TV-CHILD É UMA DESIGNAÇÃO QUE SE PODE DAR À MINHA GERAÇÃO, QUE CRESCEU
A VER TV. ESTE BLOG É 90% SOBRE TV, 10% SOBRE OUTRAS COISAS.

10 dezembro 2011

*comoção

Que comoção! Para os tradutores do C.S.I., temporada 11, no AXN, "concussion" é comoção! Realmente um traumatismo craniano pode deixar muita gente comovida, até a vítima pode ficar comovida...

concussion
comoção
traumatismo craniano

09 dezembro 2011

*mostarda

Quem anda a traduzir Doctor Who para o SyFy não percebe nada de culinária britânica. A razão porque "fishfingers and custard" e não "mustard", é uma combinação de alimentos estranha é porque custard é leite creme e não mostarda! Pelo que parto do princípio que o/a tradutor(a) para além de preguiçoso/a também é disléxico.

Mas isto leva-me a uma questão mais séria: até que ponto deve ou não um tradutor alterar o texto e o seu significado por estranhar a combinação de palavras na origem? Neste caso concreto trata-se do Doctor, nada com o Doctor é previsível ou comum, portanto a tradução correcta seria douradinhos com leite-creme! Bom, "douradinhos" é uma marca, portanto panados de peixe...

custard
mustard

24 novembro 2011

Feliz Bloganiversário!

Já nem sei quantos anos o TV-Child faz, mas o que importa é que mesmo que lento, o blog continua vivinho da silva!

Quanto a TV, agora ando a ver mais coisas: para além do Doctor Who, que não me canso de dizer ontem fez 48 anos, ando a ver Game of Thrones, também no SyFy, promete bastante, gosto dos cliffhangers, às vezes Warehouse 13, giro, muito giro!, Pan Am, na SIC, estou a adorar, é refrescante algo fora do universo do mistério ou ficção-científica, Morde e Assopra, a novela da Globo que dá à tarde, engraçada, as Investigações Criminais, CSIs e afins repetidos na SIC, pois sabem bem ver, e o vício do Querido Mudei a Casa, nem que seja para me rir com as bacoradas. Ah, claro séries de anime no Panda, mas isso é para outro blog que hoje não faz anos.

No próximo domingo a ver se não me esqueço de ver Super-Homem, o Regresso no Hollywood, pois com alguma pena perdi no cinema.

Não é grande coisa de post, mas vá lá, lembrei-me de celebrar! Deve ser por a minha Blythe Strawberry Fields ter chegado neste dia há 3 anos, ela também está de parabéns.

23 novembro 2011

Feliz 48º Aniversário, Doctor!

 
Pois é, o Doctor Who já faz 48 anos, continua vivo e pronto para mais!

Tenho andado a ver a 6ª série moderna de Doctor Who através do SyFy, mas apesar de ainda adorar a série, tenho algo a dizer:

VOLTA RUSSEL T DAVIES, QUE ESTÁS PERDOADO!

Por mais que Steven Moffat seja um excelente argumentista, porque é, não creio que seja a pessoa ideal para estar ao leme de uma série como Doctor Who. Chateia-me o facto de a motivação/permissa de cada série ser demasiado clara em cada episódio, preferia as pistas subtis que Russel T Davies nos ia deixando. E, por mais que ele o faça como ninguém, não gosto das reviravoltas tão intrincadas na linha temporal, acho que nos fazem perder detalhes, a paciência e ter de ver cada episódio com uma atenção exageradamente pormenorizada para no fim não ficarmos com um nó na cabeça. Há episódios que são tão rebuscados que nos obrigam a vê-los mais que uma vez para desatar os nós e não forçosamente porque gostámos tanto deles que os temos de ver novamente. É a razão errada para repetir o visionamento de um episódio logo a seguir a vê-lo pela primeira vez.

Confesso que a explosão de popularidade, principalmente nos Estados Unidos, de Doctor Who também me anda a enervar. É um facto inevitável, mas a própria série parece ter se vendido a um determinado tipo de mercado e estar a ficar menos "British". Eu sei, sou picuinhas e um bocado conservadora no que toca a assuntos Doctor Who, mas tenho pena de algumas das coisas que mais gostava na série se andarem a perder lentamente, nomedadamente uma certa ingenuidade britânica.

Matt Smith não me convenceu totalmente e, apesar de adorar Amy Pond e gostar bastante de Rory, também tenho pena de a minha personagem preferida agora ser uma companion e não o Doctor. Quanto a River Song, é demasiado óbvia a relação dela com eles todos e já me irrita um bocado tanto "mistério insondável"... Preferia concentrar-me mais nas histórias individuais para ter um climax portentoso onde finalmente se sabia exactamente qual é a dela. Nem o episódio escrito por Neil Gaiman passou do "meh"... "meh" não é uma boa opinião para nada...

Vou continuar fiel à série, até porque tal como Russel se foi embora, outros virão a seguir a Steven, cujo trabalho também irei seguir de perto, pois ele é um excelente argumentista!

