Kika. É capacho de Mia, serve para tudo, satisfazer a sua vaidade, enviar recados, ouvir. É gira, apesar de gordinha. A roupa também podia ser mais fashion, afinal ela tem dinheiro para isso e é a Mia quem a veste.

O rebelde geek
Marco. O mais bem caracterizado, se bem que muitíssimo estereotipado.

A rebelde francesinha
Natalie, namorada de Manel.
Coitadinha, até numa boina a puseram! Viva o estereotipo.

O rebelde parvo
Gui. Quer parecer o que não é mas não convence ninguém. É chato!

A rebelde interesseira
Vicky. É gira, tem vergonha do que é.

A rebelde enjoada
Paula, a filha do director. Até agora a única coisa que soube fazer foi isso, cara de enjoada.

O rebelde religioso
Gabriel, o moço muçulmano com nome de anjo católico. Acho bem trazerem esta questão de religiões e culturas diferentes à baila numa novela leve para adolescentes. Só espero que não estraguem tudo por não fazerem o trabalho de casa.
É dos mais giros, ainda só o vi de kaftan.

A rebelde snob
Sofia. É altiva e arrogante, olha as pessoas de cima para baixo. Raquel Strada é das actrizes mais bonitinhas da nossa praça, mas infelizmente nem sempre muito expressiva. Um casting quase perfeito para o papel.

O rebelde nazi
Rodrigo. Menospreza TODA a gente menos a namorada. COITADINHO do actor! Onde foram fazer-lhe aquele corte de cabelo??? Eu sei, é para parecer austero e nazi, mas está mal feito e aquele tom de loiro-palha parece tudo menos natural! Pior só mesmo o "capacete" do Frederico na Floribella. mais umavez, viva o estereotipo!

A rebelde exótica
Hoshi Kyoko. Até agora ainda não apareceu, é uma japonesa interpretada por uma chinesa. O nome revela falta de pesquisa. Kyoko é nome próprio, nunca apelido, e Hoshi, que quer dizer estrela, é pouco apropriado para apelido. Pelo que li no site é mais um caso de estereotipite aguda.

Os adultos têm demasiado protagonismo, que deveria se focar 80% nos adolescentes e 20% nos adultos. Não houve nenhum que me convencesse verdadeiramente e se aos miúdos dou alguma tolerância pelos engasgos naturais dos primeiros episódios, a todos os adultos não dou nenhuma, a sua experiência em televisão deveria fazer com que saíssem dali performances no mínimo decentes. Estou um bocado apreensiva quando começarem as cantorias. O que ouvi até agora lá era afinadinho, mas trinados em músicas dos Xutos é um bocado piroso, para não dizer Festival da Canção.

Tecnicamente a montagem é muito má. A realização já é mediana e não ajuda, mas a montagem tem falta de ritmo, os cortes são feitos ou cedo demais ou tarde demais e não é fluida. É, definitivamente, a área a trabalhar.

Até me fartar, coisa que não aconteceu com a Floribella, que era viciante, e que aconteceu com as Chiquitontas, demasiado artificial, vou continuar a ver, pois sinto alguma coerência e objectivos sólidos na narrativa. Só espero, e espero mesmo, que não estraguem tudo com o velho mal de querer fazer render o peixe ou começarem a introduzir disparates pouco plausíveis.

Rebelde Way

19 agosto 2008

Querido, mudei a casa!

Felizmente não foram os decoradores do programa da SIC-Gaija, mas fui eu quem redecorou o TV-child.

É o meu primeiro template de blog!!!! Altamente inspirado numa série de TV, no layout do blog da Gossip Girl. Não fiz 3 colunas como na série, não sinto necessidade delas e perdia espaço para os posts e ainda há uma ou duas coisitas para afinar. Também não fiz os botões, mas, quem sabe se no futuro não coloco aqui uma listas de programas de TV preferidos, ou qualquer coisa parecida e aí uso a ideia dos botões...

Bem, espero que a nova decoração agrade, pessoalmente só me sinto feliz por ter finalmente este blog mais personalizado.

xoxo Gossip Girl

09 agosto 2008

Fogo-de-artifício

Coisa que já não fazia há anos (e pelo menos dois Jogos Olímpicos) era assistir à cerimónia de abertura quase em directo. E que cerimónia!!!! A última que me lembro de ter assistido do princípio ao fim foi a de Barcelona, e isso já foi há mais de 10 anos!

Epa, no que toca a espectacularidade os chineses não há dúvidas que dominam! Quando comecei a assistir à cerimónia e ao "abuso" de fogo-de-artifício, já nem me lembrava que eles são os inventores da pólvora e que o fogo-de-artifício é uma tradição. Eles não se limitaram ao estádio, espalharam fogo-de-artifício pela cidade inteira! E como Pequim é plana e o fogo-de-artifício em si já era espectacular, original e lindíssimo, só isso já foi de deixar qualquer um a babar.

