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27 janeiro 2012

EIKO


A visão de Sally a descer a escadaria naquele magnífico vestido de noiva em renda, totalmente historicamente incorrecto para um século XIX victoriano, em Bram Soker's Dracula de Francis Ford Coppola, ficou marcada na minha memória até aos dias de hoje.

Conheci o trabalho de Eiko Ishioka a partir desse filme, onde ela oscila entre figurinos de época, historicamente correctos, exuberantes para o dia-a-dia e um misto medieval, renascentista, oriental (as sedas, as sedas!) e puramente fantasia da sua cabeça para o mundo de Drácula. Outros dois fatos que me marcaram desse filme foram o roupão do Drácula velho, de uma seda carmesim a lembrar-nos constantemente que se trata do maior sugador de sangue de sempre e, claro, a armadura muscular que Drácula usa enquanto Vlad Tepes.

Mais tarde Eiko Ishioka iniciou uma colaboração com Tarsem Singh, que durou quatro filmes e que foi cruelmente interrompida pela sua morte. A estética alegórica de Tarsem, liga na perfeição com a exuberância de Eiko. The Cell, o primeiro filme de Tarsem, divide-se entre um mundo real cinzento e sóbrio e um mundo psíquico que passa do erótico sado-masoquista barroco e sombrio do vilão à luz e beleza natural com um pouco de inspiração latino-americana da psicóloga interpretada por Jennifer Lopez. Em The Fall a colaboração de ambos antingiu uma simbiose quase perfeita onde havendo também a separação mundo real/mundo fantasia, o contraste é menor, reforçando mistura que a miúda vai fazendo entre realidade e ficção.

Ainda não vi os dois últimos, Immortals e Mirror Mirror, mas pelas sinopses e imagens que já vi, sei que me vou deleitar com ambos e lamentar a enorme perda que é Eiko Ishioka e o vazio criativo que deixa ao mundo. Felizmente Eiko deixou-nos uma obra bastante vasta e variada, só nos resta disfrutar dela o melhor que conseguirmos. É o que pretendo fazer!

Eiko Ishioka, Multifaceted Designer and Oscar Winner, Dies at 73 - NY Times

24 janeiro 2012

*anos 20

O programa What Not to Wear americano, do TLC, é insuportável, pois põe toda a gente a vestir-se da mesma maneira (iiik! a Stacy é do mais irritante que há), mas as traduções costumam meter mais os pés pelas mãos que as vítimas do programa!

Uma rapariga descrevia o seu estilo como hippie-ish vintage, que foi traduzido como hippie anos 20... será que o tradutor achou que vintage, palavra bastante utilizada para designar uma qualidade do vinho do Porto, era uma variante da palavra vinte? Será que não reparou que a rapariga estava a falar inglês?

vintage
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