TV-CHILD É UMA DESIGNAÇÃO QUE SE PODE DAR À MINHA GERAÇÃO, QUE CRESCEU
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23 julho 2009

Quando levar as coisas à letra...

Não sei porque será, mas ultimamente algumas publicidades têm tido a tendência para levar os seus conceitos de marketing à letra e isso resultar em publicidades más e deveras irritantes.


IKEA cozinhas

Já há uns tempos que tem passado a publicidade do IKEA (ou da IKEA, não sei que género será) cujo conceito será qualquer coisa como "cozinhas tão confortáveis, que nem parece que está na cozinha". Mas esta publicidade é ordinária, barulhenta, irritante e pouco abonatória a esse conceito de conforto que se quer transmitir... Uma verdadeira decepção para quem, como eu, acha que a IKEA (OK, desta vez utilizei o "a") deveria ser canonizada.


Optimus campanha de Verão

Mais recentemente apareceu este da Optimus, que normalmente tem publicidades decentes, às vezes até boas, mesmo que demasiado melancólicas, mas que exagerou no conceito de "pré-histórico". A publicidade não é somente parva como misógina da pior espécie...

Será que os criativos não têm noção de quando ultrapassam o risco? Adoro coisas arrojadas e provocadoras, mas tanto uma como a outra publicidades são tudo menos isso, chegando até a ser ordinárias.

20 julho 2009

Reclamação

OK, eu sei que a Rebelde Way (e seus congéneres) não são pérolas de argumento nem realização, aliás estão muito longe disso. É mesmo o facto de estas séries/novelas serem tão básicas que me atrai. É um bocado como gostar de música pimba, é pela piada de ser tão previsível e piroso.

Portanto, consciente da ausência de argumentos inteligentes e profundos, não estou à espera de ver em Rebelde Way um True Blood, uma Gossip Girl ou afins, estou à espera de uma novela palerma e exacerbadamente romântica, com tantas reviravoltas que até os argumentistas perdem a coerência e a plausibilidade. Mas uma "qualidade" têm estas novelas, os picos do argumento costumam ser emocionais e engraçados apesar de quase sempre previsíveis. Rebelde Way soube se manter mais ou menos constante, não tendo demasiados episódios para encher e mantendo equilibrada a distribuição desses picos emocionais... excepto no final! Sim, nos finais as conclusões das personagens principais precipitam-se em catadupa, e, nestes casos, quase sempre nos 2 ou 3 últimos episódios. Não faço a mínima ideia do que foi o último episódio, pois a SIC, na última semana, repetia 75% do episódio anterior antes de aparecerem cenas novas, portanto a cena pela qual me sinto na obrigação de pedir o Livro Amarelo foi repetida, que eu tenha dado por isso, três, sim três vezes. A cada vez que a via mais irritada ficava!

A sequência em questão foi a união mais-que-previsível dos dois casalinhos principais: Mia e Manuel e Lisa e Pedro. A primeira união que se deu foi a de Mia e Manuel, que já namoravam mas que a coitadinha da Mia se via frente a frente com o dilema de perder a virgindade em grande estilo (eu já disse coitadinha?). Até aí tudo bem, sem problema. Os dois finalmente lá se decidiram, quando Mia, sabe-se lá como, encontra Manuel à alvorada numa falésia (para uma rapariga que faz questão de usar saltos altos até a dormir, até que o encontrou bem facilmente). Segue-se a cena da reconciliação, sem nenhuns diálogos especiais ou marcantes (sim, por vezes houve uma ou outra deixa interessante durante a série) mas com uma actuação particularmente má, basicamente dois monos a debitar texto, mesmo para os padrões da Rebelde Way. A cena termina com o casal aos grandes beijos a "mergulhar" no enquadramento, ficando a paisagem da falésia e do mar para nos deixar completar a cena.

Eu até engolia esta cena não fosse a união de casalinho desavindo seguinte. A reaproximação de Pedro e Lisa nos episódios anteriores já tinha sido extremamente forçada, não havendo rigorosamente empatia nehuma entre o casal e entre as personagens e o espectador, portanto já não ia ficar natural a união que tinha forçosamente de acontecer entre os dois, pois o cronómetro estava a contar. E não é que a cena da união de Pedro e Lisa é praticamente igual à de Mia e Manuel? Desta vez foi Pedro que, vá se lá saber com que GPS, encontra Lisa à tarde numa falésia. Seguem-se os dois monos a debitar texto, ainda piores que o casal anterior. A cena termina com o casal aos beijos a "mergulhar" no enquadramento, ficando a falésia e o mar para contar a história. Descubra as diferenças!???? Está bem, está bem, era duas rochas para a esquerda.

