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13 setembro 2005

Breakaway: Year 6

Quem me conheça há alguns aninhos há de estranhar ainda não ter falado aqui da minha série de televisão favorita, o Espaço:1999, no original Space:1999. Simplesmente esperei chegar o dia certo: 13 de Setembro de 1999, a data em que a Lua foi para o espaço.

O Espaço:1999 foi a série de televisão decisiva na minha vida, inspirou-me das mais diversas formas, desde o meu gosto por ficção científica até à opção de curso superior que tomei: o cinema.

Desde que vi a série da primeira vez e algumas das primeiras reposições houve uma pausa até revê-la, como deve ser, em DVD. O melhor desse novo visionamento da série foi perceber que a série, mesmo com o seu peculiar guarda-roupa, envelhecera bem e que se via com interesse redobrado pois a minha vivência no espaço de tempo que decorreu permitou-me vê-la com novos olhos e com bastante menos deslumbramento infantil.

O que deve ter ficado na memória da grande maioria das pessoas que viram a série, nos anos 70, foi a carismática e marcante extraterrestre Maya, interpretada por Catherine Schell. Mas a série teve duas "seasons" ou anos com produções bastantes diferentes e algumas alterações no cast. Os fãs hardcore da série, na grande maioria, só consideram a primeira season porque a segunda foi mais barata e muito mais kitsch, mas, de maneiras bastante diferentes gosto do mesmo modo das duas séries. A primeira tem argumentos muito bem construídos e histórias com muita profundidade e seriedade filosófica, um pouco invulgar para uma "mera" série de ficção-científica. A segunda, realmente é mais kitsch, mas todo o trabalho visual, a introdução do humor e algum romance um pouco exagerado deram-lhe um charme e leveza que acho que só enriqueceu a série no seu todo. E, claro, ADORO a Maya!

Até hoje me espanta a qualidade dos efeitos especiais, na grande maioria sem mácula, principalmente se formos a tomar em conta a época em que a série foi produzida (anos 70), o meio para que foi produzida (televisão) e um orçamento global bastante baixo. Era o tempo dos autodidatas, as artimanhas utilizadas eram equivalentes às dos primeiros filmes de Star Wars, os estúdios eram os famosos estúdios de Pinewood em Inglaterra (a série é de produção inglesa) e tinha o, tarde reconhecido, excelente actor actor Martin Landau como Commander Koenig.

A banda sonora é excelente, nos actores convidados aparecem pesos-pesados como Christopher Lee e Joan Collins (entre outros) e, na segunda season, o tipo dentro dos fatos de monstro não era nada menos que David Prowse, o homem que vestiu o fato de Darth Vader!

Muitos dos técnicos que trabalharam na série tiveram (ou têm carreiras) brilhantes em cinema e/ou televisão e a série foi marcante na abordagem da ficção científica actual. Mesmo os erros técnicos, no que toca a conceitos de física e astronomia não são frequentes e os que há acabam despercebidos entre as peripécias da ficção.

O título e a imagem que escolhi referem-se ao primeiro episódio em que o factor que despoleta a série acontece: a separação da Lua da órbita terrestre devido a uma explosão de lixo nuclear. Este ano comemora o sexto aniversário. Apesar de algumas incoerências cronológicas, a Lua passa a ser uma espécie de veículo à deriva no espaço encontrando outras formas de vida (na maioria humanóides) e procurando, os habitantes da Base Lunar Alpha, um novo planeta que possam habitar.

http://www.fanderson.org.uk/fanderson.html
(site do criador da série, Gerry Anderson)
http://space1999.net/
(excelente directoria e enciclopédia da série, inclui um site português)
http://space1999.net/~catacombs/main/pguide/vip.html
(guia da série em Portugal)

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