TV-CHILD É UMA DESIGNAÇÃO QUE SE PODE DAR À MINHA GERAÇÃO, QUE CRESCEU
A VER TV. ESTE BLOG É 90% SOBRE TV, 10% SOBRE OUTRAS COISAS.

28 fevereiro 2009

*Channel

Já aqui tinha feito um desabafo em relação a este erro ortográfico e de falta de cultura geral (para não dizer cultura fashion) neste post. Mas enquanto que ver esse erro seja na TV Guia, seja no vídeo daquela criatura é mau (sim, é!), é ridículo (sim, é!), é falta de esmero (sem dúvida), é triste (oh sim!), mas, dando o devido desconto, é infelizmente previsível...

Agora só digo: o nome da senhora é CHANEL, com um (sim, 1) N e não channel de "canal" em inglês!

Mas (e desta vez o erro não está na televisão, pois é!) ver na entrevista de rua da revista Time Out (nº 74, 25 de Fevereiro de 2009, tema: "88 Coisas que Você Não Sabe Sobre Lisboa" | rúbrica "De olho na rua", pag. 12, último parágrafo), de que tanto gosto, que leio avidamente todas as semanas desde o primeiro número e que respeito imenso, tamanho erro é bem grave! Juro que dentro do decadente panorama jornalístico português respeito, e muito, os jornalistas da Time Out que não têm papas na língua, escrevem bem, fazem o trabalho de casa, estão em cima do acontecimento e, principalmente, têm um sentido de humor corrosivo sabendo apontar o dedo quando é preciso. Ah se Portugal tivesse mais gente assim!

Mas este erro é mais grave ainda (pois dada a temática da revista os jornalistas da Time Out têm obrigação de saber estas coisas) porque foi escrito não uma, mas duas vezes! Isto leva-me a questionar mais uma vez os critérios de escolha das "figuras" em street fashion que fotografam, pois invariavelmente quase todas as semanas as pessoas têm menos de 25 anos, de original costumam ter pouco e de fashion menos ainda, e são fotografadas na mesma esquina da Baixa. Fazem plantão é? Ainda por cima desta vez a rapariga era realmente gira e estava bem vestida!

23 fevereiro 2009

81 Oscars de (B)ollywood?



Este ano a cerimónia dos Oscars foi diferente em quase tudo, até nas tendências das fatiotas, que neste ano não encontrei nenhuma. Havia de tudo: vestidos sereia, drapeados, vestidos princesa, vestidos tubo, assimétricos, com cauda, sem cauda, rendas, cetins, sedas, chiffons, lantejoulas, plumas... De todos eles, os vestidos acima foram os que mais me chamaram a atenção, por isso este ano não há desenho. O de Viola Davis pelo seu ar clássico de Hollywood anos 30, no corte e no plissado dourado, muito bonito e elegante. O de Sarah Jessica Parker pelo seu ar diáfano (todos os vestidos de princesa deveriam ter este ar diáfano) e pelos maravilhosos acabamentos. Nos homens ainda menos tendência vi, apenas que cada um vai como quer e que o fraque clássico está mais que em desuso. Isso sentiu-se especialmente quando Hugh Jackman, a dada altura da cerimónia, aparece assim vestido (mas já lá vamos). Amei ver o maravilhoso Tim Gunn na passadeira vermelha a fazer os costumeiros comentários acerca dos vestidos e dos fatos. Nada como um verdadeiro conoisseur para o fazer como ninguém! É pena os comentadores portugueses e a TVI ainda acharem esta uma parte menor da cerimónia, não passando o programa Red Carpet na íntegra e comentando SEMPRE em cima do que eles estão a dizer, não deixando ouvir os comentários fúteis sobre a roupa. É para isso que vemos o Red Carpet!

Hugh Jackman não foi o apresentador mais notável ou brilhante de uma cerimónia dos Oscars, mas como este ano a estrutura mudou radicalmente, foi um apresentador à medida. Gostei muito de o ver cantar e dançar no estilo musical clássico e o número de abertura em estilo "Oscar-crise deux mil et neuf" foi engraçado.

Sim, a estrutura mudou muito e, apesar de ter muito menos intervenção do apresentador principal, acabaram com as redundantes apresentações dos apresentadores e se resumiram a três intervenções brilhantes e muito hollywoodescas. Gostei mais deste estilo de cerimónia, foi mais ágil, com mais ritmo, a encenação de cada apresentação foi diferente para cada categoria, sem repetir fórmulas (excepto para os actores), juntaram em blocos categorias da mesma família (mais uma vez com excepção para os actores), não houve discurso do Presidente da Academia. Foi mais aquilo que eu sempre esperei de uma cerimónia dos Oscars (desde há uns 10 ou mais anos que sempre fiquei um pouco insatisfeita), não dependendo tanto das "supresas" ou intensidade com que o público vibra com a escolha dos premiados, e toda a gente se pareceu divertir mais. E a cerimónia não foi mais curta como apregoado, pareceu mais curta porque nos manteve sempre atentos ao ecrã, mas não foi. Nos últimos anos, ao ritmo que as coisas iam, qualquer dia a cerimónia teria apenas uma hora, mas este ano acabou na zona confortável das 5h da manhã (já acabou perto das 4h e já acabou depois das 6h).

