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27 novembro 2006

Em City

Oz, ou Oswald Penitentiary é uma prisão antiséptica em que as grades das celas foram substituídas por painéis de vidro inquebrável e em que os guardas prisionais se confundem com os prisioneiros pois são tão prisioneiros como eles e tão corruptos como eles, os prisioneiros partilham a vida profissional dos outros trabalhadores, exercendo funções na cantina, enfermaria , etc. praticando os seus passatempos sejam eles a música ou o desporto.

Parecendo o espaço físico desta prisão um cenário de um filme de ficção científica, não se sabendo bem quem é quem, quem manda quem é obrigado a obedecer, quem controla o(s) diversos comércios lícitos e ilícitos, quem é corrupto ou honesto, cedo se confunde a penitenciária com a sua metáfora de Oz, a Emerald City do filme Feiticeiro de Oz. Através do aparente irrealismo do cenário e das situações insólitas que em muito devem ao abuso de drogas, Oz deixa de ser uma série realista, somos arrastados pela sua "trip", mas não deixa de ser um retrato cru e cruel do pior da natureza humana.

Para culminar temos o narrador mais improvável, Augustus Hill (Harold Perrineau), um pequeno criminoso, confinado a uma cadeira de rodas por causa do seu próprio abuso de drogas, mas que excepcionalmente se mantém neutro (e vivo!) entre tantas e tantas rixas sem fim.

Apesar de já ter visto melhor e de se notar algum (pouco) envelhecimento da série, Oz consegue impressionar ao ser políticamente incorrecta, ao mostrar os seres humanos como eles são sem pudor ou moralismo.

Oz

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