TV-CHILD É UMA DESIGNAÇÃO QUE SE PODE DAR À MINHA GERAÇÃO, QUE CRESCEU
A VER TV. ESTE BLOG É 90% SOBRE TV, 10% SOBRE OUTRAS COISAS.

02 dezembro 2007

3 x CSI

Esta semana que passou este blog fez três anitos e com o aniversário veio mais vontade de falar do CSI.

CSI: Crime Scene Investigation continua em forma e, das três, é ainda a minha série preferida. O novo plot das miniaturas é intrigante, fascinante e, se bem explorado, dá pano para mangas. Como pessoalmente gosto imenso de miniaturas e maquetes, a mim tem me sabido como mel. Só é pena a recente ausência de Grissom, que, claro terá de voltar em breve para continuar a resolver este mistério. A nova personagem do Keppler é intressante na sua abordagem mais bruta, mais policial, mas o Grissom é que é! Ainda por cima há finalmente uma relação mais íntima entre ele e Sara, a qual ainda não se percebeu bem em que parâmetros se desenvolve, mas que comum é que não é.

CSI: Miami é aborrecida. Estou farta daqueles filtros sépia, há qualquer coisa em Horatio Caine que me começa a enervar imenso e todos os subplots relacionados com os outros elementos da equipa parecem mal alinhavados e mal distribuídos pelos episódios. Só escapa a médica legista Alexx e ainda é viciante. Ainda vejo, mas confesso que, quando ponho a gravar para ver, muitas vezes é em fast forward que o faço.

CSI: NY é que tem vindo a evoluir bem, gosto dos subplots que apareceram: o pânico de Stella com a possibilidade de estar infectada com HIV, a relação de Danny com Lindsay (já tinha mencionado que o romance está no ar em todos os CSI?), Mac ter se tornado menos circunspecto mas mesmo assim ainda misterioso e intrigante. As histórias individuais dos episódios têm aproveitado bem os mitos urbanos de Nova Iorque o que enriquece bastante a série.

Pois é, continuo a "dar" nos CSI, continuam a ser as séries que mais acompanho na tv, quem sabe se não é por eu também ser um bocado coca-bichinhos. Ultimamente quase só tenho visto o canal AXN e, pontualmente a SIC-Radical, a MTV, a RTP1 e a SIC.

No AXN também acompanho Medium, Without a Trace, ER, The Nine e agora Gossip Girl. Na SIC-Radical é a Buffy que me faz carregar no botão do comando, se bem que a sétima série é ligeiramente mais fraca que as anteriores 4ª, 5ª e 6ª. A MTV tenho visto ocasionalmente no meu local de trabalho (não sou eu quem escolhe) mas apenas para chegar à triste conclusão de que se tornou num canal de reality shows estúpidos, pontuados por videoclips quase sempre iguais. Na RTP1 tenho visto os Gatos e o Conta-me como foi, por que são excelentes, e na SIC... ah sim! quando dá no horário, Ugly Betty. Nem sequer novelas da Globo tenho visto, a SIC anda mesmo muito mal......

CSI
CSI:Miami
CSI:NY

23 novembro 2007

Os 50 melhores programas de sempre

Iniciativa das Produções Fictícias, Time Out Lisboa, Diário de Notícias e Sapo, esta é a eleição dos 50 melhores programas de televisão de produção portuguesa, sem incluir formatos adaptados.

Eu já votei e, se der, volto a votar. Por mais que adore os programas, só não concordo com a inclusão da Rua Sésamo e do Contra-Informação porque são, para todos os efeitos, formatos adaptados.

OS MELHORES PROGRAMAS DE SEMPRE
Time Out Lisboa

19 novembro 2007

*gola redonda

No mesmo episódio de Mentes Criminosas de *cada vez mais careca (pelo menos espero que seja o mesmo pois o erro repete-se), topei outro, quase tão bom, que cai na cetegoria de roupa:

Meninos tradutores, turtle neck não é gola redonda mas gola alta... nunca usaram? A analogia até faz sentido, se observarmos com atenção uma gola alta até que faz lembrar o pescoço de uma tartaruga. Ou será que a camisola precisa de ser verde para se perceber?

turtle neck (até tem uma imgem como exemplo)

14 novembro 2007

*gelar o bolo

Mais uma da Martha Stuart! Isto até começa a ser repetitivo, mas quem faz as traduções do programa não percebe pêvas de culinária, principalmente em inglês!

Desta vez Martha estava a pôr a cobertura em queques (cupcakes que, a propósito, eram traduzidos apenas por bolos) e o nosso feliz tradutor disse-nos para gelar os bolos! O que Martha diligentemente nos disse foi frost the cupcakes, o que simplesmente quer dizer para pôr a cobertura nos queques, que de gelada não tinha nada...

frost (v.)
frosting
icing

PS - acrescentei icing ao dicionário para não haver nenhum mal-entendido, continuamos no tema da culinária.

07 novembro 2007

Lête



Para além dos excelentes anúncios televisivos, adoro o logotipo e as embalagens da Agros. Soube se manter fresca e actual sem remodelar um bom logotipo que já tem mais de 30 anos. Isto é que é bom design!

11 outubro 2007

Tipo simpático

Fiquei triste e surpresa quando soube da morte de Raul Durão, na 3ª feira. Para as pessoas da minha geração ele era aquele tipo simpático que preenchia bem o écran, com bom aspecto, que dava vida às coisas, sem chatear ninguém.

Tenho pena que seja mais um daquela geração que agora, a medo, a RTP tenta recuperar, mas de quem se esqueceu durante uns aninhos em que se preocupava mais com audiências e em fazer mais do mesmo, plagiando as privadas, que por si já plagiavam o pior da RTP.

Felizmente que ainda semi-acordaram a tempo, nessa manhã houve uma homenagem, na Praça da Alegria, em que incluíram nos convidados dois outros ícones (menos discretos) dessa mesma geração: Júlio Isidro (Passeio dos Alegres forever!) e Eládio Clímaco.

05 outubro 2007

*casaco sueco

Eu nem queria acreditar quando li, nas legendas do programa Esquadrão da Moda, no People + Arts, casaco sueco para suede jacket. Realmente um swede é um cidadão sueco, mas com U (e não W) quer dizer camurça! Para além disso a lógica e algum poder de observação mostravam-nos logo que o casaco em questão era de camurça!

suede
swede

E as gralhas da TV-Cabo continuam!

12 setembro 2007

Loja das Meias



Ontem apercebi-me (infelizmente tarde demais) que a emblemática Loja das Meias do Rossio tem hoje o seu último dia de vida.

Há coisas que não se percebem, esta loja era a sede da marca, o seu logotipo é a praça do Rossio, tinha mais de 100 anos de actividade no mesmo local, é uma das lojas mais simbólicas da Baixa e de Lisboa, senão também Portugal, aparece no filme On Her Majesty's Secret Service (007 ao serviço de Sua Mejestade) e, aparentemente por razões económicas, os donos resolvem fechá-la para abrir novas lojas no estrangeiro. Por mais que seja defensora de exportar o que é nosso, nunca em detrimento do pouco e muito bom que ainda há cá.

