TV-CHILD É UMA DESIGNAÇÃO QUE SE PODE DAR À MINHA GERAÇÃO, QUE CRESCEU
A VER TV. ESTE BLOG É 90% SOBRE TV, 10% SOBRE OUTRAS COISAS.

24 novembro 2008

4º Bloganiversário



Esqueci-me do aniversário do Anime-comic, mas do TV-Child não me esqueci!! Este ano o aniversário coincidiu com a chegada desta menina, a minha primeira Blythe, que baptizei Strawberry Fields como a última bondgirl de Quantum of Solace (elas são parecidas ) e ela até me fez um bolo!

Ontem foi com imenso agrado que constatei que a ficção portuguesa está de boa saúde apesar de por vezes não o aparentar, com a estreia da série Um Mundo Catita, que no geral agradou bastante.

Eu e a Strawberry vamos ver TV!

Um Mundo Catita

20 novembro 2008

*Holly Leveza

Esta é de rir à gargalhada! Por incrível que pareca esta é uma tradução(?) de Holly Golightly!!!! Já agora Azevinho Leveza, não? Já que holly quer dizer azevinho em inglês...

Esta gaffe monumental aconteceu num episódio de Project Runway [que já não via há demasiado tempo] onde o estilista e juiz do programa, Michael Kors, descreve um vestido como uma "Holly Golightly enlouquecida" ou coisa semelhante, já estava demasiado distraída a rir para fixar o adjectivo.

O mais engraçado disto tudo, como se já não fosse engraçado o suficiente o Holly Leveza, é que colocaram o nome com maiúscula, portanto quem traduziu até teve descernimento suficiente para perceber que se tratava de um nome, só não percebeu que se tratava de uma personagem emblemática para Nova Iorque. Holly é a protagonista do livro Breakfast at Tiffany's (Boneca de Luxo) de Truman Capote, que por sua vez teve uma inesquecível adaptação ao cinema com Audrey Hepburn a interpretar o papel de Holly, que ficou para todo o sempre ligado à actriz!

Para uma fã, como eu, do filme (confesso que nunca li o livro) o erro é chocante mas também extremamente divertido! Uma coisa é certa: quem traduz programas destes deveria ter um pouco mais de cultura de moda e de Nova Iorque, já que o programa é sobre moda e se passa em Nova Iorque...

A melhor casa de todas

Como já disse aqui várias vezes, não tenho muito o hábito de ver a TCM, principalmente por causa das repetições. Mas ultimamente tenho apanhado de vez em quando um ou outro filmes invulgares e bem interessantes.

Hoje foi um desses dias, apanhei, provavelmente a cerca de 2/3, uma daquelas maravilhosas comédias inglesas dos anos 60, actualmente caídas no esquecimento, mas muito picantes e engraçadas. O filme chama-se The Best House in London e é acerca da fundação de um bordel de luxo e comércio de jovens raparigas na Londres Victoriana.

O que me atrai nestes filmes é uma combinação de pequenos factores que no seu conjunto dão um resultado kitsch e ao mesmo tempo retro-chic, e extremamente divertido! O que salta primeiro à vista são os cenários exuberantes, barrocos, com uma paleta de cores psicadélicas que, apesar de serem de época, o que se nota logo ali é o ambiente sixties, e logo a seguir o guarda-roupa, as maquilhagens e os cabelos (extremamente bem penteados sem um único fora do lugar, nem nos homens!). A segunda coisa em que reparei foi no sotaque extremamente british, por vezes até cockney, como hoje-em-dia nem os ingleses mais ingleses falam. E por fim David Hemmings e George Sanders. Estes dois, principalmente David Hemmings, são sinónimo de sixties e da swinging London. Parece que todos os filmes que fizeram encaixam na perfeição neste universo camp, culminando Hemmings em Blow Up.

E depois o filme propriamente dito é uma estranha combinação de variados factores históricos, personagens descabidas e uma comédia desbragada, bastante picante com muitas meninas nuas, naquele misto de erotismo e ingenuidade que caracteriza imensos filmes ingleses dos anos 60. Não dá para não rir com o estranho dirigível do Conde Pandolfo nem com as cenas finais no bordel, em que cada quarto é uma encenação de uma situação potencialmente erótica: harém, sala de aula, pastorinha, selva, banhos romanos, etc.

Enfim... um filme divertido, sem subterfúgios, que é o que aparenta sem grandes pretensões a não ser apenas divertir.

17 novembro 2008

Daddy Longlegs

Há algum tempo que não comentava os rebeldes, hehee, vem aí mais! Na realidade este comentário é bem mais "leve" que os meus outros. A história tem decorrido, sem grandes surpresas mas com algumas emoções, nada digno de nota mas...

