TV-CHILD É UMA DESIGNAÇÃO QUE SE PODE DAR À MINHA GERAÇÃO, QUE CRESCEU
A VER TV. ESTE BLOG É 90% SOBRE TV, 10% SOBRE OUTRAS COISAS.

27 novembro 2006

Em City

Oz, ou Oswald Penitentiary é uma prisão antiséptica em que as grades das celas foram substituídas por painéis de vidro inquebrável e em que os guardas prisionais se confundem com os prisioneiros pois são tão prisioneiros como eles e tão corruptos como eles, os prisioneiros partilham a vida profissional dos outros trabalhadores, exercendo funções na cantina, enfermaria , etc. praticando os seus passatempos sejam eles a música ou o desporto.

Parecendo o espaço físico desta prisão um cenário de um filme de ficção científica, não se sabendo bem quem é quem, quem manda quem é obrigado a obedecer, quem controla o(s) diversos comércios lícitos e ilícitos, quem é corrupto ou honesto, cedo se confunde a penitenciária com a sua metáfora de Oz, a Emerald City do filme Feiticeiro de Oz. Através do aparente irrealismo do cenário e das situações insólitas que em muito devem ao abuso de drogas, Oz deixa de ser uma série realista, somos arrastados pela sua "trip", mas não deixa de ser um retrato cru e cruel do pior da natureza humana.

Para culminar temos o narrador mais improvável, Augustus Hill (Harold Perrineau), um pequeno criminoso, confinado a uma cadeira de rodas por causa do seu próprio abuso de drogas, mas que excepcionalmente se mantém neutro (e vivo!) entre tantas e tantas rixas sem fim.

Apesar de já ter visto melhor e de se notar algum (pouco) envelhecimento da série, Oz consegue impressionar ao ser políticamente incorrecta, ao mostrar os seres humanos como eles são sem pudor ou moralismo.

Oz

25 novembro 2006

Grande Bond!

Eu fui daquelas que torceu o nariz ao ver as primeiras imagens de Daniel Craig vestido de James Bond. Como fã da série que sou e tendo sido o meu primeiro James Bond Roger Moore, o meu preferido e, até hoje, o James Bond perfeito é Sean Connery. Quando Pierce Brosnan foi escolhido achei-o, e confirmou-se, canastrão suficiente para preencher bem o lugar, mas Daniel Craig, não fazendo o tipo físico de Bond, é impressionante!

Casino Royale apresenta-nos um James Bond mais bruto, implacável e ao mesmo tempo mais realista. Caiu a personagem de Q com os gadgets mirabolantes e com ele todo o irrealismo kitsch que fazia parte da série de filmes mas, segundo sempre me disseram, nunca dos livros, que não li.

Daniel Craig não tem o charme de Pierce Brosnan nem a ironia britânica de Roger Moore, mas tem carisma a jorros! O único James Bond anterior com carisma tinha sido apenas Sean Connery. Talvez o Bond de Daniel Craig seja o Bond que Sean Connery (e os realizadores/produtores) dos anos 60 gostariam que tivesse sido.

Estas jogadas de mestre, aliadas a um argumento acima da média para um 007, fazem de Casino Royale uma aposta segura. Fiquei fã de Daniel Craig!

Casino Royale

22 novembro 2006

TV day


Parece que dia 21 de Novembro é o dia da TV, facto que eu ignorava.
Para comemorar, fica este post e algumas séries que ando a ver no momento na minha SONY TV5-303.

20 novembro 2006

O pior cego é o que não quer ver

Buffy the Vampire Slayer, série 5, episódio 7 (Fool for Love): Spike volta a atacar, mas nem tanto.

Gostei principalmente da cena final em que Spike, munido de toda a sua arrogância e de uma caçadeira, vai a casa de Buffy para a matar de vez e em vez disso comove-se com a profunda tristeza dela e é quem, afinal, lhe dá um ombro amigo. Será mais que isso? Para Spike sim.

São sempre tão óbvias estas cenas em que alguém se apaixona por alguém mas não o quer admitir, mas, tal como uma boa cena de suspanse, funcionam sempre. Principalmente se a personagem é uma figura trágico-cómica como o Spike.

Noutros aspectos do episódio, Dru estava linda como nunca, no seu visual séc. XIX, e o Angel já deveria ter levado definitivamente uns patins, nem com peruca se safa!

Buffy, the Vampire Slayer

SIC-Radical
5ª, 22:00
6ª, 14:30
dom. 18:00

19 novembro 2006

Ando com saudades disto...

11 novembro 2006

O Verdocas é irritante

O Verdocas é um menino muito bem
comportado.