Em notícias que li, os donos alegam que a vida na Baixa foi morrendo depois do incêndio do Chiado (verdade, mas que tem sido revertida) e que já não se justifica manter lá uma loja desta dimensão. Tretas, digo eu! A Loja das Meias do Rossio ainda se manteve mais de 10 anos sem alegar recessão, logo agora que finalmente temos uma Baixa que, a custo, se tenta reerguer é que a loja, símbolo máximo do comércio no local, fecha??? Realmente a Baixa nunca recuperou o bulício de antigamente, mas recuperou algum, nem a Loja das Meias dificilmente voltaria a ser o que me lembro de ser nos anos 70, cujos famosos saldos pareciam tirados de uma cena de banda desenhada, com o mulherio a lutar por uma peça de roupa que tinha de imprescindivelmente ter, mesmo que não lhe servisse. Mas a partir dos anos 90 com a diversificação do comércio e a abertura (finalmente) de marcas de prestígio internacionais justamente na zona, a justificação dos donos da Loja das Meias não faz sentido algum. O volume de vendas de uma loja como esta, naturalmente que decresce, mas também tem a ganhar com a concorrência saudável.

A primeira coisa que me veio à cabeça quando me apercebi foi: "se até a Loja das Meias fecha, é desta que a Baixa morre de vez!". Ao longo dos últimos 10 anos, tenho vindo a ver as grandes capelinhas da Baixa fechar, entre elas algumas lojas que davam vida e carisma às ruas e comércio local, sem elas outras lojas de ramos semelhantes tiveram e têm dificuldade em sobreviver, apenas lhes resta fechar as portas. A Baixa é o sítio onde ainda se encontram tesouros que tendem a entrar em extinção. E o que vai ser da loja? Uma megastore de chineses?

Visto isto tudo, a mim parece-me que o que falta à Baixa é uma estratégia de animação e comercio, pois à medida que lojas de qualidade e davam boa fama como o Celeiro (não o de dieta), a Loja das Meias, o Castelo Branco, etc. vêm a ser substituídos por comércio de qualidade inferior, a única coisa que sucede é o prestígio da Baixa, ter deixado de existir e dado lugar a um ambiente inseguro e chunga sem lojas diferentes com artigos que não se encontram em mais parte nenhuma. Fala-se muito na defesa do comércio tradicional mas, uma vez que num sábado à tarde até os cafés da baixa estão fechados, como esperam eles fazer negócio? Uma vez que, principalmente no verão, os cafés mais tradicionais e antigos da Baixa já estão fechados uns às 19h outros às 20h, como esperam manter uma dinâmica comercial e sacar dinheiro ao turista ou ao Lisboeta com necessidade de petiscar algo antes de um espectáculo?

Sem o apoio dos grandes antigos comerciantes da Baixa, é claro que os pequeninos não conseguem sobreviver.

08 setembro 2007

MOTELx


Como gosto desde sempre de filmes de terror, o meu realizador e escritor preferidos são ambos especialistas na matéria, lá fui eu testar o MOTELx.

Como em todos os festivais há secções diferentes, a série Masters of Horror, os filmes de Guillermo del Toro, os filmes de Ivan Cardoso, os documentários e as curtas. Apesar de algumas boas escolhas, o festival é, no geral, muito desequilibrado, dependendo, quase na totalidade da série Masters of Horror para preencher a programação menos vista em Portugal. De resto, foi interessante trazer Ivan Cardoso e a sua cinematografia, pois para além de virtualmente desconhecida do grande público é, no mínimo, invulgar.

Aproveitei para ver mais alguns filmes de um dos meus preferidos, Dario Argento, voltei a chegar à conclusão de que detesto Carpenter (acho os filmes dele cheios de clichés, com histórias pouco interessantes e mal desenvolvidas e, o pior de tudo, nem sequer me pregam um sustozinho aqui e ali), ver alguns dos filmes de Guillermo del Toro e o que mais viesse à rede. Senti a falta de alguns grandes como David Cronenberg, Roger Corman, e alguns clássicos, mas em 5 dias não seria fácil, por isso compreendo.

Tenho pena de, mesmo num festival do género, à grande excepção de Ivan Cardoso, os filmes de terror ainda pertencerem a um universo quase exclusivamente norte-americano (os meninos do CTLX já tinham demonstrado na sessão de Dog Soldiers que na Europa também se faz muito bom cinema de terror) ou então a nova moda do cinema oriental, de que of estival apresenta apenas um exemplo do já muito conhecido Takashi Miike. Com o apoio do Cinedie Ásia é mesmo uma pena que não se vejam filmes de outros realizadores menos exibidos em Portugal (como por exemplo Kiyoshi Kurosawa) ou outros menos conhecidos.

Também é pena haver algumas falhas quase imperdoáveis como a, que já se começa a tornar clássica, de projectarem os vídeos no formato errado, ou seja, esticadinhos, trocas de sessões (acontece), falhas na informação ou atrasos sem uma explicação a quem está à espera.

As duas exposições são interessantes, mas sabem a pouco, os objectos exibidos também são interessantes, mas talvez devessem estar identificados (por filme, etc.) e haver uma explicação de que não são originais, mas sim réplicas para venda. Gostei da decoração do espaço (mobília antiga, objectos com sangue, etc.), podiam ter abusado mais.


MOTELx

06 setembro 2007

Tenor de peso

Depois do post sobre a Divine, parece coincidência a mais... (eu sei que a comparação é estranha, mas...)

Lá se foi o Pavarotti, que já andava a ameaçá-las há tempo. Nunca fui grande fã dele, mas a sua importância na divulgação e uma certa popularização da ópera é fundamental. Claro que a sua presença televisiva era muito frequente, seja nos especiais dos 3 Tenores ou seja nos inúmeros programas, recitais, eventos, encenações televisivas de ópera em que participou.

Era presença frequente nas nossas televisões (em especial a RTP2), vai fazer falta.

04 setembro 2007

Divina laca

A propósito da estreia do remake do remake de Hairspray, de John Waters, e de estar a falar de drag queens famosas com um colega de trabalho, lembrei-me de como adorava este clip da minha preferida, mas também a mais sórdida, de todas: Divine.


Divine - Walk Like a Man

Apenas recomendo a quem se entusiasmar com o novo Hairspray, que veja o original, que de blockbuster não tem nada e de subversivo e kitsch tem tudo!

13 agosto 2007

Atrasados mentais

Ao ouvir, como som de fundo, as Chiquititas constato, infelizmente, que a televisão portuguesa, neste caso a SIC, continua a tratar as criancinhas como atrasadinhos mentais. A Chiquitonta (assim parece que lhe chamam os amigos) fala exactamente como as antigas apresentadoras de programas infantis, como a mesma entoação e vocabulário muito bem ar-ti-cu-la-do, como se as crianças não captassem a informação dada de outra forma mais normal...