Ultimamente tem sido mais desenvolvida a história da Elsa (a rebelde desportiva), que supostamente sendo órfã só teria meios para estudar no colégio sendo bolseira, mas não, arranjaram-lhe um tutor misterioso, tem um estatuto protegido no colégio e recebe prendas caras, mas úteis (PC portátil, etc.). Pouco tempo após o foco cair sobre Elsa o colégio recebeu uma nova adição ao corpo docente, um "protegido" dos donos, jovem, bonzão, mas cretino e rígido como tudo que implica em particular com quem, com quem? Com a Elsa!

Tudo isto me faz lembrar uma história de que gosto muito, que conheço há muitos anos e que encaixa na perfeição no contexto: Daddy Longlegs, de Jean Webster. Conheci esta história através da sua adaptação para cinema dos anos 50, o filme Daddy Longlegs com Fred Astaire e Leslie Caron, uma adaptação livre do livro. Mais tarde vi e vibrei com a adaptação da Nippon Animation para série de anime, Watashi no Ashinaga Ojisan e só há pouco é que li ambos os livros. A adaptação do anime é mais fiel ao livro que, sendo pequenino, lhe acrescenta umas partes, algumas delas inspiradas no livro seguinte da autora, Dear Enemy.

Vamos lá ver como a história se desenvolve, mas pela minha experiência com as novelas de Cris Morena, não me espantaria rigorosamente nada se a história se desenvolvesse de forma semelhante. Se por um lado quero que a inspiração venha daí, pois a base é muito boa e o desenvolvimento emocionante e consistente, pelo outro acho muito descaramento se assim acontecer. Qualquer que seja o desfecho da história da Elsa, só espero é que não seja nem cansativo nem anticlimático.

05 novembro 2008

FOI DESTA!!!

Estou estupefacta! Por mais que tenha torcido por Barack Obama, tinha sempre uma sombra de resignação ao meu lado a dizer: "nã... não será desta." MAS FOI!!!

Quando era miúda, lembro-me de haver eleições nos Estados Unidos, Jimmy Carter, e de perguntar a um adulto porque nós não podíamos votar nas eleições norte-americanas, já que essa decisão nos influênciava também a nós. Nessa altura a NATO estava em grande em Portugal no auge da sua actividade militar, e ainda não tinha havido Ronald Reagan nem os Bushes...

Apesar de continuar a concordar com essa dúvida que tinha em miúda, confesso que nas últimas semanas me andava a começar a irritar dar-se mais atenção às eleições norte-americanas nos nossos media (não só na televisão) que às eleições portuguesas! Mas tudo está bem quando acaba bem, só espero que não vá funcionar como o Lula no Brasil.

01 novembro 2008

Chanel (ou: o que a alforreca gostava de ser mas não chega nem perto)

Se havia coisa que me enervava quando comprava a TV-Guia há uns anos, era a pessoa que escrevia a suposta coluna social, insistir em escrever a marca Chanel com dois "N". Uma pessoa que percebe de socialite é suposta também perceber minimamente de moda e Chanel pertence à crème de la crème dos criadores de moda ao longo da história. Para além disso as prateleiras das perfumarias (nem que seja) estão recheadas de frascos dos diversos perfumes da casa, muitos deles envergando o nome Chanel. Não é difícil!

Não sei se vi mal (muito sinceramente espero que sim - mas os portugueses não são rápidos no gatilho no que toca ao YouTube e a SIC também não tem nada), mas estava a fazer zapping e fui parar ao novo programa de apanhados da SIC (Não Há Crise ?) na altura em que começaram a dar um videoclip da alforreca chamada José Castelo Branco. Não sei se vi mal, porque no início do clip ele diz/canta(?) qualquer coisa "...Chanel" e no fundo animado pareceu-me ver escrito "channel". A letra era num cursivo onde posso muito bem ter confundido o "N" e ter me parecido que eram dois. Mas se não me enganei é muito grave. Como é que a dita criatura, que apregoa aos quatro ventos "Chanel" a toda a hora, deixa que escrevam mal o nome da sua "amada" marca no seu próprio videoclip? Só se ele mesmo não sabe como se escreve, o que é bem provável...

Quanto ao videoclip em si, José Castelo Branco deve pensar que é Ru Paul nos anos 90! Mas nem lhe chega aos calcanhares... Ru Paul é uma das drag queens mais famosas e reconhecidas da cena nova-iorquina, a música do seu videoclip, Supermodel, era bem divertida, a letra era boa, pertinente para a época (das supermodels Linda Evangelista, Christy Turlington, Naomi Campbell, Claudia Schiffer e Cindy Crawford, entre outras) e era mesmo muito cool e superfashion, pois a produção do video foi cinco estrelas, como seria de esperar de um performer como ele. O da alforreca, acho que fica à escala do que ela tem andado a fazer nas televisões portuguesas nos últimos anos: medíocre.

Ru Paul - Supermodel (You Better Work)
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

false

false