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31 março 2005

Curiosidade mórbida

Tenho me contido de comentar reality shows, não por vergonha, mas pelo excesso de notícias que saem na imprensa cor-de-rosa e não só, é demais!

É a curiosidade mórbida, do título, que me faz ver, pelo menos de vez em quando, os diversos reality shows que passam nas nossas TV's. Os que segui com maior fidelidade foram os Big Brother's, os Ídolos e agora as Quintas das Celebridades. Sinceramente não percebo, para além dessa curiosidade e do voyeurismo, que não me preocupo em conter, o que me faz ver esses programas. Nunca me interessei muito por qualquer tipo de concursos, excepto, em tempos de deserto televisivo, a Cornélia e o 1, 2, 3 (o do Carlos Cruz), portanto não percebo. Agora, tal como me aconteceu com os Big Brother's, que tiveram mesmo muito impacto, com os mais recentes o interesse vai decrescendo conforme as versões se vão multiplicando.

Uma coisa curiosa me aconteceu com a última Quinta das Celebridades:
Normalmente há sempre um favorito, ou menos detestado, mas dei por mim a odiar, uns mais, outros menos, todos os participantes. O primeiro motivo pelo qual é difícil eu gostar de alguém num reality show destes é o facto de se exporem da maneira que se expõem, eu era totalmente incapaz, nem ser fotografada eu gosto lá muito! Mas isso são motivos pessoais e as quantias que lhes são oferecidas devem dar jeito, eu que o diga! Mas por mais que a polémica faça audiências, um clima sempre cheio de intrigas e de gente a meter-se na vida uns dos outros faz com que eu perca o interesse e isso fez com que não tenha seguido esta segunda versão (ou todas as segundas versões) do mesmo modo que a primeira (até agora só vi a 1ª gala e não foi completa). Mas, se uma pessoa opta por se expor desta forma, e no Big Brother era pior, ao menos que seja minimamente íntegra e esteja com vontade de se divertir o que gera melhor ambiente.

Tudo o que vemos nestes reality shows, com mais celebridade, menos celebridade, são reflexos da nossa própria vida e de certeza que toda a gente que assiste se identifica mais ou menos com certos acontecimentos. O mau ambiente de intrigas que se viveu na primeira versão fazia me lembrar o mau ambiente que se vivia no último local onde trabalhei (muito provávelmente muitos mais por esse país fora)... Talvez, se a nossa sociedade estivesse melhor, mais construtiva, não houvesse necessidade de satisfazer curiosidades mórbidas através de um programa de televisão...

De uma coisa valem todos os reality shows de que falei: os seus spin-offs no Herman SIC que são hilariantes! Para acompanhar os "Big Bredas", "Cromos" e "Quintais dos Ranhosos", tem de se ver, pelo menos uma vez, os originais! Vejam os vídeos no site.

http://www.tvi.iol.pt/quinta/home.html
http://idolos.sapo.pt/
http://sicprogramas.sapo.pt/sicprogramas/index.php?article=7&visual=2
http://xl.sapo.pt/comedia.html

13 março 2005

Armação Ilimitada


Não é por acaso que a TV Globo é uma das melhores cadeias de televisão do mundo, e nós temos a sorte de falarmos a mesma língua, o que nos possibilita acesso a produtos que, de outra forma, provávelmente desconheceríamos.

Armação Ilimitada foi uma das melhores séries juvenis dos anos 80 que partia de uma fórmula simples de sitcom, partindo de um cast fixo e de histórias mais ou menos autónomas cheias de referências da cultura pop e cinéfila, com artistas convidados de primeiro plano. Por cá deu, em 1990/91 às 6ªs à hora do almoço na RTP 2 (episódios completamente fora de ordem e reeditados) e agora está a repor, integral, no GNT.

A produção tinha meios tipo série B, utilizando tudo o que os estúdios da Globo tinham para oferecer, desde cenários, guarda-roupa e efeitos até actores. O elenco principal partia de um triângulo feito pelos dois heróis da Armação, Juba (Kadu Moliterno) e Lula (André de Biasi) e a sua, dos dois, namorada Zelda Scott (Andréa Beltrão) uma jornalista apaixonada pelos ideais existêncialistas de Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir. Como ajudante os dois heróis têm o sensato "menor abandonado" Bacana (Jonas Torres) e Zel ainda tem a melhor amiga na comilona, grávida e depois mãe solteira Ronalda Cristina (Catarina Abdala) e o severo Chefe (Francisco Milani) com valores mais tradicionais e interesseiros que os de Zel.

Apesar de ser uma série de aventuras, baseada num estilo de vida próprio da juventude brasileira do Rio com surf, gatinhas e muito sol, cada episódio seguia um tema independente onde o investimento era total. Se o tema era Western os actores falavam com sotaque gringo, o guarda-roupa era feito de chapéus "stetson" e botas de cowboy, havia cavalos e estrebarias e a música era de westerns americanos. Se o tema era espionagem ou James Bond, havia um alter-ego do próprio, vestido de forma elegante e Bond (será blond?) girls de origem convenientemente Russa e com uma homenagem ao filme de Stanley Kubrick, Dr. Strangelove pelo caminho. A banda sonora também contava com temas de Bernard Herrmann de filmes de Hitchcock.