É triste ter crescido (e protestado) com este tipo de postura preconceituosa e paternalista, mas mais triste ainda é constatar que quem também cresceu com isto não aprendeu com os erros da antiga geração que não sabia fazer melhor!

Chiquititas

PS - vi alguns episódios das Chiquititas brasileiras, quando passaram, se não me engano, na TVI, e mesmo nessa altura achei aquilo sofrível... mas pelo menos as pessoas falavam todas de modo normal.

11 agosto 2007

Refresco

Por causa do calor e porque é bom, hoje, durante o dia, lembrei-me deste clip. É um dos videoclips mais divertidos que já vi.


Bentley Rhythm Ace - Theme From Gutbuster

05 agosto 2007

Séries TV

Pois... enganei-me, mas vou reparar o meu erro.

Fui 'blogdesafiada' pelo Ricardo do
CineArte a fazer um top de séries favoritas. O meu engano é que o fiz como comentário no post dele, mas vou colocar aqui uma cópia para continuar estes posts em cadeia (que ao contrário das cartas até é engraçado).

Respondendo ao desafio e como concordo com o Ricardo em relação aos top's, a minha lista é (salvo algumas excepções - assinaladas*) feita no momento:

SÉRIES TV:

ESPAÇO: 1999* (Space: 1999)
Inquestionavelmente a minha série preferida de sempre! Tem me acompanhado ao longo da minha vida quase toda e, apesar de ter envelhecido um tanto, ainda encontro nela uma imensidão de elementos que me fazem continuar a adorá-la: os ainda excelentes efeitos especiais, os actores, as histórias, a direcção artística, a música.

QUINTA DIMENSÃO* (Twilight Zone)
Acho que o Ricardo já disse quase tudo, só gostava de acrescentar que grande parte dos argumentos da séries foram escritos por alguns dos melhores escritores de ficção-científica dos anos 60, o primeiro que me vem à cabeça é Ray Bradbury.

PALMEIRAS BRAVIAS (Wild Palms)
Concordo com Twin Peaks ter sido groundbreaking, sem TP não existiria Wild Palms. Mesmo assim prefiro a série de Oliver Stone, mais sucinta e bem planeada, em que cada episódio foi realizado por excelentes e conhecidos realizadores de cinema, entre eles uma das minhas preferidas, Kathryn Bigelow.

PRAIA DA CHINA (China Beach)
Quase ninguém se lembra desta excelente série com um ponto de vista invulgar sobre a guerra do Vietname. Era o ponto de vista das enfermeiras, médicos e militares lesionados, acampados num hospital de campanha numa praia da china. Reflexions das Supremes no genérico foi das músicas mais marcantes numa série de televisão e não esquecer Marg Helgenberger no papel da prostituta local.

OS VINGADORES* (The Avengers)
Especialmente as duas séries de Emma Peel (Diana Rigg). Esta série de espionagem fantástica, cheia de intrigas misteriosas e cenários barrocos (para não falar do guarda-roupa de Mrs. Peel), e das deixas tipicamente british, sem as quais eu não veria as séries de TV do mesmo modo. Tenho imensas saudades, bem que poderia passar na SIC-Radical e ser editada em DVD!

As menções honrosas são tantas que não vou mencionar nenhuma. Bem... Duarte & Companhia.

SITCOMS:

OS MALUCOS DO CIRCO* (Monty Phython's Flying Circus)
Não há muito a dizer: "and now, for something completely different"
Por causa desta série, deixei o vício das novelas brasileiras durante mais de um ano! (e já tenho em DVD)

BLACK ADDER
Especialmente a primeira, e mais sádica série, mandam-me ao chão a rir! A participação de Miranda Richardson como "Queen Bess" é verdadeiramente antológica!

ALLO'ALLO!
A quantidade de deixas que ficaram no imaginário das pessoas acho que diz tudo acerca de Allo'Allo! Os erros do Officer Crabtree são os melhores de todos: "I have a guin in my picket"; "The Fullen Madinna with the big bibies"

OFF CENTRE
Passou discretamente mas era hilariante. Uma sátira à vida boémia nova-iorquina, com grande parte do cast de American Pie. O descaramento de Chau, o amigo vietnamita, era simplesmente demais!

Menções honrosas: Absolutely Fabulous, Dharma & Greg, Popular, Freaks & Geeks, etc...

ANIME:

CANDY CANDY*
É shoujo, é comprida, ainda não a vi até ao fim (não passou completa em Portugal) mas não há nada a fazer, foi A série de anime que colocou (juntamente com Conan, o rapaz do futuro) o anime no mapa para mim. Dizem que não há paixão como a primeira.

SAILORMOON*
Esta série foi um marco para mim, fez-me descobrir o anime de outra forma e iniciou-me num percurso sem fim nesta área. Gosto do realismo de adolescentes normais, com defeitos, inseridas numa vida dupla de super-heroínas que me fez imediatamente pensar nas séries sentai que davam antes dos Power Rangers.

BIA A PEQUENA FEITICEIRA* (Majokko Meg-chan)
Esta é uma série invulgar, bem velhinha, que, apesar de ser um anime de magical girls, é muito à frente para a época. A protagonista é mimada, impertinete, mas também boa rapariga e partilha o protagonismo com uma rival egoísta e carente. Dentro dos cenários de inspiração mediterrânica, um dia-a-dia muito japonês e guarda-roupa ultra-fashion anos 70, não há dúvida que é um anime único.

LUM (Urusei Yatsura)
Este foi dos primeiros anime/manga que procurei e conheci. Desde a primeira leitura/visionamento que me apaixonei pela personagem de Lum e me parto a rir com o completo disparate que é a série inteira a começar pelas canções dos genéricos.

COWBOY BEBOP
Deve ter sido um dos primeiros anime de qualidade em que não há um único episódio para encher, de fraca qualidade ou que não faça sentido no todo. Com uma das melhores bandas-sonoras para anime de sempre, personagens tão boas que, até hoje, não me consigo decidir numa favorita, não há dúvida que é um dos melhores anime de sempre!

Menções Honrosas: Shin Seiki Evangelion, Gokinjo Monogatari, Victorian Romance Emma, Shoujo Kakumei Utena, Conan o Rapaz do Futuro, Lupin III, Glass no Kamen, Versailles no Bara, Card Captor Sakura, Antologia da Literatura Japonesa, Saint Seiya, Rurou ni Kenshin, Daddy Longlegs e muitas mais... tantas...

E eu desafio para dizerem as suas 5 séries preferidas de televisão (com ou sem categorias):
O
Kiryu
A
Confissão das Artes
A
Rita
A
Alice
O
Paulo

PS: O excesso de séries novas, inovadoras, de qualidade, etc, etc... chegou a tal ponto que me saturou um bocado. Por agora estou apenas a acompanhar duas ou três, quando tiver paciência para mais lá verei algumas de todas as outras que têm vindo a estrear.