Mas o grande clímax e melhor parte da cerimónia foi o fabuloso número de homenagem ao Musical cantado e dançado por Hugh Jackman (de cartola e a começar por Top Hat) e Beyoncé Knowles e coreografado por Baz Luhrman. O número começava ao bom estilo de velha Hollywood, relembrando os números nos filmes de Busby Berkeley ou de Fred Astaire (cá está, Top Hat), transitando para melodias mais modernas sem quebras e sem perder a graça. A-DO-REI!

Gostei dos discurso de Penelope Cruz, talvez a maior surpresa da noite, adorei ver Eva Marie Saint ainda com excelente aspecto a apresentar, tenho de ver In Bruges, pois quero ver Ralph Fiennes a falar cockney, fiquei triste por os candidatos à Longa de Animação serem todos em animação 3D, fiquei satisfeita por os unicos dois filmes japonese candidatos terem ganho o Oscar na respectiva categoria (La Maison en Petits Cubes, de Kunio Kato e Departures, de Yojiko Takita), adorei a homenagem merecida a Jerry Lewis, se bem que "desviada", ri-me com a gaffe do ano, pois apresentaram Sir Ben Kingsley e esqueceram-se do "Sir" de Anthony Hopkins e gostei da postura de Mickey Rourke e do carinho com que a maioria dos colegas se referiu ao seu regresso.

Então e Bollywood? Pois, é muito curioso pensar que Slumdog Millionaire, um filme inglês filmado na Índia com actores indianos, tenha sido o grande vencedor da noite. Parece que não foi só Barack Obama que mudou nos Estados Unidos, a mentalidade geral também!

Espero que mantenham o estilo da cerimónia para o ano, em termos de espectáculo foi das melhores do últimos tempos, verdadeiramente encenada, sem quebras de ritmo, sem a sensação de partes redundantes ou inúteis focada no principal, no cinema e nos prémios.

OSCAR.com

22 fevereiro 2009

Paris de estúdio



Uma das coisas boas da vizinhança dos Oscars é a programação especial que a RTP, mais até a RTP2, costuma fazer todos os anos com antigos filmes oscarizados.

Ontem à noite apanhei dois dos filmes que constam no meu top 10 de filmes, Um Americano em Paris (já a meio, mas sem perder as minhas cenas favoritas) e Tudo o Vento Levou, em que adormeci (começou à meia noite, tem 4 horas!), mas não faz mal pois já vi o filme centenas de vezes e tenho em DVD.

Para mim Um Americano em Paris, mais do que o muito e devidamente reconhecido Serenata à Chuva, representa o arquétipo do musical de Hollywood: é 100% filmado em estúdio, os actores que o protagonizam estavam entre os melhores actores de musical, o realizador, Vincente Minelli, idem, é comédia, é melodrama, é romântico, tem canções, dança, cenas fantasiadas, cenas memoráveis, deixas imortais, é technicolor, tem uma produção artística entre a pintura moderna de Toulouse Lautrec e Chirico e o clássico multicolorido de Hollywood, tem uma realização minuciosa e tudo embalado num George Gershwin no seu melhor (a Rapsódia em Azul, por exemplo).

Um dos melhores ingredientes de Um Americano em Paris é a ideia de uma Paris romântica, utópica e irreal, mas que nem a própria Paris real, já bem interessante e mágica por si só, não consegue apagar. É uma Paris de sonhadores e amantes, de paisagens belas e imaculadas, de pessoas bonitas e interessantes. Uma Paris da recriação da estética da arte moderna no início do séc.XX, uma Paris onde ser um artista pelintra, como Jerry, a personagem de Gene Kelly, a viver numa caixinha de fósforos não é um problema, vive a sua vida com um sorriso entre vender os seus quadros em Monmartre e beber um cafézinho a por conta com o seu amigo céptico no café em frente.

As personagens também são arquétipos no seu melhor: o protagonista alegre, sonhador, bon vivant e sempre optimista, a heróina doce e romântica envolvida num mistério que a torna carismática, o melhor amigo céptico mas também sonhador, a milionária chique e bela com interesse no protagonista, o outro amigo bem sucedido que também está apaixonado pela menina. Apesar destas características, as personagens não são previsíveis e vivem os seus dilemas com intensidade e honestidade, onde as, por vezes longas, cenas de fantasia ou sonho se integram maravilhosamente bem, sem se tornarem gratuitas ou fastidiosas. Num filme como Um Americano em Paris, que à partida poderia ser o filme mais de plástico entre os filmes de plástico, aceitamos os códigos de imediato e somos "sugados" para aquele universo maravilhoso como se fizesse parte do nosso dia-a-dia.