Mas se fosse só isso... os chineses não se deram por satisfeitos e, entre figurinos brutais, efeitos de luzes fenomenais ainda tinham os écrans de vídeo. Chamar-lhes écrans de vídeo é, no mínimo um eufemismo, mas não sei o que mais lhes chamar... O primeiro era óbvio, já lá estava, é o écran que circunda o anel da cobertura do estádio por dentro, o que já era suficientemente espectacular. Mas o segundo... após os primeiros quadros, já de si muito bem encenados e visualmente ricos, não é que, quando a cerimónia verdadeiramente começa, desenrolam, no meio da arena do estádio, um pergaminho (ou rolo de papel, se quiserem) gigante em écran LCD (ou semelhante)!!!! Um dos comentadores do Eurosport disse que aquilo tem 2cm de espessura!!! Claro que é para ser visto ao longe, e não há dúvida que toda a cerimónia foi muito bem pensada para ser filmada e foi muito bem filmada, não deixando escapar os efeitos mais bonitos.

Mas se fosse só isso... a cada acontecimento espectacular da cerimónia, sucedia-se um outro mais espectacular ainda! E outro, e outro, e outro... Ao princípio ainda me questionava: "Como raio é que conseguem fazer aquilo?", mas ao fim de uma hora já apenas usufruía do espectáculo! Foi tudo lindíssimo, inclusive o acender da chama olímpica, que de noite se destaca imenso no estádio, vista do exterior. No meio de tanta espectacularidade uma das coisas que mais me marcou, foi a miúda, adequadamente vestida de vermelho, que cantou o que percebi ser o hino da República Popular da China. Ela era tãããão cute!!! Não consegui encontrar fotos ;_;

Porque é que vi a cerimónia no Eurosport se estava a dar na RTP1 e quase uma hora antes? Na realidade comecei a ver (num zapping com excelente pontaria) na RTP1, mas ao chegar um intervalo de mais de 10 minutos comecei a ficar impaciente e resolvi espreitar o Eurosport que costuma transmitir os Jogos Olímpicos na íntegra. Ora, quando me apercebi que no Eurosport o som era melhor, os comentários mais pertinentes e inteligentes e os intervalos consideravelmente menores, nem vacilei. No Eurosport dizia no canto do écran que estavam a emitir em HD, talvez fosse isso. Eu tenho uma televisão miserável de 15 polegadas, que nem se quer é écran plano, quanto mais ter um bom som, e mesmo assim notei a diferença. O som na RTP1 parecia abafado... os comentários, parecia que nem sequer estavam a ler o guião disponibilizado pela organização... No Eurosport deram uma calinada que quase veio parar ao meu TV-Glossário, mas eles corrigiram o erro, sinal de bom profissionalismo. Apenas traduziram compass (bússola em inglês) por compasso! Heheee!

Agora a ver se dou uma espreitadela às minhas modalidades preferidas, ginástica, natação, saltos para a água, esgrima e algumas das outras, e também aos atletas portugueses (lá vou ter de ver o atletismo...).

The Official Website of the Beijing 2008 Olympic Games

06 agosto 2008

*ingenuidade

O segundo false friend do dia! Este/a tadutor(a) não tem amigos!

No mesmo episódio de NCIS, alguém diz: "...it's the American ingenuity." que foi ingenuamente traduzido como: "...é a ingenuidade americana.". Desta o/a tradutor(a) não se safou, ingenuity quer dizer engenho ou habilidade... talvez lhe falte o engenho para traduzir melhor.

ingenuity
ingenuidade

*decepção

Já há bastante tempo que não apanhava uma calinada, mas hoje foi uma dupla de false friends.

No título do episódio de hoje de NCIS estava escrito deception e decepcionadamente traduzido como decepção... acho que o/a tradutor nunca ouviu falar em false friends no secundário, deve pensar que são amigos que lhe deram decepções.

Realmente deception até pode ser decepção, mas para além de a tradução mais comum ser engano, dissimulação, esta é uma série cujo título em português é Investigação Criminal, o que quer dizer que no contexto, as segunda e terceira hipóteses parecem mais lógicas. Já agora, decepção costuma ser dissapointment.

deception
decepção

03 agosto 2008

Rakelli


Rakelli no Caldeirão do Huck

Só este nome...

