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27 fevereiro 2012

84 Oscars - A Amnésia

 

Este ano não me apressei em comentar os Oscars por vários factores, mas essencialmente pelo desinteresse crescente desta cerimónia que, apesar de tudo, ainda gosto de assistir.

Nos últimos anos cada vez tenho menos disponibilidade de tempo e finanças para ver os filmes candidatos e este ano apenas tinha visto um: Midnight in Paris de Woody Allen, que naturalmente venceu a categoria de Argumento Original. Sacrilégio seria Woody Allen candidatar-se a esta categoria, não ganhar e aparecer em Los Angeles. Aqui começa a ausência de surpresas...

Os premiados foram aparentemente merecidos e pacíficos, não houve discursos polémicos, nem muitos agradecimentos a Deus ou à mãe. A Melhor Actriz Secundária, Octavia Spencer, fez a choradeira da noite, o Melhor Actor, o francês Jean Dujardin, o discurso emocionado/trapalhão e lá decorreu a cerimónia. Billy Crystal foi apagado, a sua performance de abertura foi uma sombra de anos anteriores e nem sequer houve piadas engraçadas para as celebridades no público. Tudo demasiado previsível. Cada vez mais o lado espectáculo é reduzido, as entregas de prémios múltiplas e apenas houve a participação especial do Cirque du Soleil. A GAFFE gigantesca do ano foi no In Memoriam terem-se esquecido de Eiko Ishioka, falecida há menos de um mês e vencedora de um Oscar pelo Guarda-Roupa de Bram Stoker's Dracula, de Francis Ford Coppola e nomeada por mais uns tantos. Por mais imperdoável que seja o esquecimento de Farrah Fawcett no ano passado, o de Eiko é bem pior, pois tinha sido galardoada e a sua morte está fresca na memória. Mesmo que só contem as mortes de 2011 é estúpido, pois os Oscars não são propriamente a 1 de Janeiro.

Na passadeira vermelha, o que realmente interessa, viram-se os vestidos deslumbrantes habituais com algum destaque para Angelina Jolie, com o meu vestido preferido da noite, ou Gwyneth Paltrow, com uma capinha que para além de resguardar da aragem ficava fabulosa num vestido despojado e poucos acessórios. Natalie Portman foi leve e elegante, Jennifer Lopez envergou um vestido que se não tivesse aquelas mangas seria perfeito, Penelope Cruz levou um vestido diáfano azul e cortou o cabelo (!), Glenn Close estava estupenda num  vestido verde escuro fabuloso e Rose Byrne estava quase irreconhecível num simples mas deslumbrante vestido tubo assimétrico em lantejoulas pretas. Viram-se bastantes braceletes largas como acessórios, cabelos soltos, alguns curtos ou apanhados em carrapito e os designers de sempre nestas andanças. Nos homens, Christopher Plummer, com ar fresco que nem uma alface em veludo (ahhh, homens de veludo!) e Sascha Baron Cohen que apareceu vestido de Dictator, personagem do seu último filme, rodeado de "dictatorettes" e que deixou cair as cinzas de Kim-Jong II em cima de Ryan Seacrest, apresentador de American Idol, na passadeira vermelha.

Este ano o espectáculo foi fora e antes da cerimónia propriamente dita, mas Sascha Baron Cohen ARRASOU!

Oscar.com
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