02 agosto 2007

Do rádio

Chamaram-me a atenção para este clip na rádio (Oxigénio) e é fa-bu-lo-so à moda antiga, dos tempos em que a MTV era rainha!

Justice - D.A.N.C.E.

31 julho 2007

Sempre na TV

Pois... ontem foi Ingmar Bergman e hoje foi Michelangelo Antonioni...

Ao contrário de Bergman, nunca vi um único filme de Antonioni em grande écran. Mas com muita pena e alguma frustração minha, pois mais uma vez é um cineasta de filmes para ver em sala.

Antonioni era sublime, os seus filmes mais do que especiais, só me vem à cabeça o cliché: o cinema mundial ficou bastante mais pobre esta semana. O que nos vale (e fica) são os filmes.

Não-televisivo

Nunca vi um filme de Bergman na TV. Nunca vi porque há certos filmes que não são para ver na TV. Eu, que adoro os filmes de Ingmar Bergman, tenho dificuldade em me concentrar de todas as vezes que os tentei ver na TV.

Acho que só vi a adaptação para série televisiva de Fanny e Alexander há muitos anos na RTP2 e, apesar de haver mais cenas e narrativa, sinto que só vi verdadeiramente todos os meticulosos pormenores do filme no cinema.

89 anos é uma boa idade, deixou-nos maravilhosos filmes.

09 julho 2007

Alien girl

Este anúncio à Playstation 2 sempre me intrigou... grandes discussões tive com os meus amigos e colegas de trabalho na dúvida se a cara dela seria mesmo assim ou se fora manipulada... eu sempre defendi que era assim, até ver que o clip é de Chris Cunningham. Definitivamente há algo de Aphex Twin na cara dela.



Aqui fica o texto, afinal o sotaque escocês é cerrado:

"Let me tell you what bugs me of the human endeavor
I've never been a human in question, have you?
Mankind went to the moon
I don't even know where Grimsby is
Forget progress by proxy
Land on your own moon
It's no longer about what they can achieve, out there on your behalf
But what we can experience
Up here and of our own time
It's called mental wealth."

Sony Playstation - Mental Wealth

05 julho 2007

*UNISEF

Esta é tão triste que nem consigo ser sarcástica... por 3, sim TRÊS vezes(!) foi escrito, nas legendagens de Martha Stuart, UNISEF em vez de UNICEF...

Francamente, em que mundo vive a pessoa que faz essas legendas... ou será redoma?

Martha Stuart anda a provar ser uma excelente fonte de erros televisivos.

- 2

Pois... infelizmente, no espaço de sensivelmente uma semana, foram-se dois dos melhores actores portugueses, ambos com excelentes prestações em teatro, cinema e televisão:

Filipe Ferrer e Henrique Viana

Pessoalmente preferia Filipe Ferrer, mas ambos fizeram alguns dos mais memoráveis e convincentes vilões da televisão portuguesa.

27 maio 2007

1968

Por três motivos, o excelente elenco, a época retratada e uma certa dose de bom sentido de humor que há muito que queria ver a série Conta-me como foi e não fiquei nada desiludida.

Eu sabia que actores como Miguel Guilherme, Rita Blanco e Catarina Avelar não envergonham ninguém, muito pelo contrário, e realmente temos excelentes desempenhos nesta série, sem pretensiosismos, nem excessos. O forte elenco sénior apoia e estimula o restante elenco juvenil que tem prestações largamente acima da média sem recorrer a maneirismos ou exageros irritantes.

Talvez pela primeira vez numa produção televisiva nacional (de época mas sem ser de há mais de um século atrás) vejo excelentes cenários, muitíssimo convincentes e históricamente correctos. Pode parecer estranho, mas quanto mais próxima de nós é a época mais dificilmente o lado da direcção artística funciona como deve ser, acabando muitas peças actuais infiltradas onde não devem ou uma paleta de cores ser mal definida. Na casa do Lopes temos a típica mobília de uma classe média baixa (não havia muita escolha de mobília e bibelots, portanto as casas eram quase todas iguais), e o melhor de tudo é, realmente a dita paleta de cores: vejo nas paredes da sala aquele típico verde seco, horroroso, que só entristecia e escurecia as salas, mas que toda a gente usava para pintar as paredes. Não havia salas brancas ou de cores pastel, essa é uma noção demasiado anos 80. Também vejo os adereços certos: o criado-mudo em madeira no quarto, os dois sofás de napa, alinhados em canto com uma mesa de camilha entalada entre eles, os naperons, os quadros de flores, os calendários de gatinhos ou cachorrinhos, a banda-desenhada do Mandrake (se bem que eu escolheria o Tarzan ou o Capitão Marvel), etc.

Todos estes objectos fizeram parte da minha infância, conheci-os bem, apesar de já ter apanhado a fase de transição do 25 de Abril, onde surgiram as mobílias de contraplacado e uma primeira abordagem ao design prático e integrado que resultava em compostos de cama-mesa-de-cabeceira ou armário-roupeiro-secretária.

A integração de um humor leve mas que não se leva demasiado a sério num contexto políticamente complicado é muito bem feita e inteligente. Outra coisa interessante é termos aqui três gerações, com pontos de vista sobre a sociedade e a vida diversos, que partilham o mesmo espaço mas que vivem as novas situações de maneiras muito próprias. As idosas tentam ter uma vidinha descansada entre idas à mercearia e a tagarelice no cabeleireiro. Os de meia-idade preocupam-se em demasia com o futuro deles e dos seus e os mais novos alheiam-se de tudo, sendo sempre o mais importante o que de mais diferente houver: desde a série 'Os Invasores' até à mini-saia da prima que veio da França.

Pena que a ideia original não seja nossa (é espanhola), mas pelo menos foi muito bem adaptada, não se notando as costuras e é uma série muito divertida de ver, sem pensar se é portuguesa ou de outra nacionalidade qualquer.

De notar que o site oficial é bastante bom (coisa rara) e até tem os guiões disponíveis, no meio de uma ficha técnica e artística muitíssimo completa.

Conta-me como foi - RTP

RTP1
dom., 22:35

06 maio 2007

*cada vez mais careca

Cada vez mais careca é a tradução da legendagem num episódio de Mentes Criminosas, no AXN, para a expressão getting bolder. Alguém devia explicar a quem traduziu que bold é corajoso e bald é que é careca. Sei que é apenas uma letrinha, mas que faz uma grande diferença!

bold
bald

01 maio 2007

Página 888

Teletexto sempre foi um extra que nunca conheci. Até há pouco só me lembrava que o teletexto existia quando aparece que as novelas são legendadas na página 888.

Recentemente, ao carregar inadvertidamente no respectivo botão da televisão emprestada que tenho usado, resolvi, por curiosidade, experimentar a dita página 888.

