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23 agosto 2013

RTD apanhou-me outra vez

Russel T Davies (RTD), um dos meus heróis, apanhou-me novamente e eu não me importo! Há cerca de um ano andava completamente agarrada à sua série Queer as Folk, que vi quase num dia de tal forma não a conseguia largar. É verdade que não é longa, mas mesmo assim, há outras coisas a fazer, tais como comer ou dormir...

Quando andava nas maratonas Doctor Who acabei por abandonar as suas duas séries satélite, criadas por Russel T Davies, Torchwood e The Sarah Jane Adventures. O tempo e a disponibilidade são tramados! The Sarah Jane Adventures foi criada para o público infanto-juvenil e continuou a ser produzida por Russel T Davies, mesmo depois dele passar o testemunho de Doctor Who a Steven Moffat, e só parou devido à morte da actriz Elizabeth Sladen, que interpretava a protagonista Sarah Jane. Ainda cheguei a ver uns 3 ou 4 episódios de Torchwood, mas na altura, talvez por comparação a Doctor Who, achei a série pesada e densa e acabei por deixá-la para outra oportunidade. Também tinha duas séries inteiras de Doctor Who, mais uns tantos especiais para ver.

Já tinha percebido que o AXN Black, desde a sua criação, andava a passar Torchwood, mas mais uma vez fui adiando ver a série até que a apanhei na semana passada exactamente num dos episódios que vira, portanto foi desta. Comecei a vê-la com uma certa displicência, mas às tantas dei por mim ansiosa pelo próximo episódio e desejosa de desvendar uma série de pequenas pistas que Russel vai deixando em cada episódio.

Como um amigo meu uma vez disse: "Torchwood é Doctor Who com sexo" e tinha razão, mas está longe de ser porno ou de alguma forma gratuito, as personagens são encaradas de forma realista, como aliás Russel T Davies sempre o faz. Se Doctor Who se integra quase perfeitamente na nossa realidade, sendo o Doctor talvez a personagem de ficção científica mais passível de realmente andar entre nós, o elenco de Torchwood então anda mesmo. Gosto muito desse lado Alexandre Dumas de Russel T Davies, torna as suas histórias mais credíveis e faz-nos ter uma empatia gigantesca com as personagens. Nas histórias de Russel T Davies temos sempre dificuldade em detestar uma personagem, mesmo as completamente irritantes, de tão bem construídas que elas são. Tenho a certeza que se morasse em Cardiff andava sempre na rua a ver se via o jipe da Torchwood ou se me cruzava com Gwen Cooper, Ianto ou o Captain Jack num café ou pub, como se de celebridades se tratassem. O sexo só contextualiza mais as coisas numa sociedade moderna comum e humaniza as personagens.

Essa abordagem à criação de personagens, inspirada nas soap operas para as quais Russel T Davies escreveu durante anos, torna tudo o que venha das mãos dele empolgante e completamente viciante.

Não sei o que Russel T Davies anda a fazer agora, ele é um dos meus heróis mas não sou groupie, só espero que nos deleite com mais qualquer coisa assim. Até lá ainda tenho bastante material para ver, incluindo The Sarah Jane Adventures, claro.

Torchwood - BBC
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