Os temas eram variadíssimos desde sereias, Havaii, mitologia grega, futebol, grandes romances e temas tradicionais brasileiros passando por filmes famosos com Salteadores da Arca Perdida, James Bond, Fantasma do Paraíso, Dr. Strangelove, Rollerball, Rambo, Os Olhos de Laura Mars, Glauber Rocha e muitos outros, uns óbvios outros fragmentados pela intriga dos episódios.
Os textos e diálogos eram incisivos, cheios de humor e timing, como quando aparece Maurício do Vale vestido de cangaceiro e Bacana diz: "Glauber Rocha... não morreu!" ou em nomes como "Alvorada de Hiroxima" no episódio do Fantasma do Rock.
Os actores convidados eram outro trunfo da série, eram todos de primeira e muitos deles muito conhecidos até em Portugal: Miguel Falabella, Maurício do Vale, Lucélia Santos, Regina Casé, Paulo José, Patrícia Travassos (uma das co-autoras), Diogo Vilela, Luiz Fernando Guimarães, Débora Bloch, Evandro Mesquita, Ítalo Rossi e muuuuuitos mais! Estes são apenas alguns dos que me lembro.
A banda sonora era escolhida a partir do tema do episódio e incluia muitos temas de bandas rock brasileiras, muitas delas viriam a ser famosas, desde Caetano Veloso a Barão Vermelho ou Blitz, passando por Rita Lee. Os temas internacionais ou eram "colados" ao tema do episódio ou eram temas populares na época.

Infelizmente, devido à fraca qualidade técnica dos anos 80, a série envelheceu um bocadinho mal, a qualidade de imagem e som são fracas e a concepção artística é, por vezes, demasiado anos 80. Os episódios também são um bocado desequilibrados, alguns episódios são execelentes e outros assim-assim, que se vêm com algum sacrifício. Mesmo assim a série ainda diverte pelos temas, pela acção e pela enorme criatividade.

Os autores da série, Antônio Calmon, Guel Arraes, Euclydes Marinho e Daniel Filho têm tido carreiras importantes na TV Globo, na maioria realizando/criando novelas da tarde, de comédia com parte da história e elenco constituído por grupos de crianças, em geral um rol de filhos como em Top Model ou Vamp.

http://www.teledramaturgia.com.br/armacao.htm
http://www.imdb.com/title/tt0143026/
http://www.infantv.hpg.ig.com.br/armacao.htm

GNT
dom. 12:30

08 março 2005

5 gajos BONS!

Bem... como hoje é o dia da mulher e fui lembrada disso várias vezes hoje e por homens, resolvi fazer um mini top 5 dos homens, que aparecem na TV, que actualmente me dão a volta às hormonas:

1. Reynaldo Gianecchini
É BOOOM! É raro eu babar por actor de novela, mas o Gianecchini faz 100% o meu género e tem uma vantagem: é muito, mesmo muito fotogénico e telegénico! Ah! Também não é mau actor, de todo! Neste momento não está no ar... snif...




2. William Petersen
Não sei se é a personagem que ele faz em CSI, se é mesmo carisma próprio, o certo é que este homem é um íman de écran e envelheceu muitíssimo bem!





3. José Wilker, no tempo da Gabriela
Quando comecei, desta vez, a rever a Gabriela, percebi porque é que o Dr. Mundinho arrasava tantos corações em Portugal (e muito provávelmente também no Brasil) nos anos 70. Com aquela voz e aquele olhar o homem era mesmo um arrasa-corações. Envelheceu bem, mas o charme actual dele vem mais de ser um excelente actor. A foto não está grande coisa mas foi o que consegui arranjar mais próximo do visual da Gabriela, é do filme Dona Flor e seus dois maridos.

4. Alex Atala
Alex Atala é o cozinheiro do programa de culinária, que aliás recomendo, do GNT, Mesa Pra Dois. O homem é lindo, tem um charme irresistível e ainda por cima cozinha bem! Não há discussão possível! Ah! É ruivo!




5. Corin Nemec
O nome não ficou na memória, ele é o Parker Lewis que agora também anda pelo Stargate SG-1. Não é o meu modelo de gajo bom, mas tem um ar super-cute e há qualquer coisa naquele sorriso que tira a respiração...





06 março 2005

A nova coqueluche da TV

Estreou hoje, domingo, na RTP 1 uma série de que já tinha ouvido falar imenso: Lost. Criada por J.J. Abrams (o mesmo de Alias) a série tem uma premissa bastante simples mas que aguça a curiosidade dos mais indiferentes. Um avião cai numa ilha perdida do pacífico e os 48 sobreviventes, numa multiplicidade de culturas e feitios, vão ter de sobreviver às intempéries, uns aos outros e aos variadíssimos mistérios que os rodeiam, tanto nas pessoas como na ilha.

O protagonista Jack (Matthew Fox), não é senão o irmão mais velho de Party of Five com uns quilitos a mais mas também mais atraente. Outras caras conhecidas são Dominic Monaghan como Charlie (o Merry do Senhor dos Anéis) e Harrold Perrineau, de Romeo+Juliet e dos Matrix Reloaded e Revolutions.

Como curiosidade há um casal de Coreanos que não falam inglês que me faz lembrar o casal de Japoneses, com o seu tradutor electrónico Mandarax, do hilariante livro Galápagos de Kurt Vonnegut, que também trata de náufragos numa ilha deserta. Como no livro também há uma grávida. Não há dúvida que J.J. Abrams leu Kurt Vonnegut! Só isto já é suficiente para me agarrar ao aquário domingos à tarde.

http://abc.go.com/primetime/lost/index.html

RTP1
dom., 15:15
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