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07 setembro 2006

Brontë

Por acaso prestei atenção à programação da TV no jornal Metro de ontem e estive a ver, na RTP-Memória, o filme, dos anos 40, Jane Eyre.

Já há tempo que não via assim um filme na TV. Quero dizer um filme de ponta a ponta (sem me distrair com outra coisa qualquer cá por casa), um filme que não é a repetição da repetição da repetição, ou então a estreia na TV Portuguesa que já na semana passada tinha passado num qualquer canal de cabo e, mais ainda, um filme antigo, de uma fase que muito aprecio, apesar de datada.

Ainda tive mais dois incentivos externos: o facto de ser uma adaptação do livro homónimo de Charlotte Brontë e de ter, como protagonistas, Orson Welles e Joan Fontaine. O filme é uma adptação bastante interessante, mas muito datada. Confesso de que gostei mais de Joan Fontaine do que de Orson Welles (de quem sou fã), sempre imajinei Edward Rochester como um homem mais amrgurado ou torturado e menos frio e desapaixonado. Mas Joan Fontaine, se bem que também longe da Jane Eyre que sempre imaginei, consegue, dentro dos parâmetros de um filme do Studio System dos anos 40, ter uma actuação estranhamente apaixonada e intensa. Como brinde temos uma Agnes Moorhead (sem dúvida com dedinho de Orson Welles no casting, pois ela também pertencia à sua companhia, o Mercury Theatre) a fazer da cruel e mesquinha tia de Jane.

Não é a adaptação de Wuthering Heights, com Lawrence Olivier e Merle Oberon, mas cumpre bem e foi um serão bem passado frente ao aquário.

RTP-Memória
05.09.2006, cerca das 22:00

Jane Eyre (1944) - IMDB

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