Nas novelas brasileiras, mesmo que a novela seja mediana e se veja apenas por puro passatempo, há sempre um núcleo ou personagens cómicas para alegrar as hostes e, de vez em quando nos colocar com atenção os olhos no écran. Em Beleza Pura, uma daquelas novelas da tarde que não fazem grande impressão na memória, o espectáculo e os aplausos vão todos para Rakelli, interpretada por Ísis Valverde.

Ísis é uma rapariga bonitinha, engraçada, muito menina Malhação, que usualmente se costuma dispensar como sendo mais uma carinha laroca para compor o cenário. Mas com Rakelli, uma suburbana burra, ignorante, brega, muito trapalhona e ingénua, ela faz a festa, lança os foguetes e apanha as canas! Para começar o texto dela é genial, as trocas de palavras que ela faz são hilariantes, o estilo brejeiro mas encantador é daquelas coisas que torna as novelas brasileiras no suucesso que são. Mas quando a Rakelli começa a chorar............................. não há explicação possível, a reacção automática é desatar a rir à gargalhada. Os guinchos que ela faz são inexplicáveis e as bem aproveitadas reacções das personagens que estão à sua volta é imediatamente fazerem-na parar de chorar. Até porque os motivos porque ela chora são sempre completamente parvos, excepto, claro, para ela.

O grande sonho da vida de Rakelli é ser dançarina no programa de variedades Caldeirão do Huck. Para Rakelli, para concretizar esse sonho, ela tem um objectivo: ser famosa. Quando for famosa, Luciano Huck olhará para ela, irá gostar e contratá-la para o programa. É este o tipo de raciocínio de Rakelli, inacreditável! Como se ela já não fosse hilariante, ainda por cima contracena com o bonzão Marcelo Faria, que faz (como sempre) lindamente o bronco pedreiro Robson, a grande paixão de Rakelli e a causa para muitos dos ataques de choro.

Não consigo colocar decentemente para palavras o quanto Rakelli é engraçada, só mesmo vendo!

Beleza Pura - TV Globo

SIC
2ª - 6ª: 18h00

27 julho 2008

Fashion victim

Há uns 6 meses atrás papava tudo quanto eram os ante-e-depois do People & Arts e da SIC-Gaija, mas claro, sendo uma fase, comecei a fartar-me e deixei de ver (até porque eles repetem imenso). Desde há uns tempos para cá os únicos reality shows que vejo com regularidade têm sido o What Not To Wear (o original, versão BBC com a Trinny e a Susannah) e o Project Runway.

Project Runway é feito no mesmo formato que The Apprentice, de Donald Trump: um número de canditados ultrapassa, episódio a episódio, uma série de provas específicas naquela área de trabalho, sendo um deles eliminado a cada prova, ficando apenas um vencedor no final.

O interessante para mim de Project Runway é primeiro que tudo a área profissional onde se enquadra, a moda e o estilismo. Porque gosto muito de moda e roupas, porque também costuro (mas dificilmente conseguiria vencer um concurso destes) e também porque, convenhamos, o mundo da moda oferece mais "sumo" televisivo que o mundo empresarial. É mais colorido, os candidatos são mais ecléticos e visualmente apelativos, têm reacções mais exageradas e portanto mais televisivas e depois há o lado da cusquice, nada como o mundo da moda para ter cusquice a 100, 200, 300%!!!

Mas para além disto tudo, Project Runway revelou-se um programa bastante profissional, sóbrio, pouco alarmista ou exagerado, onde os exageros ficam apenas para alguns dos candidatos. Heidi Klum, a apresentadora, é sempre sóbria sem ser demasiado séria, Tim Gunn, o mentor dos candidatos, é uma bicha elegante com imensos conselhos sensatos para dar e o juri, Nina Garcia (ELLE) e Michael Kors mais um convidado, sendo os mais irritantes de todos, têm sempre algo de construtivo a dizer sem serem demasiado agressivos e brutos. No fim das contas, como as provas são difíceis, muito difíceis, quem se candidata ou é bom ou não entra!

Prova a prova eu imagino o que faria e chego sempre à conclusão, na maioria das vezes, que não seria capaz, ou por falta de tempo ou por falta de capacidades técnicas. Os candidatos, para além de terem de ser criativos e originais, têm de ser bons e rápidos tecnicamente (têm normalmente um a dois dias para criar e construir uma média de três peças!). Duvido que, semana seguida de semana, eu conseguisse sequer inventar mais que um bom conjunto de roupas, quanto mais construí-lo! O que muitas pessoas não sabem, é que muitas vezes os estilistas são muito criativos mas metem pouco as mãos na massa, principalmente para fazer algumas coisas que vejo e bem feitas no programa. Mas também já reparei que às vezes existe alguma aldrabice, há quem, na pressa, use cola para juntar as peças e não a máquina de costura... Mas ainda bem que não sou estilista, já sei disso há muitos anos, mas com este programa confirmei isso.