Ontem à noite emocionei-me. Lembrei-me de como Um Americano em Paris é um excelente filme e de porque gosto tanto dele. Cantei as canções, empatizei com as personagens, deixei-me levar! Já vi este filme tantas vezes, que seria de imaginar que já o saberia de cor. Realmente as partes mais óbvias, as canções, certas deixas, a sequência de eventos, eu sei de cor, mas mais uma vez vi coisas novas e senti este universo maravilhoso desta Paris de estúdio, uma Paris da imaginação, mas que bebe muito do real, dando razão ao mito de cidade dos amantes. Se nada mais valesse este filme, a sequência de dança final vale! É comprida, aparentemente despropositada, mas demonstra os sentimentos de perda e paixão de Jerry como umas linhas de diálogo nunca o fariam e faz a transição perfeita para o remate final.

Agora só falta ter o filme em DVD, de preferência uma edição especial, cheia de extras, no estilo das edições da Criterion!

20 fevereiro 2009

O lado South Park da vitória de Obama

Boas notícias: o site oficial de South Park disponibilizou os episódios e gratuitamente sem restrições de países e afins.

Estive a ver o episódio "About Last Night", a visão South Park da noite da vitória de Barack Obama para presidente dos Estados Unidos e posso declarar que foi das melhores experiências em vídeo que já tive na net. OK o episódio é super divertido como sempre, não vou contar nada para não fazer spoilers a ninguém, mas recomendo!

O bom da experiência foi:
1. não haver restrições por país, coisa que me tem vindo a acontecer em playlists oficiais do YouTube;
2. o streaming do episódio (cerca de 20min) decorreu sem sobressaltos, engasgos, esperas ou interrupções (excepto para dois ecrãs negros/intervalos, devidamente assinalados na linha de tempo), como também me tem vindo a acontecer com vídeos bem menores no YouTube;
3. a qualidade de som e imagem em full screen é razoável, sem demasiada degradação de jpg nem engasgos de movimento.

Em suma: POSSO VOLTAR A VER SOUTH PARK!

obrigada Lu pela dica!

19 fevereiro 2009

Simpsons HD

Tinha de o pôr aqui...


obrigada Deuxieme!

17 fevereiro 2009

R2-D2 de trazer por casa



Graças ao Twitter cheguei a este R2-D2 em crochet! Dá realmente vontade de pegar nas agulhas e lãs! Adorei!
Para ver mais fotos, é só ir aqui:
Artoo Star Wars Craft: Lovable Crochet R2D2 Plush

Um verdadeiro fã de Star Wars devia ter sempre um a seu lado!

09 fevereiro 2009

*eremita perverso

Nunca ligo muito às legendas de Naruto (na SIC-Radical) pois é daquelas séries de anime em que normalmente estou mais a ouvir e a fazer qualquer outra coisa ao mesmo tempo. Mas como ultimamente a acção tem estado um pouco mais emocionante, os meus olhos viram-se mais para o ecrã e, como consequência, acabo por ler as legendas.

Não podia deixar de reparar que ero sennin, alcunha que Naruto dá a Jiraya, o seu terceiro mestre, está traduzida como eremita perverso. Ora bem, primeiro está ERRADO, segundo é óbvio que foi traduzido do inglês pervert master, terceiro quem traduziu não sabe o significado da palavra pervert em inglês neste contexto!

Passo a explicar: ero sennin em japonês pode-se traduzir como eremita tarado pois sennin quer dizer eremita ou, num sentido mais lato, mestre; ero há de vir do inglês erotic e pode ser traduzido como erótico ou, concretamente neste caso, porque se refere à pessoa do mestre Jiraya, tarado (ele anda SEMPRE atrás de mulheres). Portanto se em inglês estava pervert hermit, a tradução está adequada e mantém o significado.

Agora quem traduziu isto logicamente não percebe patavina de japonês, não vê a série e não sabe o significado da palavra perverso em português ou então nunca ouviu falar de false friends. Perverso em português quer dizer mau ou muito mau, portanto não tem nada a ver com Jiraya, que até é um tipo simpático. Por outro lado pervert em inglês quer dizer tarado, rebarbado, uma pessoa que não consegue deixar de pensar em sexo, o que já tem mais a ver com Jiraya que não resiste a um rabo de saia (passe a expressão).

Eu sei que normalmente as traduções das séries de anime são más, os erros mais que muitos e o cuidado é muito pouco para além do facto de serem sempre traduzidas em segunda mão. Mas neste caso, se as minhas suspeitas estiverem correctas, o erro não está na tradução americana, mas sim na ignorância do/a tradutor/a português(a).

エロ [ero]
せんにん [sennin]
pervert
perverso [escrever a palavra "perverso" no campo de pesquisa]

07 fevereiro 2009

as coisas boas vêm em embalagens pequenas


RTP1 separador JAN 2009

Estou a AMAR♥ os novos separadores da RTP1, especialmente este! Lembra-me o tempo todo o Traffic ou o Playtime de Jacques Tati. A banda-sonora é especialmente feliz e dá o corpo que o separador precisava. Quem quer que for o autor, tem os meus maiores parabéns, isto está brilhante!
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

false

false