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26 janeiro 2017

Debaixo dos Kilts

Quem me conhece sabe que sou parcial quanto à Escócia, que tenho um fetiche por tartan e kilts e que tenho um fraquinho pelo séc. XVIII. Portanto, mal saiu a série Outlander foi daquelas que foi logo para o topo das séries a ver. Infelizmente a vida real não me tem dado muita disponibilidade para ver grande coisa para além do habitual na TV, e como esta série não passou em nenhum canal em Portugal, só agora vi a primeira temporada. A segunda segue-se em breve, já que não são muito longas.

Até começar a vê-la, tinha muito boa impressão da série, ao contrário do meu hábito (odeio spoilers) já sabia toda a história e conhecia o lado visual principalmente através de um dos meus blogs preferidos actualmente, o Frock Flicks. Contudo as expectativas não eram exageradamente altas, portanto foi com alguma surpresa que dei por mim a não adorar a série, pois tinha quase tudo para eu adorar.

Visualmente Outlander cumpre todas as minhas expectativas, gosto do elenco, é um regalo ver as Highlands numa belíssima fotografia que não abusa dos filtros, a banda-sonora é agradável q.b. e a realização não é nada má. Gosto do compasso mais lento com que a história se desenrola, sem andar a encher chouriços, de terminar quase todos os episódios com algum tipo de cliffhanger, ou da narrativa não-linear do episódio do casamento. Mas, aqui é que vem o grande MAS, é uma 'série de gajas' e como maria-rapaz ferrenha que sou, tenho fraca tolerância a 'séries de gajas'. Não consegui gostar de Sex in the City apesar de gostar da temática, a Grey's Anatomy enjoa-me, aborreci-me com Desperate Housewives depois do entusiasmo incial e, mesmo tendo visto quase todo o E.R., nunca me encheu completamente as medidas. A primeira coisa que me enervou foi a narração ocasional, que é demasiado explicativa e que não faz falta nenhuma, principalmente nesta época de Wikipedia. Por mais que goste de sexo ou erotismo numa série de TV, goste de filmes de terror e seja pouco impressionável, acho parte do sexo na série demasiado sádico, violento e gratuito, mesmo entre a Claire e o Jamie. Principalmente gratuito e demasiado estilizado. Apesar de não ter visto (nem querer ver - acho que vou odiar) acho que essas cenas são dirigidas ao mesmo público de 50 Shades of Grey e eu definitivamente não faço parte desse público.

A decepção é mais a surpresa pela decepção que outra coisa, não estava mesmo nada à espera, achei que me estavam a impingir fan service e não gosto disso. De resto, a permissa e o modo como se desenvolve a narrativa são interessantes, deixaram-me curiosa e nem esta decepção me demove de continuar a ver e de ficar satisfeita ao saber que estão aprovadas a terceira e quarta temporadas. Mas os livros é que muito provavelmente ninguém me apanha a ler!

Outlander

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