Project Runway

SIC-Mulher
sab. 22h45
dom. 20h00

19 julho 2008

Eccleston vs. Tennant

Tennant, claro!

Ah! Estou a falar de Doctor Who. Quanto mais vejo Doctor Who, mais apaixonada fico! É uma série com uma permissa muito simples e suficientemente aberta e flexível para que cada episódio seja literalmente uma aventura. Sem dúvida que esta série usufrui todo o excelente know-how da BBC!

É uma série de ficção-científica à antiga e às direitas, sem gore nem efeitos gratuitos, mas com histórias fortes, que não subestimam o espectador, mesmo sendo o público-alvo juvenil. É uma série que, no meio de toda a fantasia, é inteligente, carismática e ultra cativante!

Tenho tido alguma dificuldade em vê-la. Primeiro vi o primeiro episódio, ainda sacado da net, em casa de um amigo, mas não pude ver o resto. Depois começou a dar na BBC-Prime e não sei bem porquê só vi (e sempre) os mesmos episódios. Só quando comecou a dar a segunda série, também na BBC-Prime, é que finalmente me consegui fidelizar e a vi praticamente completa. Recentemente, quase em simultâneo com a estreia de Doctor Who na SIC-Radical, a BBC-Prime, ao acabar a 2ª série, recomeçou a dar a primeira e em pacotes de dois episódios. No meio disto tudo, aparentemente apenas perdi um episódio, o 2º da 1ª série.

Se já gostei de Christopher Eccleston, como o 9º Doctor, por causa do sotaque, da sua ironia britânica, do seu ar desengonçado, a mudança para o 10º Doctor, David Tennant, não podia ser mais feliz. Primeiro, o estratagema arranjado para a mudança de actor foi muito interessante, aproveitou um episódio duplo muito importante e emocionante (Daleks - 2ª volta), e não foi nada gratuito, para além de que o Doctor finalmente beijou a "sua" Rose (se bem que em circunstâncias excepcionais). Mas David Tennant faz um Doctor mais divertido, cheio de charme e sexy, sem perder a ironia e inteligência. A empatia com Rose parece aumentar e, convenhamos, é BEM mais bonito! E bem mais bem vestido, aquele fatinho dá-lhe um ar tãããão british!

Um dos grandes trunfos nesta série é a partenaire do Doctor, Rose, ser um elemento extremamente activo e um love interest muito bem resolvido ficcionalmente. Eles não namoram, não são amantes, marido e mulher, etc. Há uma ligação extremamente forte entre ambos, quiçá eterna, que ninguém parece conseguir romper, mas apesar de, como espectadora, desejar mais, é nesse desejo que está o grande atractivo da relação deles e que torna a série ainda mais empolgante. Rose é uma rapariga simples, até um pouco saloia, mas com uma enorme curiosidade, desejo de aventura e acima do que a vida lhe colocou à frente até ao encontro com o Doctor. O Doctor mudou tudo e ela nunca mais será a mesma. Nem ele!

Vou rever a 2ª série e morrer de curiosidade apra ver a 3ª e a 4ª, pois na 2ª a Rose "morre".

Uma dica: Na BBC-Prime, para quem não se importa com a ausência de legendas, dão dois episódios de cada vez, mais extras. Isto é, Doctor Who Confidential, um making of, episódio a episódio, onde agradavelmente percebemos que ainda se faz boa ficção-científica sem recorrer única e exclusivamente a efeitos digitais ou 3D.

Doctor Who
Doctor Who Confidential

BBC-Prime
sab. 18h00 - 20h00

O episódio-catástrofe

Estava a ver o episódio de hoje de ER, onde acontece um acidente que envolver carros, fogo, muito sangue, feridos muita porcaria e os médicos numa azáfama ainda maior, mas só me conseguia lembrar do hilariante filme HELP!!!, de Johnnie To.

Há uma coisa nas comédias, principalmente quando são críticas: abrem-nos os olhos. HELP!!! é uma paródia às séries de hospitais, se bem que pressuponho que a mesma paródia se dirija mais a séries tipo General Hospital do que propriamente o ER. Mas uma coisa todas têm em comum e isso é usado como o clímax de HELP!!!, o episódio-catástrofe. O episódio-catástrofe serve como catalizador de emoções, pretexto para tomadas de decisão e oportunidade para mostrar os nossos médicos preferidos como verdadeiros heróis. Visto o episódio de ER de uma maneira fria e com estes parâmetros em mente, o interesse perde-se.

ER é daquelas séries cuja ideia base é muito boa, mas que não consigo ver muitos episódios seguidos, é por fases. Neste momento ando numa fase não, calhou ver o episódio.

