TV-CHILD É UMA DESIGNAÇÃO QUE SE PODE DAR À MINHA GERAÇÃO, QUE CRESCEU
A VER TV. ESTE BLOG É 90% SOBRE TV, 10% SOBRE OUTRAS COISAS.

27 novembro 2005

Catch fry with chopstick!

Não me lembro se foi ele quem o disse, mas que o fez, fez! Morreu Noriyuki "Pat" Morita o Mr. Miyagi do Karate Kid.

Para mim, e muito provávelmente para muitos, foi através deste velhote japonês que o karate e as artes marciais japonesas (fora o judo, há muito estabelecido em Portugal) ficaram conhecidas. Eu apenas os vi na televisão onde até foram repetidos demasiadas vezes para encher programação. Felizmente, no caso dos Karate Kids (mesmo o 4º, já sem o desaparecido Ralph Macchio e com a fabulosa Hillary Swank em início de carreira), são filmes que raramente chateiam e que preenchem muito bem uma tarde ronha em frente ao aquário.

Pat Morita foi provávelmente um dos primeiros actores japoneses a estabelecer-se nos Estados Unidos e a fazer papéis de japonês, que muitas vezes, como no próximo filme Memoirs of a Geisha, são representados por actores de todo o tipo de origens orientais, menos de origem japonesa. Teve uma carreira algo prolífera na televisão, mais um motivo para o mencionar por aqui.

Wax out!

http://www.imdb.com/name/nm0001552/

26 novembro 2005

Bloganiversário

É só para assinalar que este blog se iniciou, há 1 ano, dia 24 de Novembro, com o seguinte post:

http://tv-child.blogspot.com/2004/11/csi.html (ainda vejo o CSI, talvez não tão fielmente devido às mudanças de programação).

Pelo menos o primeiro ano é comemorável, para o ano, se ainda cá estiver, não sei se me vou lembrar...

Kilt

Se há coisa que me deperta a libido são homens de saias, em particular se forem kilts. Calções também servem, mas não é a mesma coisa...

Óbviamente que as publicidades da William Lawson's me despertam, no mínimo, a atenção, apesar de os modelitos usados estarem longe do meu tipo de homem, bem mais terra-a-terra. Aliás o único a que tinha prestado mais atenção até agora foi o dos futebolistas e do grito de guerra.

Se até agora não tocavam mais que as franjas dessa minha libido (dado os modelitos serem demasiado plástico), a última publicidade, Scottish Instinct, tocou o lado do humor. A piada ao filme Basic Instinct e o modo, muito espontâneo, com que Sharon Stone se ri da situação gozam e muito bem com o mito 'o que têm os escoceses por baixo das kilts?' e da iconografia a que nos habituou a própria marca. É uma forma muito engraçada de utilizar uma vedeta, que de certo não lhes saiu barata, numa publicidade.

http://www.ifilm.com/ifilmdetail/2680552?htv=12

13 novembro 2005

Diva

Ultimamente (quando digo ultimamente, digo nos últimos 6 meses a 1 ano) não tenho tido grande pachorra para o Herman, mas hoje, talvez porque o boneco estava lá, vi um bocadinho. Para minha surpresa a primeira convidada, para uma demasiado curta entrevista, era Marília Pêra, diva do teatro e televisão brasileiros, mas de origem portuguesa, qual Carmen Miranda, que já representou nos palcos.

Foi pena a entrevista ter sido um misto de "lambe-botismo" (melhor: "puxa-saquismo") e de muita pressa. Uma mulher como Marília Pêra, de certeza tem imensas coisas interessantes para contar, mas o que acabou por acontecer foi o Herman a tentar mostrar que fez (pelo menos desta vez) o trabalho de casa e a entrevista não fluiu. Ele contava os factos e as histórias dela e ela quase só se pode limitar a confirmar ou desmentir.

Marilia Pêra está em Portugal para representar a peça Mademoiselle Chanel que, apesar de contar a história de Coco Chanel, célebre estilista, foi escrita a pensar em Marília Pêra que é perfeita para o papel. Adoraria ver a peça, mas não é o tipo de peça barata e o mais provável é os bilhetes já terem esgotado para as "tias" que querem mostrar que têm cérebro e percebem de moda. Blaaargh!

Claro que conheço Marília Pêra das suas poucas participações em novelas e, até hoje a participação que, para mim, é mais memorável é na novela Brega e Chique (que está no meu top de novelas preferidas) em que fazia de milionária chique arruinada, Rafaela, e contracenava com Marco Nanini, o advogado do desaparecido marido. Toda a sua performance nessa novela e os seus monólogos impressionaram-me de tal forma que, desde aí, fui acompanhando, como pude, a sua carreira. Ela está no ar na novela Começar de Novo como Janis Doidona, uma hippie na reforma.

