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11 setembro 2005

Olho bicha para um gajo às direitas

Não resisti a fazer uma tradução livre do título da série original americana: "Queer Eye for a Straight Guy"! Do mesmo modo que tinha de ver, pelo menos, o programa de estreia até porque, por mais forçado que possa ser, é sempre radical no que toca aos nossos "costumes".

A princípio não me entusiasmei por duas razões:
1º: com tanta bicha LINDA que há por aí (que me fazem pensar "que desperdício"), foram escolher 5 gajos em que nenhum se aproveita, nem acho que se vistam assim tão bem.
2º: todos eles me pareceram extremamente forçados nas apresentações, não me convenceram.
Foi o ter visto alguns clips da série original e uma grande dose de curiosidade de ver como isso ia ser resolvido no nosso portuguesismo que me fez ver.

GOSTEI: deles, que estavam bem à vontade, com uma dose pequenina de lamechisse e bichisse Q.B. e da primeira vítima que se estava a lixar para o que eles fizessem, queria era agradar à mulher.
NÃO GOSTEI: do facto de terem arranjado uma primeira vítima demasiado fácil, metaleiro da pesada com um visual forte e marcante e uma casa aparentemente nova e com decoração zero (à base de móveis de pinho para satisfazer as necessidades básicas).

O metaleiro (nem sempre o hábito faz o monge) era do mais pacífico que há, protestou um bocado por causa do cabelo, mas deixou que lhe cortassem a trunfa com pouca persuasão e, no fim, olhava para o vaso onde estava enterrada a dita trunfa com um ar "cabelo cresce!". Não me admira que, daqui a 6 meses ainda não tenha visto tesoura e que a roupa nova continue nova!

Foi pena uma pessoa com um visual tão marcante passasse para completamente banal e não mantivesse nenhuma individualidade, independentemente de ficar bem ou mal nas roupas novas. Ninguém mencionou a profissão do metaleiro, mas não acredito que trabalhasse num balcão de um banco ou afins e nem que fosse esse tipo de emprego que procurava. Nem todas as pessoas precisam de "uniforme" para trabalhar e ceder a convenções sociais. Se tiver de o fazer perdendo a individualidade, está errado. Deviam ter arranjado um meio-termo, que se adequasse mais à pessoa alvo do programa.

A casa ficou bonitinha, mas também era práticamente uma casa em bruto onde tudo podia ser feito. Agora pergunto-me: a nova decoração tem algo a ver com quem a habita? NADA! Quanto às divisões normais a coisa ainda que escapou (mais ou menos), o quarto, desculpem lá, ficou quase igual, mas o sótão, o refúgio do dono da casa, que não tinha nada (só uma mesa e 4 cadeiras) bem que podia ter ficado mais engraçado. A única ligação que fizeram ao universo individual da vítima foi uma mesa de matraquilhos e uma das paredes ter sido pintada de amarelo com um motoqueiro a preto, numa Harley.

Quanto ao prato confeccionado pela vítima é daquelas coisas que eu faço quase de olhos fechados, nunca ninguém me ensinou e nunca li em lado nenhum, simplesmente usei o bom senso e a vontade de comer berigelas que adoro! E não tenho grande talento na cozinha, só cozinho porque não tenho grande alternativa.

Enfim, não é programa para fidelizar, por enquanto a SIC ainda consegue chamar a atenção para o programa, principalmente pela novidade, mas acredito que, não tarda nada, será enviado para um fim-de-semana à tarde, sem horário fixo.

http://esquadraog.sapo.pt/homepage.aspx

SIC
dom. 21h00

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