30 junho 2008

Um bom arrepio

Normalmente o TCM prima por ser aborrecido, passa quase sempre os mesmos filmes, principalmente se forem posteriores à década de 60.

Ontem à noite revi, após quase 20 anos, o meu filme de terror preferido: The Haunting (A casa maldita em português).

The Haunting é um filme muitíssimo simples, com uma história básica, sem um único efeito especial, que assusta o espectador utilizando técnicas básicas do suspense e do cinema: ser filmado a preto e branco, muito contrastado, muitos planos em contra-picado, abuso de grandes angulares para distorcer o espaço, um cenário dramático q.b. e uma banda-sonora excepcional, porque efeitos sonoros tem de sobra! Tudo o que é ameaçador está fora de campo, fora do olhar do espectador e tudo é sugerido.

Mesmo depois destes anos todos é um filme que ainda arrepia e recomenda-se vê-lo às escuras. Pena que desta vez pareceu mais curtinho.

The Haunting (IMDB)

25 junho 2008

Rebelde Way?????? º_º

Há bocado vi, na SIC, a apresentação de um programa/série/novela/o-que-quer-que-seja chamado Rebelde Way. Que raio de nome!!! Não tinham ideias melhores??

É que soa mesmo mal, piroso ou até chunga, como se fossem aquelas pessoas que não sabem falar inglês, mas que enfiam umas palavras em inglês na conversação para parecer que sabem...

Não sei que tipo de programa é, mas isto é talvez o mais baixo que a programação nacional consegue ir em termos de títulos de programas... ai, ai...

02 junho 2008

Tive saudades disto...


The Beloved - Sweet Harmony

27 maio 2008

O horror...

Tenho deixado este blog muito sozinho, mas a verdade é que ultimamente a disponibilidade não tem sido muita e veio seguida de alguma preguiça.

Apesar da falta de timing, não queria deixar de comentar o Festival Eurovisão da Canção. A razão porque nunca comentei aqui um programa, que até ao início das TVs privadas via fervorosamente e até organizava festas para acompanhar, é porque desde aí deixei de ver. E ainda bem!

O ano passado (foi mesmo o ano passado?) já me tinha apercebido de algo estranho com a vitória de um grupo menos ortodoxo (para não usar uma outra expressão qualquer menos digna), mas este ano, que calhou ver 2 programas, fiquei, no mínimo, horrorizada!!!! Só vi efeitos especiais, coreografias de encher o olho, gajas boazonas e lantejoulas! E a qualidade das vozes era inversamente proporcional à quantidade de efeitos que cada país apresentava... O QUE RAIO ERA AQUILO????

O que nos safou, é que no meio de tanto fogo de artifício, Portugal mandou para lá uma canção minimamente decente e uma rapariga com muito boa voz. Só foi pena o figurino da rapariga ser tão gótico, tão pesado... e aquela maquilhagem também não a favorecia minimamente. Queriam uma Amália gótica? Já chega de viver à sombra dela no estrangeiro...

06 abril 2008

Charlton Heston put his vest on...


Stump - Charlton Heston

Morreu hoje...

31 março 2008

Baba2

Se já me tinha babado toda com D.A.N.C.E. dos Justice, os meninos não degeneraram, pois D.V.N.O. é brilhante, utilizando o mesmo estilo de animação da letra da canção com uma estética de ilustração a aerógrafo dos anos 80.


Justice - D.V.N.O.

22 março 2008

Nostalgia


Renault 9 Super Star, 1982

Quando via isto na televisão naquela altura, parecia-me a melhor publicidade do mundo. Agora já não parece, mas ainda impressiona.

21 março 2008

*sala da luz

A TV Cabo não deixa de nos surpreender com as suas fabulosas legendagens. Desta foi na série Charmed, a passar no AXN, onde sunroom é "livremente" traduzido como sala da luz. HAHAHAHA!!! Talvez o tradutor seja do Benfica...

OK, agora a sério: sunroom é solário, de lugar para banhos de sol. Só espero que a velhota que levaram para a sala da luz não tenha ficado encandeada...

sunroom

19 março 2008

Arthur C. Clarke

Infelizmente morreu hoje Arthur C. Clarke, um dos grandes culpados pela minha paixão pela ficção-científica.

A recordação que me ficará para sempre dele foi o programa televisivo Os Mistérios de Arthur C. Clarke, que passou na RTP nos anos 80, muito antes de eu ter finalmente a possibilidade de ver o 2001, Odisseia no Espaço. Uma das duas imagens que me marcou do programa foi a caveira de cristal, tema do próximo e esperado Indiana Jones, do genérico inicial e a outra era vê-lo a passear-se, com um mega guarda-sol, nas praias do Sri Lanka.