O Verdocas só faz o bem.
O Verdocas protege o ambiente.
O Verdocas não suja.
O Verdocas gosta de animais.
O Verdocas poupa água.
O Verdocas pratica desportos.
O Verdocas não usa violência.
O Verdocas não compra brinquedos beligerantes ou
sexistas.

O Verdocas é perfeito...

... tão perfeito que é IRRITANTE!

Já não via o Canal Panda há uns tempos, pois não têm estreado anime novos, mas hoje, ao acordar e necessitada da dose diária de desenhos animados, zapei para lá e apanhei com o Verdocas. Muito honestamente acho que nem os putos gostam do Verdocas. Fazem parte da condição humana e da aprendizagem as lutas e os conflitos, nem que seja para os miúdos aprenderem que essa não é a melhor maneira de resolver problemas. Personagens perfeitinhas, como o Verdocas, para além de altamente inverosímeis, são completamente aborrecidas. E a locução que começa sempre com "O Verdocas faz/diz/é..." ainda ajuda mais no grau de irritabilidade.

O Verdocas existe para agradar aos pais e para contradizer a generalização de que os desenhos animados andam violentos. Se se olhar com atenção para os desenhos animados dos anos 30-40 (inclusive para os da venerada Disney) percebe-se fácilmente que as doses de "violência" são equivalentes ou ainda piores que hoje em dia.

Para crianças pré-alfabetizadas é bem preferível o Ruca que conta histórias do dia-a-dia de um miúdos e da sua aprendizagem através dos erros.

Canal Panda

Ups

Depois de uma grande pausa (minha) de SIC-Radical, acabei por me distrair e não apanhar a tempo o reinício, e muito esperado, da V série de Buffy, the Vampire Slayer e de outra série muito desejada por mim: Oz.

Apesar de já ter perdido 4 episódios da Buffy e 5 de Oz (coisa que faz com que imensas vezes desista de seguir uma série) ainda vou a tempo de domingo começar a ver e, esperando que a SIC-Radical se mantenha coerente nas repetições até à exaustão (que acabam por dar jeito) e me dê a possibilidade de ver os episódios perdidos, se bem que fora de ordem. No caso de Oz é bem mais grave, pois apesar da imensa curiosidade que tenho tido ao longo dos anos sobre a série (que já é velhota), também tenho me conseguido manter numa razoável ignorância em relação à mesma (o que não é fácil) e, portanto, não sei como ela começa e os porquês. Só espero que isso não prejudique a compreensão da intriga.

Buffy, the Vampire Slayer
Oz

SIC-Radical
Buffy: 5ª, 22:00; 6ª, 14:30; dom. 18:00
Oz: 3ª, 23:00; dom. 23:00; 2ª, 02:00

01 novembro 2006

Perder a cabeça

Marie Antoinette é um filme estranho. Estranho porque é um filme de época só por acaso. Se tirarmos tudo o que é característico de um filme de época: figurinos, cenários, etc., ainda nos sobra um filme. A primeira coisa estranha é a pouca presença de diálogos e de explicações redutores da narrativa, característica dos filmes históricos que tendem a ser demasiado explicativos, abusando de diálogos e narração na dificuldade que é enfiar o Rossio na R. da Betesga. Outro aspecto bastante diferente é que Sofia Coppola não filma com o olhar de filme de época tentando reproduzir com um naturalismo forçado o que seria a sociedade de então. Sofia Coppola filma centrada nas personagens, em particular na de Marie Antoinette, como se adolescentes actuais fossem, de repente, parar àquele mundo, cheio de regras sociais e de comportamento.

Marie Antoinette goza com o que é ridículo, enfada-se, aborrece-se, sente-se frustrada e diverte-se como pode gastando dinheiro em compras, roupas, sapatos, festas e diversão. Qual é o jovem hoje-em-dia, colocado em situação semelhante, que não faria o mesmo? Acho que muitos adultos fariam o mesmo.

Mas, gostando Sofia Coppola de moda e de arte como gosta, tanto a fotografia como o guarda-roupa são deslumbrantes, extremamente bem feitos, e a piada dos All Star é antológica!
A música pop, muito criticada no seguimento do fantástico teaser trailer com os New Order, dilui-se na história como se sempre tivesse feito parte da época, misturando-se com peças de então no seguimento da sensação de actualidade que nos é dada do princípio ao fim do filme apenas "toldada" pelos cenários e guarda-roupa technicolor.

Este filme encara a personagem de Marie Antoinette como uma pessoa real, sem uma preocupação rígida de um rigor histórico pouco cinematográfico.

Marie Antoinette, Le film
Sony Pictures - Marie Antoinette

snif...

A minha televisão está prestes a dar o badagaio. Estou deprimida...
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