É estranho ver a novela Páginas da Vida com teletexto. Até percebo que, por uma questão de espaço e de tempo, por vezes o texto tenha de ser cortado ou reduzido, mas faz-me confusão estarem os actores a falar português do Brasil e as legendas serem em português de Portugal. Se por um lado até faz sentido, uma vez que as legendas supostamente existem para quem não ouve ou ouve mal e porque estamos em Portugal, por outro lado é extremamente confuso até porque às vezes o texto é completamente alterado (como numa má tradução de uma língua estrangeira) ou até letras de canções não são colocadas literalmente, como aconteceu hoje em "Sapo Cururu", uma canção que conheço desde criança, apesar de nunca ter posto os pés em terras brasileiras.

Por outro lado, as pessoas surdas que consigam ler nos lábios devem ter alguma dificuldade em perceber o texto, quando na maioria das vezes não bate certo. Sendo o português do Brasil na mesma português, e algumas das suas expressões, ao longo dos quase 30 anos em que temos contacto com o vocabulário brasileiro através da televisão (e não só), já sido adoptadas pelos portugueses e outras tantas até já constarem nos dicionários portugueses, não vejo o porquê de uma percentagem tão alta de alterações aos diálogos, até porque às vezes alteram o significado das mesmas. Um exemplo que vi hoje foi alguém a dizer "ela é fresca" e as legendas tinham escrito "ela é fraca"... Que eu saiba a dita expressão é tão usada por cá como no Brasil, não percebo a transformação.

Isto tudo para chegar à conclusão que o teletexto, que nunca chegou a todos pois nem todos os aparelhos de televisão têm acesso ao mesmo, não nos serve para nada, nem para ver a programação, pois nem isso é actualizado a tempo e horas. Quem é surdo ou ouve mal vai ter de continuar a contentar-se com pouquíssimos programas de língua portuguesa legendados e os poucos que o são, pelos vistos com uma qualidade ainda mais duvidosa que algumas legendagens de programas estrangeiros. De resto a navegação é algo limitada e muito demorada, portanto é um sistema antiquado que deveria levar uma bela de uma remodelação, tanto a nível tecnológico como de qualidade.

Como ainda só vi as legendas em teletexto da SIC, ainda me resta dar uma olhada aos da RTP e eventualmente da TVI e canais de cabo, mas infelizmente sou um bocado céptica nestas coisas e duvido que haja grandes melhorias.

23 abril 2007

Mais e mais Buffy

Sempre que penso que está mais complicado ser surpreendida por Buffy, the Vampire Slayer sem que a história geral deixe de ser plausível ou se arraste para campos pouco prováveis ou desinteressantes, lá nos brindam os autores com mais uma pérola.

Todas as séries de televisão americanas têm, mais cedo ou mais tarde, episódios de spin off de outros géneros, séries ou filmes. Nos Simpsons há-os aos pontapés, os primeiros que me lembro de ver foram em Moonlighting (excelentes homenagens ao film noir e às primeiras sitcoms americanas, dois géneros presentes na série), mas posso citar muitíssimas mais, sérias ou de comédia, se bem que a comédia se presta mais a estas homenagens.

Na série VI de Buffy, com o pretexto dos variados encantamentos e do sobrenatural possíveis dentro do contexto, aparece-nos Once More, With Feeling, um episódio no estilo de um musical dos anos 70 onde reviravoltas importantes da história nos são reveladas. É, sem dúvida, um episódio para ver com atenção, apesar da aparente frivolidade de termos todos (incluindo Spike) a cantar. Para além disso, todos eram muito afinadinhos, com especial destaque para Sarah Michelle Gellar (Buffy), Amber Benson (Tara) e Michelle Trachtenberg (Dawn). Os moços é que já não se safaram assim tão bem, especialmente Nicholas Brendon (Xander). Mas, conscientes disso, os autores deram-lhe um número onde ele canta muito dentro do estilo de Gene Kelly, onde passa a maior parte do tempo num falar cantado.

Aliás, apesar de a maioria das canções, nas palavras deles mesmos, serem um retro-pastiche, louvo-lhes a capacidade de engendrarem um episódio musical com letras muito bem escritas, rimam e têm coros, como se esperaria de um musical e ao mesmo tempo contam a história, que é bastante sombria e triste. As próprias canções são muito coerentes entre si o que fica comprovado no dueto final entre Buffy e Spike.

Está me a parecer que a sexta série, um pouco como a quarta, é uma série da decadência das relações do Scooby Gang, que já tinha começado há algum tempo a apresentar sinais de cansaço. Os autores também aproveitaram a morte de Buffy para a fazerem renascer incompleta, tornando-a numa personagem bastante mais sombria, madura e, por consequência, fazê-la aproximar-se definitivamente de Spike (um claro objectivo surgido na série anterior).

Está visto que só descanso quando acabar de ver a Buffy, na sétima, próxima e última série.

Buffy, the Vampire Slayer - IMDB

12 abril 2007

Kurt Vonnegut... assim foi

Com imensa pena minha, morreu um dos meus escritores favoritos, Kurt Vonnegut. Felizmente que já morreu velhote, teve tempo para curtir decentemente a vida com o excelente e sarcástico sentido de humor que caracteriza os seus divertidíssimos livros.

O meu preferido é "Galápagos" mas o mais conhecido é o que foi também adaptado ao cinema, "Slaughterhouse Five", ambos publicados em Portugal pela Caminho.

assim foi

08 abril 2007

Tenho uma sensação de...

... que há plágio, senão inspiração directa, nas séries Donas de Casa Desesperadas, Entre Vidas e Betty Feia.

Ora vejamos:
Donas de Casa Desesperadas parece coladinho a imensos elementos do filme The Stepford Wives que, por sua vez, já foi alvo de um remake cinematográfico recente e que deu na SIC há umas semanas. Desperate Housewives

Entre Vidas tem exactamente a mesma ideia inicial que a série Medium, com a diferença que Medium é bem menos cor-de-rosa e Jennifer Love-Hewitt, com o seu visual pseudo-gótico, não chega nem por sombras aos calcanhares de Patricia Arquette. Ghost Whisperer

Betty Feia, sem os exageros, não é nada mais que um desenvolvimento do tema do filme The Devil Wears Prada. Vá lá que tem Vanessa Williams a fazer da cabra-de-serviço e o love interest de Betty está inserido no mundo da moda para que a história possa continuar no mesmo meio. Ugly Betty

Estranho ou não, aparentemente as três séries vêm das mesmas mentes criativas...

23 março 2007

É um artista português...

... de resto dispensa comentários :)

www.couto.pt

21 março 2007

Walk-in closet

Pela primeira vez na minha vida, hoje cliquei de livre vontade num banner de publicidade a partir de um site onde estava, e valeu a pena.