08 março 2008

5 gajos bons 2008

Mais uma vez a escolha não foi fácil e há repetentes, dois CSI e dois pecadores... Não ando a ver muitos canais generalistas, nota-se, não?

1. Reynaldo Gianecchini
Está no ar, está no meu top. Se bem que não ando a gostar tanto da sua interpretação na novela Sete Pecados, talvez o seu Dante seja demasiado bonzinho...





2. William Petersen
Ainda dá pica, está no ar na SIC com uma série mais antiga do CSI, mas a intriga das maquetes da 7ª série encheu-me as medidas.






3. Sidney Sampaio
Desde que o comecei a ver nas novelas que achei que tinha uma cara doce e exótica. Em Sete Pecados tem um ar mais maduro, já convence.






4. Gary Sinise
Este homem sempre me intrigou, adoro aquele ar carismático e é um excelente actor! No ar com CSI: NY.






5. Skeet Ulrich
Gosto do ar mais maduro e um bocado porco que tem em Jericho. Parece que sobreviveu, e bem aos filmes de adolescentes!

02 março 2008

Remodelações

Tenho tido uma recaída pelos programas de remodelação/redecoração antes-e-depois e tenho andado a dar em quase todos, incluíndo o Querido, mudei a casa!.

Ultimamente tenho achado que as decorações do programa nacional melhoraram consideravelmente, tornaram-se mais palpáveis, mais habitáveis, mais realistas em relação às "vítimas", apesar de ainda achar que o programa não melhorou muito.

A máquina está bem mais oleada, já não se sente o programa a apalpar terreno, mas este último que vi, a decoração de uma sala em Albufeira, exagerou. O programa era mais uma reportagem sobre o que as Sofias e os queridos andaram a fazer em Albufeira (o que e onde comeram, o hotel onde ficaram, a piscina, etc.) do que sobre a decoração da dita sala. É verdade que num programa destes tem de haver um espaço maior para o product placement, são eles afinal que pagam as decorações, mas não exageremos: o que é que me interessa saber o que eles cozinharam para o lanche? Eu por acaso faço muito bem apple crumble (e não ponho passas, eww!), mas da última vez que verifiquei este era um programa de decoração e não de culinária! Aliás o catálogo final já é mais que suficiente. Existe uma necessidade de justificar tudo, mesmo o que é óbvio, há informação repetida várias vezes sem necessidade. O que gostaria de ver é o trabalho de mãos que eles andaram a fazer, também é engraçado uma piada ou outra lá pelo meio para descomprimir, mas haja sentido de humor! As piadas forçadas e supostas improvizações? Ew, que horror! Espero sinceramente que nenhum deles (Sofia Carvalho incluída) tenha aspirações ao palco... bem, os textos também não ajudam lá grande coisa... mas nem deveria haver texto (ou parecer que não há)!!

Mas enfim, o programa ainda é muito desequilibrado, dando demasiada atenção a temáticas ou assuntos que não são o objectivo do programa. Vá lá que melhorou e já inclui jardinagem e espaços verdes. Gostava um dia de ver o que fariam de uma casa inteira.

Querido, mudei a casa!

25 fevereiro 2008

80 Oscars 08

(não resisti à capicua)



Ah, este ano a cerimónia foi tão aborrecida... Certo, John Stuart é um bom apresentador e manda excelentes bocas politicamente incorrectas, estava tudo muito bem produzido, a média de filmes interessantes era alta, mas... faltava aquele quê, uma barracada qualquer, uma surpresa na entrega do oscar, um número musical mais elaborado, uma montagem em video mais emocionante, um acontecimento inesperado.


O vestido de sereia de Marion Cotillard
Jean-Paul Gaultier

Gostei das fatiotas, eram mais extravagantes mas com pouca cor. Havia muito preto, cores escuras ou neutras, pontuadas com algum vermelho. Achei piada ao vestido de sereia de Marion Cotillard, gostei da cor e da coragem do vestido de Helen Mirren, gostei do arrojo do vestido de Tilda Swinton. Mas este era o ano das grávidas. Nada menos que três (fora aquelas ilustres desconhecidas que ninguém sabe): Cate Blanchett, Jessica Alba e Nicole Kidman!! Até parece o Viagem a Itália de Roberto Rosselini. Os homens foram muito clássicos, até P. Diddy e Johnny Depp estavam clássicos. Havia mais gravatas.
Amei o vestido da figurinista oscarizada Alexandra Byrne (Elisabeth: The Golden Age), odiei o de Anne Hathaway.