Desde o início da série que imaginei que Pedro e Lisa iriam ser os primeiros a se entenderem, um ou dois episódios antes de Mia e Manuel, em parte porque os dilemas que os separavam eram bem menores e mais infantis, e com uma cena de sexo (mesmo que apenas implícito) mais ou menos escaldante. Atenção, não é preciso mostrar pele ou acto sexual propriamente dito para fazer uma cena de sexo escaldante, mas também não é preciso esconder tudo atrás de uma falésia! Em Gossip Girl já houve várias e nunca se viu mais que um ombro ou uma coxa, coisa que certamente as meninas de Rebelde Way não têm pudor nenhum em mostrar. Continuando com Pedro e Lisa, imaginava mais qualquer coisa como dentro do vagão abandonado, que lhes serviu tantas vezes de refúgio, ou então nos bastidores do palco onde iriam dar o concerto final. Ou até mesmo qualquer coisa mais soft, mas nunca, nunca mesmo uma repetição da cena do casal Mia e Manuel.

Será que os argumentistas de Rebelde Way baralharam os papéis da sinopse original de Cris Morena e perderam as páginas das cenas finais de Lisa e Pedro? Vendo o resultado, parece que sim!

E aqui termina Rebelde Way, infelizmente não em grande nem com estilo nem fogos de artifício, só muito artifício muito mal amanhado.

12 julho 2009

New New New New New New New New New New New New New New New York

Este é um post sobre um fim e um início. Continuando a minha decisão de deixar de esperar pelas TV's (neste caso a BBC-Prime), ao terminar de ver a 2ª série de Gossip Girl, a série que se segue é a 3ª de Doctor Who.

Não posso deixar de falar aqui do final da 2ª série de Gossip Girl, pois dentro deste tipo de séries de televisão, que muitas vezes acabam num cliff hanger mais ou menos vago, para dar a eventual possibilidade a uma continuação, muitas vezes ainda não assegurada, gostei muito do final quase fechado de Gossip Girl. Quase porque deixa o espaço necessário a uma 3ª série (que espero ansiosamente pela estreia em Setembro) mas sem deixar de rematar as histórias pessoais iniciadas na 1ª série. Sendo esta a série do ano de finalistas e uma mudança de vida para quase todas as personagens, foi inteligente terem agarrado nesse facto para não deixar as mesmas pontas soltas e ainda por cima darem um final feliz a uma série que por vezes é demasiado realista nas inconstâncias e incoerências das suas personagens, fazendo-as mudar de objectivo e direcção tantas vezes quantas por vezes nós fazemos no nosso dia-a-dia.

Na 2ª série de Gossip Girl, concentramo-nos mais no humanismo de todas as personagens, deixando qualquer uma delas os seus traços maniqueístas para trás (um Dan um pouco menos irritante, uma Serena não tão boazinha e redimida, uma Blair mais emocional e insegura, um Chuck com bom coração, um Nate inconstante, uma Jenny ambiciosa mas rebelde e uma Vanessa não tão fiel aos seus princípios como poderíamos crer), tornando a segunda série numa muito agradável surpresa em crescendo, não desvirtuando nem decepcionando. E pronto, não há dúvida que Chuck e Blair se merecem... vamos lá ver até quando.......

Gossip Girl


Como já disse anteriormente, não gosto de ver o Doctor Who com legendas, acho que distraem mais do que ajudam e tiram-me o prazer de me concentrar no british english que tanto adoro. Daí não ter acompanhado a 3ª série de Doctor Who na SIC-Radical, também por causa da ausência dos imprescindíveis Doctor Who Confidential.