Para além das suas personagens extravagantes nas novelas, o que realmente impressiona nela é a sua fortíssima e muito magnética presença e postura. Marília Pêra é daquelas pessoas que tem uma fisionomia e expressividade impressionantes, que chamam a atenção só por estarem lá. Simpatizo imenso com a sua persona de actriz, espero um dia ter o prazer de a ver num palco.

http://www.imdb.com/name/nm0702479/

07 novembro 2005

Pedagogia efémera


É raro a publicidade ser pedagógica, de cabeça só me lembro de um único exemplo marcante que foram as campanhas de Olivier Toscani para a Benneton. A nova campanha da Vodafone, Now, especialmente o anúncio televisivo da Efémera, sugere um modo de vida e, talvez, de pensar no mínimo positivo e optimista.

Mas o melhor do anúncio é que, para além de estar muito bem feito, é marcante de uma forma super-discreta sem ser demasiado chatinho como por vezes algumas das publicidades marcantes o são. A música é engraçada e simpática sem ficar a martelar no cérebro para o resto do dia (ou da noite), ou se ficar não chateia, o insecto, a efémera, é bonitinho, parece uma libélula sem ter uma conotação demasiado feminina (por exemplo, uma borboleta), os efeitos especiais/animação/3D estão muito bem feitos e, claro, o conceito de aproveitar a vida é excelente. Está muito bem apanhado quando nos apercebemos que se trata não de uma efémera real e sim em 3D quando ela começa a jogar ténis!

De que modo se pode associar directamente este conceito, bastante filosófico e talvez utópico, a vender telemóveis já não sei. O certo é que até agora eu "empacotava" as campanhas de publicidade de telemóveis em 3 pacotes: a Vodafone era para inglês ver, a Optimus demasiado melancólica e a TMN demasiado pretensiosa no seu suposto vanguardismo, mas esta campanha é inteligente principalmente na forma como não é óbvia no seu objectivo de venda, estão a vender um modo de vida positivo e não um aparelho, e nesse aspecto estão um grande passo à frente das suas anteriores campanhas e das actuais campanhas das outras companhias.

PARABÉNS! De boa publicidade também se precisa.

Só é pena o site da Vodafone não ter uma secção dedicada às campanhas publicitárias...

06 novembro 2005

Cheddar, calças, novelos de lã e vegetais


Foi uma óptima ideia a SIC-Comédia ter rentabilizado a estreia da recente longa-metragem de Nick Park do "dynamic duo" mais 'british' à face da Terra: Wallace & Gromit.

Já só apanhei o finzinho de A Close Shave mas, como sou fã deles desde A Grand Day Out e tenho as K7's em VHS originais, felizmente posso ver quando me apetecer (e em inglês!).

Infelizmente, por razões económicas, ainda não me foi possível ver Wallace & Gromit: The Curse of the Were-Rabbit, estou curiosíssima para ver. Até agora, navegando pela net e lendo artigos de jornais e revistas adorei o penteado de Lady Tottington e, obviamente, a voz do vilão ser pelo meu actor favorito, o carismático Ralph Fiennes [lê-se Reif Faines]. Mas hei de vê-lo, a esperança é a última a morrer!!

A Grand Day Out introduzia o mote das invenções loucas de Wallace, o rigor dos rituais britânicos e a dieta de Tea, Cheese and Crackers (chá, queijo e bolachas de água e sal). A viagem à Lua para encher a dispensa em falta de queijo poderá ser uma motivação qualquer menos para eles, cujo desespero de não ter queijo é quase tão grave como não ter electricidade ou água em casa.

The Wrong Trousers traz-nos um upgrade nas invenções e um conflito de interesses entre o hóspede pinguim e Gromit, desalojado do seu lindo quarto com papel de parede azul com ossinhos. Confirmamos os laços de amizade entre Wallace e Gromit e, pelo meio, eles prendem um famoso bandido.

A Close Shave introduz, pela primeira vez, um love interest para Wallace, Wendolene Ramsbottom, e mais uma intricada aventura que envolve invenções mirabolantes e... tricot!

Estres três pequenos filmes ganharam consecutivamente imensos prémios, inclusivé do nacional CINANIMA, onde pude ver e apaixonar-me, pela primeira vez, por A Grand Day Out e pelo "dynamic duo". Como o filme que deu hoje foi o último das curtas-metragens e como também não tenho prestado muita atenção à programação ultimamente, parto do princípio que já deram os dois filmes anteriores. Só lamento que, para variar, "bonecada é considerada para crianças" e tenham passado, num canal com programação maioritáriamente para adultos, a versão dobrada em português... É que, em filmes de tal forma 300% britânicos, ao não ouvir os diálogos em inglês, perde-se metade da piada.

http://www.aardman.com/
http://www.wallaceandgromit.com/
http://www.wandg.com/
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