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27 dezembro 2010

Um génio que deu um salto no tempo

A-D-O-R-E-I o Sherlock! Ver o primeiro episódio fez-me pensar, tal como nos tempos de Sherlock Holmes com Jeremy Brett, porque raio é que nunca li os livros de Conan Doyle??? Adoro o raciocínio genial, adoro toda aquela agilidade mental e, neste caso também física, adorei toda a contextualização moderna, de partilharem o flat em Londres (sejamos realistas, só mesmo alguém que recebeu uma gorda herança poderia dar-se ao luxo de um apartamento em London W1), dos gadgets electrónicos, da guerra do Afeganistão (e Irão), dos media, das bocas gay, do serial killer. Apesar de não ter lido os livros, creio mesmo que Sir Conan Doyle teria feito algo semelhante se fosse nosso contemporâneo.

Sherlock é um série policial madura e divertida, com diálogos maravilhosos como realmente só os ingleses (aham, escoceses - Steven Moffat) sabem fazer, une a genialidade do original de Conan Doyle,  do raciocínio lógico, com a modernidade das séries policiais tipo C.S.I., que não são mais que herdeiras de Sherlock Holmes. Adorei as palavrinhas e gráficos que por vezes invadem o ecrã ("wrong!"), são suficientemente subtis para não perturbarem ou interromperem o resto. Também adorei o Dr. Watson e a sua improvável mas desejada parceria com Sherlock. Agora sim percebo porque meio Reino Unido ficou cheio de pena por serem apenas 3 episódios... felizmente vêm aí mais com o novo ano!

E ainda não ouvimos Sherlock a tocar violino...

Sherlock


PS - ainda não vi The Pillars of the Earth

26 dezembro 2010

Agenda TV para hoje

Duas séries bastante esperadas por mim estreiam hoje quase ao mesmo tempo:

Sherlock, por Steven Moffat e Mark Gatiss, RTP2 - 22:32
A adaptação para a modernidade, em três episódios, dos mais-que-famosos livros de Sir Arthur Conan Doyle, por dois dos grandes nomes ligado a Doctor Who. Esta série foi mais que elogiada por todos os meios e um sucesso retumbante no Reino Unido. Estou em pulgas!

The Pillars of  The Earth, adaptada de um romance de Ken Follett, AXN - 21:50
Recentemente tive oportunidade de ver pedaços desta série e deixou-me de água na boca. Uma das razões foi a presença de Lovejoy e de Van Gogh. Isto é, Ian McShane, o actor que deu vida ao protagonista da divertida série dos anos 80 Lovejoy, um negociante de antiguidades renegado, uma espécie de Antiques Roadshow cruzado com Robin Hood; e por Tony Curran, que para além de ser escocês, ruivo e bom actor, é a CARA CHAPADA de Van Gogh, que tão bem interpretou na 5ª série de Doctor Who.

Hoje à noite vejo televisão!

Sherlock
The Pillars of the Earth

20 dezembro 2010

Logorama


Logorama, por François Alaux, Hervé de Crécy e Ludovic Houplain

Este foi o filme vencedor da curta de animação nos Oscars 2010. Há muito que o queria ver, não resisti em partilhá-lo aqui. Gostei, é interessante, e que pesadelo de copyrights!! Gostava de saber como os autores ultrapassaram isso.

LOGORAMA

16 dezembro 2010

E assim acontece!

E até à próxima, Carlos Pinto Coelho.

Foi-se mais uma das minhas grandes referências televisivas nacionais, não tanto como o jornalista/apresentador do Telejornal, se bem que me lembro muito bem dele nesse papel, mas mais, muito mais pelo que o seu programa Acontece ajudou a levar a cultura a toda a gente que a quis deixar entrar. Não mais um programa assim houve, fracas foram as tentativas de algo semelhante. Até mesmo quando o programa continuou, mesmo sem Carlos Pinto Coelho, já não era a mesma coisa.

Mas, Carlos Pinto Coelho nãos e foi sozinho, hoje também morreu Blake Edwards, o grande realizador, principalmente de comédias, tais como The Pink Panther, Breakfast at Tiffany's ou Victor Victoria.

Espero que bebem um cházinho ou um whisky juntos.

12 dezembro 2010

Querido, Mudei a Banda-Sonora!

Acabei de ver os 3 minutos mais hilariantes de televisão (nacional) dos últimos tempos, quiçá do ano! O programa era o especial de Natal do Querido, Mudei a Casa!, em que remodelaram o refeitório de uma instituição de apoio a crianças com necessidades especiais.

O objectivo do Querido, Mudei a Casa! já é sobejamente conhecido: a (re)decoração de espaços, neste caso particular de uma instituição sem os meios para o fazer. Mas eis que resolveram intercalar as obras, provavelmente para elevar esse lado solidário-natalício do programa, com uma performance musical de um pequeno grupo de crianças. Sofia Carvalho perde largos momentos a fazer um discurso de apresentação, acentua o facto de algumas crianças serem surdas e dá-se início à função. Mas (aqui desato a rir à gargalhada!) se as imagens são do dito grupo de crianças a tocar tambores e ferrinhos, dirigidas pela professora, com a equipa do Querido, Mudei a Casa! a assistir entusiasticamente, o som era de uma versão CD-brinde-de-Natal de In Excelsis Deo foleira colada por cima, em vez do som das crianças a tocar. HAHAHAHAHA!

É caso para dizer: "de boas intenções está o inferno cheio!" A quem quiseram eles deitar areia para os olhos? Que raio de opção foi essa? Por mais desafinadas ou barulhentas que eventualmente fossem as crianças, o facto de não se ter ouvido um único som do seu pequeno espectáculo transforma por completo a intenção original e de demonstração de admiração pelo esforço daqueles com dificuldades físicas e cognitivas, passou a uma demonstração de estupidez e auto-comiseração! Será que ofendia os valores estéticos do programa? Por pior que fosse o desempenho dos miúdos, é uma total falta de respeito não se ouvir a sua música. Se era assim tão mau, não mostravam todo o espectáculo, mostravam apenas um excerto mais pequeno... Ou então não mostravam nada! Mesmo assim duvido que fosse assim tão mau para merecer uma censura tão descarada! Que vergonha!!

Que o Querido, Mudei a Casa! é mal realizado já todos sabíamos, mas poupem-me, por favor, de demonstrações de burrice aguda!

QUERIDO, MUDEI A CASA!
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