TV-CHILD É UMA DESIGNAÇÃO QUE SE PODE DAR À MINHA GERAÇÃO, QUE CRESCEU
A VER TV. ESTE BLOG É 90% SOBRE TV, 10% SOBRE OUTRAS COISAS.

30 junho 2006

Mais uma facada no meu coração de Lisboeta

Costumam vir em vagas e devemos estar numa delas, de vez em quando há uma vaga de fechos de pequenos locais/comércio típicos de Lisboa.

Foi com choque e muita tristeza que li no jornal Metro que o Salão de Jogos Monumental, na Av. Pedro Álvares Cabral fechou. É raro eu jogar jogos de salão (snooker, bilhar, máquinas, etc.) mas sempre tive especial carinho por aquele estabelecimento e, sempre que por ali passava, dava uma miradela lá para dentro. É património, mas isso não o impediu de ser indecentemente fechado sem pré-aviso para muito provávelmente se transformar numa loja de chineses (como se já não houvesse suficientes)! Não é um espaço particularmente deslumbrante, trata-se de uma arquitectura simples e funcional, mas que impressiona no seu ambiente já um bocado esquecido de local de bairro onde o pessoal se reúne sob o pretexto de jogar. Não tem um ar soturno ou lúgubre mas sim convidativo e simpático. Deveria ter sido feito lá um filme antes do seu triste fim, era o ambiente perfeito...

Já nos anos 80 fecharam o Jardim Cinema, lá ao lado, que foi mais tarde transformado em estúdio de televisão (onde se gravam as Fátimas Lopes e afins...) mas o Salão Monumental sobrevivera milagrosamente, até agora... vai se juntar ao Cinema Paris, Cinema Alvalade, entre outros, no céu dos edifícios com estórias e memória.

25 junho 2006

Falta de alternativa

Sempre que há um evento de massas na televisão (futebol, eleições, morte do Papa, Páscoa, Natal, etc.), quem não segue o rebanho acaba por só ter a 2: como alternativa, ou, para quem tem, a TV Cabo.

Num fim de semana de futebol como este, a opção da 2: de fazer uma maratona de 24 (12h no sábado + 12h no domingo), por mais que o formato da série seja adequado e por mais que espectadores algo distraídos, como sou por vezes, nunca tenham seguido a série de início, não me parece a melhor das opções.

A primeira razão é que 24 tem um público fiel mas limitado e a segunda, e talvez a mais pertinente, num fim de semana de fim de Junho, com bom tempo, ficar 12h seguidas mais 12h agarrado ao televisor, não há pachorra nem gravador de vídeo que aguente! Mais vale arranjar a série em DVD e ir vendo ao ritmo de cada um!

A SIC não anda a exagerar no futebol, com emissões pela tarde toda (totalmente fúteis, cheias de Fátima Lopes e música pimba), em vez de se limitar a transmitir a hora e meia de jogo e uns especiais no Jornal da Noite?

24 - Fox TV

2:
sab. 24.06, 22:30
dom. 25.06, 12:00, 22:30

Desapontamento

Depois de uma tão grande campanha, logotipo novo, tudo levava a pensar que SIC Kids seria mais um canal de cabo da SIC. Ingénuamente eu acreditei, para chegar à triste conclusão de que se trata de mais um nome para a rúbrica de programação infantil da SIC.

Nem sequer se trata de nada de novo, muitos dos canais internacionais de cabo, mudam o logotipo de manhãzinha cedo para a sua programação infantil, como se de um canal diferente se tratasse. Agora só espero que nos tragam programação nova e não as infinitas repetições de Pokemon, Yugi-Oh, Power Rangers, Uma aventura, etc.

Aliás... que má escolha de nome. Se a palavra kids em inglês quer dizer crianças, associá-la ao nome da estação que, em inglês, quer dizer doente... basta ver o embaraço com que vedetas estrangeiras (falantes de inglês) às vezes fazem pequenas promoções de algum programa que passe na SIC.

SIC

20 junho 2006

Fans

Fiquei chocada com as imagens do pessoal em filas quilométricas no exterior do Centro Comercial Colombo, só para vislumbrarem ou tentarem um autógrafo de Luciana Abreu/Flor, da novela Floribella! Há bem pouco tempo só se viam imagens dessas nas estreias de filmes como Star Wars e em Hollywood.