Quanto à cerimónia, o cenário era normal, com uma inspiração algo grega ou egípcia, todas as categorias eram antecipadas por videos nostálgicos com os vencedores na respectiva categoria nos 79 anos anteriores, os vencedores nas categorias de interpretação foram todos europeus: Tilda Swinton, inglesa (melhor actriz secundária); Javier Bardem, espanhol (melhor actor secundário); Marion Cotillard, francesa (melhor actriz) e Daniel Day Lewis, inglês (melhor actor). Talvez o acontecimento mais radical tenha sido a vencedora do melhor argumento original (por Juno), a tatuada ex-stripper Diablo Cody.


OSCAR.com

12 fevereiro 2008

Futilidades frescas

Começar a ver Gossip Girl deu-me a mesma sensação que começar a ver Beverly Hills 90210 há valentes anos atrás. Ver uma série que é politicamente incorrecta, baseada nas vidas de gente branca cheia de papel e futilidades, é, no mínimo refrescante. Não que eu seja racista, não me considero uma pessoa racista, mas gosto do lado transgressor e glamouroso da futilidade. Ah, esperem! Há uma negra, uma oriental e uma latina, deve ser para cumprir as exigências da lei... Mas Gossip Girl é melhor que Beverly Hills. É melhor porque não é produzida por Aaron Spelling, é melhor porque dentro de tanta futilidade temos pessoas reais, nem boas nem más, é melhor porque se passa em Nova Iorque e é melhor porque esta é uma verdadeira upperclass e não apenas gente com dinheiro.

O episódio de ontem fez-me relembrar quando vi um dos primeiros episódios de Beverly Hills e passou a música-pop-psicadélico-do-momento:
Betty Boo (não confundir com a personagem do desenho animado Betty Boop). Relembrei-me pois na fabulosa festa clandestina na piscina do colégio, de repente começam a passar LCD Soundsystem e ainda por cima a minha música preferida. Mas até nisso Gossip Girl é melhor, Betty Boo era apenas engraçada, com videos muito kitsch mas LCD Soundsystem é muitíssimo mais do que isso, é uma das melhores bandas do momento e já tem mais do que um êxito.

Para além de tudo isto, ligação de todo o universo ser feita através de um blog de coscuvilhice, que toda a gente envolvida lê e cuja autora permanece incógnita é bem pensada. Permite uma narração externa facilmente integrada na narrativa (há coisas que seria impossível a Gossip Girl saber, mas que são narradas) e usar os telemóveis luxuosos (mais do que a internet) como mais um veículo de comunicação e fonte de mal-entendidos.

Claro que temos ricos-bons, ricos-maus, ricos-mais-ou-menos, menos-ricos-(não se pode dizer que são pobres, só não são assim tão ricos)-bons, menos-ricos-maus, etc. Mas a história é suficientemente bem escrita, episódio a episódio, para nos deixar com aquela pontinha de curiosidade sobre o que mais irá acontecer.

E bem, temos um guarda-roupa cheio de estilo (não há uma única pessoa mal vestida), mansões, apartamentos, o colégio e hotéis fabulosos, para não mencionar o filme-fetiche de Blair (a pobre menina rica) ser um dos meus favoritos: Breakfast at Tiffany's (cuja fachada já vimos na série).

Gossip Girl

09 fevereiro 2008

Ninguém tem nada a ver com isso!


Lancia Musa c/ Carla Bruni

No tempo das Top Models ela era a que ocupava a posição mais baixa na minha lista de preferências, mas de todas as Top Models, Carla Bruni foi a que teve a pós-carreira mais rica, inteligente e interessante, sem seguir pelo caminho fácil de pseudo-actriz num qualquer filme romântico ou de acção que implicasse alguma pele à mostra.

Primeiro saiu elegantemente de circulação, passo estratégico para que se deixasse de associar a sua imagem ao universo mais materialista da moda, depois editou um disco em que convenceu (e bem!) de que sabia cantar e agora toda a sua postura na relação/casamento com Sarkozy, presidente da República Francesa tem sido do mais impecável e pessoal possível. Os dois estão a conseguir convencer o mundo que ninguém tem nada a ver com as vidas privadas das figuras públicas e que o que elas fazem nas suas vidas não implica um mau desempenho nas suas profissões públicas. Ah Sarkozy é presidente da França? Certo, mas o que é que a sua vida amorosa tem a ver com as suas ideias políticas? Ah Carla Bruni é cantora e ex-Top Model? Certo, mas porque raio é que tem de parar de cantar só porque se casou com o presidente de um país? Já só falta implicarem por ela ser italiana...