O clique dirigiu-me ao site da loja de roupa H&M, levada pela curiosidade de saber mais da nova colecção desenhada pela Madonna. O site está todo em flash, portanto não posso dar o link específico, mas indo o mais directo possível à dita colecção, desenhada pela Madonna, encontra-se um divertido e bem feito exemplo de site em flash. A colecção da Madonna é-nos mostrada num walk-in closet (perdão pelo estrangeirismo, mas todas as traduções ficam áquem do significado do termo em inglês, que é um armário onde se pode entrar, resumindo, um quarto de vestir) onde uma menina, com ares de Madonna, dá uma chapadinha num manequim a cada vez que clicamos em "next" e que gira, à la Wonder Woman, até se "transformar" no próximo figurino. Se queremos ver os acessórios, é feito um zoom às prateleiras do fundo onde eles se encontram. Encontrei apenas um problema: se abandonamos a colecção de roupas a meio, para voltar ao último fato que vimos temos de voltar a clicar em tudo de novo, e são 27!

Assim, sim, o flash é usado no seu potencial, melhor ainda, é uma loja de roupa (barata) que o faz.

12 março 2007

Eliza Dushku anda na berlinda

Eliza Dushku já tinha impressionado com a sua participação em Buffy, the Vampire Slayer, como Faith a slayer nemesis de Buffy, e na série Tru Calling (2:), mas ultimamente anda na berlinda. Ora vejamos:

No fim de semana passado deu mais uma vez, para preencher uma tarde de sábado o divertidíssimo filme das cheerleaders, Bring it On, também com Kirsten Dunst (é dos poucos filmes teenager que já aguentei ver vezes sem conta e não me fartar), há algum tempo tinha dado True Lies, de James Cameron, ontem à noite deu o muito interessante City by the Sea, também com Robert DeNiro e como se não bastasse também participa em Angel (Fox) e That '70s Show (TVI).

A moça é bonita, carismática, exótica e boa actriz! Só espero que continue a produzir com este patamar de qualidade, e não me importo nada com o spam de participações dela nos nossos canais. De resto é só dar uma olhadela à sua filmografia no IMDB.

08 março 2007

5 gajos BONS 2007

Mantendo a tradição, cá está mais um top dos 5 gajos bons actualmente no ar na TV portuguesa.

Este ano foi difícil, a razão de gajos bons na televisão baixou fortemente e o meu favorito, Reynaldo Gianecchini, infelizmente não está no ar. Ainda pensei nalguns portugueses, mas ainda não me convenceram o suficiente para incluí-los nesta lista. Como a escolha foi complicada, alguns não estariam aqui se a concorrência fosse mais forte. Há anos bons e anos maus...

1. George Clooney
Não está cá tanto pela sua participação em ER, mas mais porque ultimamente ando com uma pequena fixação nele. Mas, convenhamos, a publicidade do Nespresso está muito fixe!





2. William Petersen
O meu maior repetente. CSI continua a dar, com repetições e séries novas e o carisma não desaparece, só passou abaixo do Clooney por que o Clooney é mais giro.






3. Murilo Benício
Queria evitar os brasileiros, mas é difícil. Murilo Benício é, já há bastantes anos um dos meus favoritos dentro do panorama brasileiro, tanto como actor como aspecto físico+charme, mas confesso que gosto mais dele como actor. O seu visual em Pé na Jaca não é dos mais interessantes, mas continua a pontuar.


4. Matthew Fox
Quando vi o primeiro episódio de Lost a minha reacção a Matthew Fox foi: "este é o chato do irmão mais velho de Party of Five, ena, cresceu e ficou muuuuito interessante!". Tendo estreado a 3ª série de Lost na RTP1 e estando, até ao fim do mês a Fox com sinal aberto, acho que merece.



5. Bruno Garcia
É sangue relativamente novo nas novelas brasileiras, se bem que já vai na 3ª, pelas minhas contas, em Portugal. Gostei mais do seu visual cowboy em Bang Bang, mas também é comestível (e bastante) em Pé na Jaca.

26 fevereiro 2007

79 Oscars, olé!

Este ano lá assisti fielmente à cerimónia dos Oscars, mas este ano foi um pouco diferente, contrariando a tendência para piorar, pós 11 de Setembro, a cerimónia foi melhorzinha.

Uma das coisas que tornou a cerimónia mais engraçada foi a nova apresentadora Ellen Degeneres. Ela é divertida, sem sarcasmos exagerados ou um humor demasiado provocador, mas simultâneamente colocando o dedo na ferida e mencionando coisas importantes. Ela consegue ser política sem ser políticamente incorrecta e interagiu com o ilustre público como ninguém antes o fizera. Ofereceu um argumento a Martin Scorcese, pediu a Steven Spielberg para a fotografar com Clint Eastwood, disse que era o grande sonho da vida dela apresentar os Oscars.

Outra coisa que normalmente torna a cerimónia mais sustentável é a grande variedade de filmes, sem um "grande" filme, açambarcador de Oscars. Mas o mais surpreendente foi a larga escolha de filmes e atribuição de prémios a latinos, nomeadamente O labirinto do Fauno, onde se nota que para além das ruas de Los Angeles, também já no cinema o castelhano começa a dominar. Foi uma boa cerimónia para desmascarar preconceitos de modo elegante. É bom ver que os americanos estão a mudar.

Dentro da apreciação da cerimónia em si, foram marcantes as apresentações da companhia de dança cujo-nome-não-apanhei-por-ser-demasiado-esquisito, genial nas suas figuras em silhueta, o Oscar honorário a Ennio Morricone, sendo raramente atribuido a um músico (dispensava-se Celine Dion), um clássico das bandas-sonoras de Hollywood, Peter O'Toole ainda estar vivo e recomendar-se, as divertidas imagens do "backstage", George Clooney mais magro, o aproveitar do filme de Al Gore (e a sua presença) para mostrar uma mensagem ecologista sem ser chata, os fantásticos smokings de Ellen, o Oscar de melhor guarda-roupa para Milena Canonero por Marie Antionette, o Oscar para Helen Mirren, o ar desapontado das personagens do filme A casa assombrada quando não ganhou o Oscar, a taxa de negros a vencer Oscars estar a aumentar exponencialmente, a quantidade de japoneses presentes na cerimónia, a quantidade de filmes com conteúdo político.


Foi curioso Martin Scorsese ter recebido o tão esperado primeiro Oscar das mãos dos "amiguinhos" Steven Spielberg, George Lucas e Francis Ford Coppola, quando, com Schindler's List, Spielberg recebeu o seu primeiro Oscar das mãos de Martin Scorsese, George Lucas e Francis Ford Coppola.

Nos vestidos das meninas notou-se mais uma vez uma clara tendência para uma determinada silhueta, a dos vestidos assimétricos, com uma só alça e justinhos. O melhor foi o vestido de Sherry Lansing, lindíssimo em chiffon preto e vermelho-sangue, mas também gostei do da miudinha, Abigail Breslin, adequado à idade, sem ser demasiado infantil. Nos meninos, o smoking clássico imperou, se bem que se viu um ou outro dentro do estilo dos de Ellen.

