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23 abril 2007

Mais e mais Buffy

Sempre que penso que está mais complicado ser surpreendida por Buffy, the Vampire Slayer sem que a história geral deixe de ser plausível ou se arraste para campos pouco prováveis ou desinteressantes, lá nos brindam os autores com mais uma pérola.

Todas as séries de televisão americanas têm, mais cedo ou mais tarde, episódios de spin off de outros géneros, séries ou filmes. Nos Simpsons há-os aos pontapés, os primeiros que me lembro de ver foram em Moonlighting (excelentes homenagens ao film noir e às primeiras sitcoms americanas, dois géneros presentes na série), mas posso citar muitíssimas mais, sérias ou de comédia, se bem que a comédia se presta mais a estas homenagens.

Na série VI de Buffy, com o pretexto dos variados encantamentos e do sobrenatural possíveis dentro do contexto, aparece-nos Once More, With Feeling, um episódio no estilo de um musical dos anos 70 onde reviravoltas importantes da história nos são reveladas. É, sem dúvida, um episódio para ver com atenção, apesar da aparente frivolidade de termos todos (incluindo Spike) a cantar. Para além disso, todos eram muito afinadinhos, com especial destaque para Sarah Michelle Gellar (Buffy), Amber Benson (Tara) e Michelle Trachtenberg (Dawn). Os moços é que já não se safaram assim tão bem, especialmente Nicholas Brendon (Xander). Mas, conscientes disso, os autores deram-lhe um número onde ele canta muito dentro do estilo de Gene Kelly, onde passa a maior parte do tempo num falar cantado.

Aliás, apesar de a maioria das canções, nas palavras deles mesmos, serem um retro-pastiche, louvo-lhes a capacidade de engendrarem um episódio musical com letras muito bem escritas, rimam e têm coros, como se esperaria de um musical e ao mesmo tempo contam a história, que é bastante sombria e triste. As próprias canções são muito coerentes entre si o que fica comprovado no dueto final entre Buffy e Spike.

Está me a parecer que a sexta série, um pouco como a quarta, é uma série da decadência das relações do Scooby Gang, que já tinha começado há algum tempo a apresentar sinais de cansaço. Os autores também aproveitaram a morte de Buffy para a fazerem renascer incompleta, tornando-a numa personagem bastante mais sombria, madura e, por consequência, fazê-la aproximar-se definitivamente de Spike (um claro objectivo surgido na série anterior).

Está visto que só descanso quando acabar de ver a Buffy, na sétima, próxima e última série.

Buffy, the Vampire Slayer - IMDB

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