Deixo aqui o primeiríssimo episódio, The Unearthly Child, exibido há 48 anos, neste dia.

BBC - Doctor Who

30 agosto 2011

Jaquelinda

 

Ti Ti Ti deve ser a primeira novela que acompanhei tanto o original como o remake. Nos anos 80 (a original é de 1985, mas não sei a data certa em que passou por cá), quando vi Ti Ti Ti, achei uma novela da tarde divertida mas um pouco exagerada em certos aspectos e sem nada que a tornasse verdadeiramente original, excepto o tema: a moda. Mas a Ti Ti Ti de 2010 é uma novela muitíssimo mais pertinente e actual, pelo que talvez se possa dizer que a versão de 85 foi de certa forma profética em relação ao mundo da moda.

Em 85 ainda a moda, tal como é encarada hoje, não tinha explodido, ainda não tinha havido a época das top models que não saíam da cama por determinada quantia exorbitante, ainda não se falava em moda de rua, a moda era mais uma ditadura e menos um modo de expressão pessoal, não estava tão presente no nosso dia-a-dia como está agora e, fundamental na versão de 2010, não havia o mediatismo e imediatismo actual e não existiam os BLOGS. Portanto, o tema, o que vende um bom estilista, se a qualidade das suas criações ou o marketing que o envolve, é agora mais actual do que nunca! A isso podem-se acrescentar as políticas de gestão de uma revista de moda, as rivalidades das divas (se bem que no Brasil, nos anos 80 isso talvez fosse mais actual) e a importância da rapidez ou da honestidade de uma opinião expressa em público.

Não me lembro se havia algo equivalente ao blog de Beatrice M. na versão original, mas nesta foi uma pedrada no charco e golpe de génio dos criadores da novela, que através do blog e da brilhante Mabi (Clara Tiezzi), criaram uma espécie de "rei vai nu" da novela, usando um meio que tem explodido na internet nos últimos anos: o blog de moda. Mabi é uma miúda de 12 anos, que opina de forma perspicaz e franca acerca da moda, criada à semelhança da famosa blogueira de moda infanto-juvenil norte-americana Tavi.

O elenco em geral foi muito bem conseguido e, excepto num ou dois casos, é bom ver alguns dos actores que interpretam os protagonistas a fazer comédia. Alexandre Borges (Jacques Leclair/André Spina), sempre um galã bonzão nas novelas, mas tipo sério e elegante, faz uma caricatura brilhante de um costureiro piroso e afectado, que, por menos credível que possa ser num contexto real, encaixa-se como uma luva com as duas outras partes do seu trio. É um prazer voltar a ver Murilo Benício (Victor Valentim/Ariclenes Martins) de volta à comédia. Ele é bom actor em qualquer circunstância, mas é na comédia que gosto mais de o ver, pois é mais comovente e vulnerável. O seu Ari, sendo uma personagem à partida simples e básica, é de uma complexidade subtil que com certeza muito deve ao actor.

Mas eis que chego ao terceiro vértice deste triângulo pouco amoroso, Jaqueline Maldonado! Porque é que Claudia Raia não faz mais comédia?? A sua Jaquelinda é um regresso de Ninon, a "bailarina da coxa grossa" de Roque Santeiro, num misto de ingenuidade, bom coração, coragem e uma dose cavalar de trapalhice e fanatismo pela Xuxa. Sempre que Claudia Raia entra em cena, rouba a cena! Há muito que não a via em comédia e com Ti Ti Ti percebe-se que é onde está como peixe na água, fazendo de Jaqueline a "minha" personagem!

Por fim, nada bate Jaqueline a chamar a Suzana Martins (Malu Mader) "fera radical"!!! Outra novela dos anos 80 que deixou excelentes memórias. E é sempre agradável ver roupa bonita e a Globo, como sempre, não desaponta nesse campo.

Ti Ti Ti - Globo

20 agosto 2011

Rever o Espaço: 1999 (S2)


Space: 1999 - The Metamorph
Mentor (Brian Blessed) e Maya (Catherine Schell) em Psychon

Separei os meus comentários acerca do Espaço: 1999 num para cada série por três razões: a primeira porque acho que a série merece, a segunda porque apesar de partilharem o mesmo título, permissa, local e elenco principal, a 1ª e a 2ª séries do Espaço: 1999 parecem duas séries completamente diferentes, tamanhas foram as mudanças de uma para a outra, e por fim porque ficaria um post gigante, que seria uma seca.Eu adoro ambas as séries, mas por razões completamente opostas, só tenho pena que as qualidades de ambas não tivessem existido nas duas produções.

A 2ª série teve um aumento no orçamento, mas passei todos os episódios (excepto um ou dois) a perguntar-me onde foi parar o dinheiro a mais. No geral a 2ª série é consideravelmente menos sofisticada que a 1ª em quase todos os aspectos. Os cenários repetem-se (sempre os mesmos adereços, sempre o mesmo backlot), o elenco principal é dividido para poupar nas rodagens (muitas vezes dois episódios eram filmados em simultâneo), os efeitos especiais são mais manhosos, recorrendo demasiadas vezes ao foco de luz verde (scanning alienígena) ou ao secador de cabelo (gravity pull) e os argumentos são uma porcaria.