Acho muito bem que Sarkozy case com quem bem lhe apetecer e que Carla Bruni tenha garantido que não se vai tornar numa primeira-dama dondoca mas sim numa primeira-dama cantora. O que preferem? Uma dona de casa inútil, que oferece chás de caridade ou uma mulher bonita, elegante e activa que ainda por cima é boa cantora. Os tempos de Grace Kelly já lá vão e aqui nem sangue azul existe.

03 fevereiro 2008

e a flor murchou...

Agora que finalmente a Floribella acabou de vez, aqui ficam os pensamento que fui acumulando nestes meses.

A segunda série começou logo coxa: o Frederico, o príncipe e grande amor de Flor, está morto, a série demorou demasiado tempo a estrear (quase 2 meses) e o horário mudou de nobre para vespertino, o que não ajudou nada.

Ao começar a ver a segunda série percebi logo uma série de elementos que passaram a fazer com que não desse nem metade do gozo a ver que a primeira: a empatia que existia entre Luciana Abreu e Diogo Amaral, não existiu entre Luciana e Ricardo Pereira (mesmo até ao fim). A continuação de um vício, que já se tinha notado no fim da primeira série, de aumentar em tamanho e número os subplots rocambolescos, sem grande critério e verosimilhança. A mudança de visual de Flor foi forçada deixando ela de ter o ar fresco que contrabalançava o excesso psicadélico do guarda-roupa e, por fim, a Flor quase não cantou ao vivo, todo o núcleo da banda foi de certa forma abandonado, sendo cantada apenas uma canção nova ocasionalmente e não por Flor. Nunca gostei muito das canções, continuei a não gostar muito das canções da segunda série, se bem que com alguma evolução, mas uma das "promessas" que nos fora dada inicialmente era a da banda, que seria o sonho da vida de Flor, mas isso perdeu-se de tal forma que já nem se tentava arranjar desculpas (na narrativa) para a falta de investimento na banda, no desfilar de peripécias na vida de Flor.

O próprio desempenho dos actores pareceu-me menos naturalista e senti um aumento de maneirismos em Luciana Abreu. Deu-me a impressão que se via um produto popular e colorido, mas sem que os envolvidos acreditassem muito nele. As bruxas, que muito tinham cativado o público na primeira série também ganharam demasiados maneirismos de modo a que já não convenciam ninguém, aos primeiros episódios, de que poderiam fazer algum mal a alguém. É verdade que todos sabíamos que elas nunca poderiam vencer, mas pelo caminho gostamos de achar que talvez até possam, é isso que faz um bom vilão e uma história cheia de picos de emoção.

Por outro lado, a campanha de promoção foi desequilibrada. Se por um lado houve mupis e anúncios de página inteira a anunciar a série e a qualidade do design do merchandising melhorou consideravelmente, por outro foi bastante demorada a sua chegada e muito menos numerosa. As novas peças de roupa marca Floribella eram bem mais vestíveis, engraçadas e bem feitas e o jogo, que saiu muito recentemente, tem muito bom ar.

Ao longo dos meses em que foi exibida a série a SIC demonstrou insegurança no produto através de anúncios contraditórios, mudanças de horário, falhas na exibição, tudo sem pré-aviso, episódios exibidos duas vezes seguidas, montagens em que só 25% do episódio eram cenas novas, a série arrastou-se infindavelmente até que acabou um mês depois do anunciado, sem pompa nem circunstância. Ainda existiram as polémicas cor-de-rosa acerca de uma provável zanga entre a protagonista e a estação, facto que não me parece que tenha beneficiado alguém.

Enfim... continuo cheia de pena que a Floribella tenha, apesar do sucesso, sido tratada acima de tudo como produto de segunda por ser alegre, colorido, excêntrico e para miúdos, mudando este tratamento apenas quando o dinheiro falava mais alto. Ainda acho que poderia ter sido um percurso mais digno, especialmente esta segunda série que ficou bastante aquém da primeira.

Floribella

13 janeiro 2008

Paciência de japonês!

Delicioso, e está a dar na RTP2!!

PythagoraSwitch

ピタゴラスイッチ

RTP2
2ª-6ª: cerca das 9:00h

12 janeiro 2008

*plutão

Esta é deliciosa: na série anime Orphen, a passar no AXN, Orphen e os seus amigos são atacados por um exército defensor das termas onde se querem banhar.

Nas legendas por quatro, sim quatro, vezes o comandante mandou enviar um plutão! Não sei em que dicionário o/a tradutor/a viu esta palavra, mas Plutão (com P maiúsculo) é o nome de um planeta (ex-planeta?) ou deus romano e pelotão é que é um grupo de soldados.

Será que eles foram atacados por um deus ou por um planeta?

É mesmo de rir à gargalhada...

Priberam - dicionário
(por favor inserir 'plutão' e 'pelotão', não dá para fazer um link directo)
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