Os meus parabéns aos comentadores nacionais, que apenas comentaram nos intervalos e ainda corrigiram os erros cinéfilos cometidos durante a cerimónia como por exemplo dizerem que The Departed foi uma adaptação de um filme japonês, quando que o filme era de Hong Kong e por apontarem que as imagens supostamente de Amarcord eram de E la Nave Va, ambos de Fellini.

OSCAR.com

18 fevereiro 2007

Puto cozinheiro

Ainda nunca aqui tinha falado de Jamie Oliver, ou dos seus programas de televisão. Há muito que sigo os seus programas, primeiro na BBC-Prime, depois na 2: e agora na SIC-Mulher. Hoje vi um bocadinho do Oliver's Twist na SIC-Mulher e lembrei-me porque fiquei vidrada desde a primeira vez que vi o programa: ele é giro (apesar do ar de puto), tem uma vespa e uma casa linda, é despachado, pragmático e cozinha sempre para um grupo de amigos. Todos estes factores tornam o seu programa de culinária mais acessível e menos formal ou rígido. Para além disso, a comida tem sempre um ar fácil de fazer e apetitoso (mesmo que não o seja).

Durante décadas os programas televisivos de culinária sempre foram grandes secas em que o apresentador/cozinheiro debitava uma receita, que ia fazendo o mais depressa possível e, para isso, já tinha, em diversas fases, o prato feito e escondido no estúdio. Jamie sai de casa a meio do programa para ir comprar ingredientes que lhe faltam, apresenta-nos o seu fiel homem do talho ou o peixeiro, vai a lojas de conveniência ou mesmo buscar uns vídeos de aluguer para ver enquanto os convidados comem. Ele é um rapaz da sua geração (cozinha por prazer e não por obrigação), mais do que cozinheiro de televisão. Dos pratos feitos tiram-se ideias e não receitas rígidas, para isso compram-se os livros dele, e uma abordagem à cozinha mais desprendida e interessante.

Jamie Oliver

13 fevereiro 2007

Surpresa das dunas

Ontem à noite, em plena ronha televisiva, zapei para a TVI que tem uma característica, no mínimo engraçada, aos domingos à noite: são filmes, alguns de qualidade algo duvidosa, uns atrás dos outros. Sabendo isso deixei a televisão ficar por lá, sem prestar demasiada atenção ao écran (acontece...). Qual não é o meu espanto quando o 3º filme que passou não era nada mais que Frank Herbert's Children of Dune.

Bem, Children of Dune é mais uma adptação de parte da longa novela/saga Dune, de Frank Herbert, bem mais conhecida pela adaptação de 1984 de David Lynch ao cinema. Já tinha ouvido falar e lido de relance em revistas e sites de cinema e televisão há algum tempo sobre a mini-série. Nunca segui com atenção apesar de ser fã do filme de Lynch e ter lido o primeiro volume dos livros (são muitos e acabei por nunca mais pegar em nenhum outro), sempre tive alguma curiosidade em ver este produto de culto.

Depois de refeita da surpresa (eram cerca das 3h da manhã) e de pensar que "TENHO DE VER ISTO!", felizmente que tive a inteligência de chegar à conclusão de que estava com algum sono, que tinha de acordar cedo no dia seguinte para trabalhar e carreguei no botão de gravar do vídeo. Ainda não vi, mas foi a melhor ideia que poderia ter tido, adormeci cerca de 5 minutos depois...

O que me choca no meio disto tudo é um produto televisivo destes, tão importante e especial, seja recambiado para um domingo às 3h da matina, sem aviso prévio, ensanduíchado em telefilmes de qualidade questionável e TV-Shop. Já não peço que passem este tipo de mini-séries em horário nobre (já desisti há muito), mas pelo menos a começar à meia-noite? Anunciarem com alguma dignidade? Fica a satisfação de pelo menos ter passado e a expectativa de, das duas uma: terem passado a mini-série completa (resta saber que versão, no IMDB há várias hipóteses) ou se passaram apenas um episódio e fica a incógnita de quando passarão os restantes.

Frank Herbert's Children of Dune

TVI
dom., 11.02.07, cerca das 03:00

31 janeiro 2007

Novela blockbuster

Tenho visto muitas capas de revista com a nova novela da Globo a passar na SIC, Páginas de Vida, o que demonstra o seu sucesso. Claro que tenho visto, até porque, para além de viciada em televisão, adoro novelas brasileiras. As novelas de Manoel Carlos costumam ser o tipo de novelas muito melodramáticas que me fazem lembrar sempre os filmes de Douglas Sirk, com Rock Hudson. Apesar de detestar o género, tal como os filmes de Douglas Sirk, costumo gostar das novelas dele pois são mesmo muito bem escritas e, naturalmente, bem feitas.

Mas nem tudo são rosas. Normalmente as novelas, dada a sua longa duração, costumam ser desequilibradas havendo um investimento extra no início e no fim e, eventualmente também numa pequena fase lá pelo meio. As novelas de Manoel Carlos também não são excepção se bem que as fase de fazer render o peixe são mais curtas e menos secantes. Outra característica das novelas blockbuster da Globo são inícios que implicam cenas gravadas num país estrangeiro, as óbvias mortes e casamentos para despoletar a narrativa e finais cheios de efeitos especiais e cenas que impliquem duplos.

O bom de Páginas de Vida é que resolveu muitíssimo bem dois aspectos do programa obrigatório. Os casamentos foram tratados com alguma simplicidade e serviram para introduzir uma personagem secundária bastante interessante, a fotógrafa de casamentos Isabel, e as mortes foram tratadas com sobriedade e uma lógica surpreendente. A de Lalinha foi discreta e no seguimento lógico da vida sem se porlongar em demasia, a de Nanda extremamente dramática mas muito bem pensada uma vez que não se recorreu a expedientes fáceis, como por exemplo ela, depois da discussão com a mãe, atravessar a rua e ser atropelada. O acidente foi isso mesmo, um acidente, e apesar de ela estar perturbada, ela queria viver, portanto não agiria de forma tão irracional. Afinal dizem que uma mulher grávida ou mãe tem os intintos de sobrevivência à flor da pele, não é?

Entretanto Páginas da Vida já entrou na clássica "2ª fase", outra característica das novelas blockbuster, e as coisas ainda andam ao rubro. A transição foi um pouco longa mas bem feita: em vez do típico texto a dizer "5 anos depois" foram mostrando as variadas passagens do ano, para marcar os anos, pontuadas pelo meio com os acontecimentos mais importantes na vida das personagens da história, não se concentrando apenas nos protagonistas.

Apesar de gostar muito de Regina Duarte, a personagem reincidente "Helena" é enervante de tão boazinha, simpática e humana. O que nos vale são os conflitos que sempre surgem em volta de uma personagem assim...