Já tinha visto dois episódios com as ditas legendas e ao revê-los agora confirmo a minha convicção de que as legendas distraem. Em séries ou filmes rápidos, mas com bastantes diálogos e ainda por cima cheios de ironia, como em Doctor Who, muita da compreensão esvai-se ao ler, nem que seja por vício, as legendas e descobri que frequentemente me escapam os detalhes mais engraçados, exactamente porque estou distraída a ler. É muito difícil transmitir esse tipo de subtilezas para uma legendagem, mais ainda quando na grande maioria são feitas em cima do joelho e sem esse tipo de cuidados, portanto, volto a apostar em Doctor Who sem legendas e, claro, a adorar cada vez mais.

Claro que sinto imensa falta da Rose, Martha Jones é uma boa personagem, faz um bom par com o Doctor de David Tennant ( desmaia...), mas é demasiado inteligente e educada. Prefiro a corkiness da Rose, é mais terra a terra, mas uma personagem bem mais engraçada e empática! Ai deles se começarem a criar um clima romântico entre Matha e o Doctor!!!! Acho que me zango à séria!

PS - adoro, simplesmente adoro, quando o Doctor diz "New New New New New New New New New New New New New New New York"!!!

Doctor Who

08 julho 2009

Vestido a dobrar

Já aqui tinha mencionado que desisti de esperar pelas cadeias de TV para ver a 2ª temporada de Gossip Girl e também disse no mesmo post que das poucas coisas que ando actualmente a ver na TV é a novela juvenil da SIC (o meu guilty pleasure) Rebelde Way.


Jenny Humphrey em Gossip Girl

Mia Rossi em Rebelde Way

Não é que ao ver Gossip Girl me deparei com Jenny Humphrey (uma aspirante a designer de moda) a vestir o mesmo vestido que Mia Rossi (uma aspirante a socialite fashionista) vestiu no seu aniversário? Pesquisando na net (excusado será dizer nos sites de Gossip Girl, pois os de Rebelde Way não têm informação útil de jeito) descobri que o dito vestido é da H&M. Ora se em Rebelde Way o vestido foi "vendido" como sendo de um designer ascendente, que na realidade seria a costureira de Sónia Valentino (actriz), em Gossip Girl é o vestido que Jenny usa para o seu Guerrilla Fashion Show, dentro do mesmo estilo dos vestidos que desenha, mas sem menção da marca/designer.

O que tem piada no meio disto tudo é que, ao ver Mia envergando o vestido no seu aniversário (com umas meias de ligas pretas com fitas muito engraçadas e um saiote preto bem rodado), situação onde o vi primeiro (nem na loja o tinha visto) pensei: "ora, vá lá que de vez em quando alguém tem ideias de moda arrojadas nesta série!". Mia estava muito coquette, muito a condizer com o lado mais aparente da sua personalidade, o vestido (ao contrário do da Lisa, que era horroroso! - aliás acho que quem veste a Lisa não tem muita noção do que são roupas punk) funcionou às mil maravilhas! Depois disto vê-lo em Gossip Girl, que na minha opinião é uma referência em termos de tendências de moda, e, melhor, numa conjugação semelhante (Jenny usou-o com collants pretas e um penteado semelhante) e numa situação de festa, só me deixou com orgulho nos nossos profissionais, que pelo menos de vez em quando acertam na mouche, pois o vestido é lindo!

Também acredito que muitas vezes as asas criativas de quem trabalha nestes produtos a metro para a televisão por cá sejam cortadas de raiz antes mesmo de as séries, etc. começarem a ser gravadas...

Apesar de cá "oficialmente" o vestido ter aparecido primeiro em Rebelde Way (Gossip Girl está a dar/deu no SET, mas estreou algum tempo depois dos Estados Unidos), em relação à cronologia e a quem "copiou" quem, o episódio de Rebelde Way deu a 29 de Abril deste ano mas o de Gossip Girl, o 9º, There Might Be Blood, estreou a 3 de Novembro do ano passado... acho que não preciso dizer mais nada...

Escusado será dizer que a imagem de Jenny, arranjei no site oficial de Gossip Girl com toda a facilidade (não sem alguma paciência) e que para a de Mia, incomparavelmente de pior qualidade, tive de garimpar imenso e mesmo assim acabei por ter de fazer um print screen do vídeo no site oficial de Rebelde Way, de onde também veio a outra foto apesar de não ter sido nada fácil encontrá-la. Os sites das séries populares nacionais continuam a ser deficientes mentais e físicos, como se explica que um acontecimento tão importante como o duplo aniversário das duas protagonistas não tenha uma galeria decente de imagens??
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