Não há dúvida que este tipo de eventos em Portugal mudou. Se por um lado acho bom que as pessoas já não tenham "medo" de assumir que gostam de certo tipo de coisas, menos intelectuais ou eruditas, e que se assuma mais esse lado do fan(ático), por outro tenho algum receio da inconsciência que esse tipo de evento de massas tende a gerar... o que é mais assustador é a idade de algumas crianças, demasiado pequenas para estarem horas à espera de um evento que pode muito bem acabar em desilusão.

Floribella conquistou a popularidade à velocidade da luz, principalmente com os miúdos, mas eu já tinha dito aqui que, apesar de mal misturados, a novela tem os ingredientes certos. Também tenho notado alguma evolução pela positiva da maioria dos actores e Luciana Abreu já encarnou a Flor. Pena é o seu príncipe continuar a ser um actor tão mau... e não tem físico de príncipe e insistem em mostrá-lo sem camisa! Deviam ter vergonha!

SIC Online - Floribella
[o site continua péssimo apesar da adição de amostras das canções - motivo do banho de multidão]

SIC
2ª-sab., 21:00

18 junho 2006

Momento nostálgico


Neneh Cherry - Manchild

Ando com nostalgia do tempo em que cada novo videoclip mais elaborado marcava, do Vivámúsica, dos vídeos dos Kraftwerk ou Human League, do início da MTV em Portugal, do Vogue ou o Express Yourself da Madonna, de quando os bons clips andavam directamente associados à boa publicidade e eram feitos pelos fotógrafos de moda como Herb Ritts ou Jean-Baptiste Mondino.

Deixo aqui um dos muitos que me marcou, Manchild de Neneh Cherry, de Mondino, porque adoro a canção, porque o vídeo me transmite sensações interessantes e porque vi uma vez um making of onde se via que os efeitos eram do mais simples que havia e que a criança é o filho/a de Neneh Cherry e que a ideia de o incluir no clip e de Neneh estar com a toalha na cabeça surgiu de Mondino a ter "apanhado" assim no camarim e ter gostado da imagem.

11 junho 2006

Criatividade duvidosa

É impressão minha ou as empresas de tradução e legendagem andam a tornar-se criativas no modo como se identificam?

Hoje, uma empresa de legendagem identificava-se, no fim do Stargate: SG1, pondo a legenda com o seu site (em azul, quando as letras do genérico eram brancas) a aproximar-se, a afastar-se e a rodopiar. Uma outra empresa, desta vez de dobragem, num documentário sobre a saga Star Wars, a frase "versão portuguesa por..." foi passada por um sintetizador de voz numa tentativa bem fraquinha de imitar um pseudo-Darth Vader.

A perplexidade é tanta que nem sei como reagir... mas tenho a sensação que este tipo de coisas deveriam ser sóbrias, discretas e integradas nos programas de modo a que não desviem a atenção do espectador.

01 junho 2006

Batwomen

Bem... parece que o "desvício" foi realmente sol de pouca dura...

Hoje, talvez por ser dia da criança deu um dos filmes da série animada do Batman, Batman: Mystery of the Batwoman, na 2:.


Acompanhei o mais que me foi possível esta série quando deu, se não me engano, na SIC, mas dobrada em português. Foi a primeira numa nova geração de séries animadas de super-heróis americanos, com um grafismo estilizado e muito à semelhança da série dos anos 30 do Superhomem. Logo de seguida também foi produzida uma série do Superhomem, Supergirl e mais tarde a Liga de Justiça que também deu na 2: e de qua já falei neste blog e ainda surgiram os comics da Catwoman, que cheguei a coleccionar, e umas figuras em chumbo, extremamente bem feitas e muito baratas que estiveram à venda no Toy's "R" Us.

Outra razão porque gosto da série são as histórias, sempre um bocado negras, sérias e adultas q.b., e também muito bem estruturadas. O filme não o vi completo (devo ter visto cerca de 2/3) mas era no mínimo original dentro do universo do Batman. Introduziu personagens novas, nomeadamente as 3 Batwomen: uma filha de um milionário corrupto, uma detective da polícia de Gotham e uma técnica de informática das Wayne Enterprises. As três juntam-se para criar a "Batwoman", que se revezam a encarnar, para vingarem injustiças que sofreram e que estão interligadas. Quem é o culpado? Um dos arqui-inimigos do Batman, o Penguin. No desenlace da história é engraçado elas constatarem que a vida de super-herói, para além de cansativa é demasiado complicada.

O filme tem um tipo de produção mais cuidada que a da série de TV que já era muito bem feita, infelizmente só não sei se manteve a música de Danny Elfman, uma versão reorquestrada da dos filmes do Tim Burton.

Batman: Mystery of the Batwoman
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