Apesar de já estar colada à novela, gostava de, pelo menos uma vez, ser surpreendida não apenas na qualidade da escrita, da realização ou no desempenho excepcional de alguns actores mas também que a estrutura não fosse tão previsível. Agora não me lembro de qual, mas já ouve novelas com 1ª, 2ª e/ou 3ª fase que não as desenrolavam cronológicamente, que as iam expondo em paralelo, à medida da necessidade dos acontecimentos. Esta é uma maneira de escrever novelas mais arriscada, implica, até certo ponto ter uma narrativa fechada, para não haver incoerências na história, o que não permite a flexibilidade do público poder influenciar os destinos das personagens. Com a prática e notoriedade que já têm alguns dos autores de novelas da Globo, Manoel Carlos, Glória Perez, etc. bem que podiam arriscar.

Páginas de Vida

SIC
2ª-sab. cerca das 22:00

28 janeiro 2007

Nem tudo são flores

Passado quase um ano e apesar de eu assumidamente gostar deste tipo de produto televisivo, Floribella tem, na grande maioria das vezes, uma qualidade bastante duvidosa.

Para além de uma iluminação e fotografia sem criatividade e muito pouco cuidada (chapões de luz, cenas nocturnas que parecem diurnas, etc.), o pior é mesmo a montagem. Duas cenas com personagens diferentes ou mesmo antagonistas, se passarem no mesmo cenário e serem montadas de forma a parecer que se passam ao mesmo tempo, acontecem com demasiada frequência. Este tipo de falhas gigantes de raccord (situações em que a continuidade cronológica ou espacial da acção é rompida) demonstram que depressa e bem, não há quem. Mas a montagem de Floribella, para além de extremamente básica não utiliza os truques mais simples e académicos de montagem, quando os tem frequentemente à mão de semear. Dou um exemplo: Magda e Delfina estarem a conspirar contra Flor por ela também ser herdeira da família (cena muito frequente) e a montagem nos levar na cena seguinte para uma cena no café com personagens que não têm nada a ver com o que se estava a falar. O lógico e académico neste tipo de cena é, por exemplo, aproveitar para passar para uma cena (também muito frequente) em que Flor tem dúvidas existenciais acerca do pai desconhecido.

Mas a cereja em cima do bolo foi uma cena/plano que deu há alguns dias: sem que as cenas anteriores ou posteriores a este plano tivessem alguma relação remota com esta, resolvem mostrar-nos um plano fixo do ramo da árvore no quarto de Flor, com um efeito especial, de pelo menos um minuto de duração, sem nenhum outro tipo de acção/interacção com personagens. Com algum esforço posso tentar interpretar este plano, mas que não tem rigorosamente lógica nenhuma dentro da narrativa estabelecida pela montagem, ah isso não tem!

Digo e redigo: a SIC tem na Floribella um tesouro a explorar comercialmente, mas não soube fazer as coisas. A promoção e merchandising veio tarde e a más horas (quase seis meses depois do lançamento da série) e não é grande coisa, exageram no tempo de antena Floribella, são demasiadas horas no ar, e tudo quanto é produto SIC tem de ter Floribella. Com tanto exagero o público farta-se demasiado depressa e acontece o mesmo que aconteceu à TVI e ao Big Brother, o segundo teve metade das audiências do primeiro e assim sucessivamente. Por mais que Floribella continue a ser popular, anda a arrastar-se em demasia, as diversas peripécias começam a ser repetitivas e já se anseia há demasiado tempo por uma conclusão.

Floribella

SIC
2ª - sab.: 21h15

18 janeiro 2007

*queijo gratinado

Mais uma tradução feita com os pés: No programa Martha na SIC-Mulher, Martha Stuart dava a sua "lição de culinária nº10: Almondegas". Infelizmente a brilhante tradução na legendagem de um dos ingredientes das ditas almondegas era queijo gratinado, mas o que ela disse foi grated cheese e o que deitou para a mistura foi queijo (parmesão - parmegiano reggiano) ralado. Acho que queijo gratinado numa mistura para fazer almondegas, deve torná-las um bocado borrachentas (vai na volta é bom??!)...

grate

09 janeiro 2007

Uns €€€ para George Lucas

Ao chegar à bilheteira da exposição de Star Wars (a qual eu TINHA de ver) vi que havia desconto até aos 7 anos de idade ao que perguntei: "e nós os fãs de pedra e cal, desde os anos 70, que estamos fartos de dar dinheirinho ao George Lucas?". Mal sabia eu quão sábia e premonitória era esta pergunta...

Mesmo que fosse de graça, a exposição está mal montada, os objectos/obras em exposição vêm-se muito mal, não existe uma ordem lógica para expor os objectos e há excesso de objectos dos 3 filmes mais recentes (Episode I, II e III) em detrimento de memorabilia fundamental na saga, em especial dos 3 primeiros filmes (Episode IV, V e VI). Millenium Falcon: nem um cheirinho, Star Destroyers: apenas uma torre, Death Star: apenas um holograma de uma empresa (aparentemente portuguesa) de meios de publicidade, sabre laser: só o de Darth Maul e muito mais faltas...

Uma das coisas que mais me entusiasmou ver (se é que se pode chamar ver ao que aconteceu) foram dois exemplos de matte paintings expostos, mas ambos estão TÃO mal iluminados que um deles práticamente não se vê. Passo a explicar: matte paintings são umas pinturas, feitas inteiramente à mão, com técnicas especiais, que se usam como cenários, como por exemplo o poço onde Luke Skywalker fica pendurado em Império Contra-Ataca, com uma pequena área pintada de preto onde a acção, filmada em escala real com os actores numa réplica desse pedaço de cenário, é posteriormente sobreposta opticamente (hoje-em-dia são feitos essencialmente em 3D). Este trabalho é altamente especializado, e a saga Star Wars foi responsável por alguns dos melhores matte paintings da história do cinema e os profissionais que trabalham nesta área são e sempre foram raros. É realmente um crime que duas obras de arte que são aquelas pinturas sejam tão menosprezadas em tal exposição.

Mas se fosse apenas isso... infelizmente quase todos os objectos encontravam-se iluminados em contra-luz (muito provávelmente para evitar que sejam tiradas fotografias decentes - preferia que fossem proibidas fotografias mas as coisas se vissem como deve ser), o que faz com que nem ao vivo seja possível vê-los em condições. Infelizmente também muitos dos modelos/maquetes só podiam ser vistos de um ou 2 ângulos, em particular todas as peças de guarda-roupa que se encontravam em vitrines, onde não se podiam ver as costas ou certo tipo de pormenores.

Mais infelizmente ainda, para além da fraca qualidade dos textos originais ainda temos que apanhar com traduções feitas em cima do joelho, quem sabe se não num tradutor automático, tipo babelfish. Felizmente que a versão em inglês também lá estava, onde cotton swabs são cotonetes e não tufos de algodão...

Mesmo assim, apesar de a relação qualidade-preço ser desequilibrada, é daquelas oportunidades únicas e para ver aquelas peças decentemente só muito provávelmente num museu no Skywalker Ranch ou coisa parecida.
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