Transformaram o Comandante Koenig, um homem admirável e um líder muito humano, num comandante prepotente e arrogante que está sempre aos berros, a Drª. Helena Russell numa tontinha que deixou de ser convincente como médica, o Paul Morrow metamorfoseou-se em Tony Verdeschi, que apesar de ser uma personagem com potencial, é irritante, a Sandra dividiu-se em duas (Sandra e Yasko) e não faz muito mais que carregar em botões e as piadinhas finais eram completamente desnecessárias. A única personagem, e o grande trunfo da 2ª série de Espaço: 1999, que funcionou bem foi a introdução da Maya.

Ah a Maya, o sonho de todas as raparigas dos anos 70 era serem como ela! É incrível como conseguiram estragar quase todas as personagens que transitaram da 1ª série mas criaram uma tão boa, principalmente face à ausência de profundidade geral. Sendo ela uma extraterrestre, podiam fazer o que quisessem com ela e tornaram-na uma princesa inteligente, engraçada e dinâmica. Sim falta-lhe mais profundidade, se eu fosse a última da minha espécie, com certeza que não seria tão alegre e levezinha como ela, que quando o assunto é mencionado apenas responde com alguma tristeza. A Maya também serve como um mecanismo fácil para tirar as personagens de enrascadas e isso é facilitismo narrativo. Alguma angst e talvez mais pontos fracos evidentes, tornariam a Maya na heroína perfeita! Mas ela ainda é a minha!!

Ora bem, se queriam tirar o ar grave e sério ao Espaço, a Maya foi realmente uma mais-valia, ela é leve, algo frívola, divertida, interessante, mas não precisavam de tornar a Drª. Russell assim, aliás se houvesse contraste entre as duas seria muito mais interessante como relação interpessoal. Os habitantes da Base Lunar Alpha pertencem a uma organização para-militar, portanto são profissionais sérios e têm pela frente um problema mais sério ainda. Não significa que não possam ser pessoas divertidas nos tempos livres, aliás isso foi abordado pontualmente na 1ª série, mas não é de cervejas experimentais nem de brindes que trata o Espaço: 1999! Também exageraram em introduzir dois casais, bastava um. O casal Drª. Russell/Comandante Koenig podia continuar pela sugestão ou tensão sexual, que são sempre muuuuito mais interessantes, e como casalzinho "júnior" teriam então a Maya e o Tony, que acabam por sê-lo muito menos que deveriam. Mas eram os anos 70 e ainda não tinham sido criados a Maddie Hayes e o David Addison, de Moonlighting, ou o Mulder e a Scully, de X-Files. Nisso os argumentos não ajudaram, na grande maioria são mais do mesmo, a fórmula repete-se de modo demasiado óbvio e não têm um tema individual e profundo como tinham os da 2ª série.

Mas nem todas as mudanças foram más! Os uniformes evoluíram, tornaram-se menos "abstractos" com a adição de casacos e novas peças, a banda-sonora, apesar de mais americanizada, continua interessante, há personagens novas que é pena não serem aprofundadas e bons temas em potencial. Infelizmente os episódios verdadeiramente bons, ou pelo menos à altura dos da 1ª série, contam-se pelos dedos (The Metamorph, The Exiles, The Mark of Archanon, The AB Chrysalis) e há episódios que uma pessoa se pergunta o que estão ali a fazer (The Taybor). E depois há outros que ficaram na memória por causa da componente visual, quem se esqueceu dos monstros "esparguete à bolonhesa" de Bringers of Wonder?? Ou das amazonas escarlate de The Devil's Planet?

Em suma: 1ª série pelos argumentos e pela sobriedade, 2º série pelo factor kitsch e pela Maya.

Space: 1999 Net, Português
Catacombs - Space: 1999 Year 2

18 agosto 2011

Rever o Espaço: 1999 (S1)

Space: 1999 - Guardian of Piri
o meu episódio preferido da 1ª série

Apesar de já ter revisto mais que uma vez o Espaço: 1999, acho que desta vez, através da RTP Memória (eu tenho os DVDs mas é mais divertido ver na TV), foi a vez que mais gostei de rever a minha série preferida. Isto vai completamente contra a ideia geral que o Espaço: 1999 envelheceu mal, OK o guarda-roupa pode ser datado (mas eu gosto) mas o resto está muito longe de o ser.

Resumidamente o meu maior prazer em rever a série é ter ficção-científica a sério. Lá porque uma série, filme ou livro se passa no espaço ou no futuro, isso não significa que seja ficção-científica a sério. A verdadeira ficção-científica encontra-se essencialmente nos livros e costuma colocar questões pertinentes e filosóficas. Todos os episódios sem excepção da 1ª série do Espaço: 1999 são assim! E o que gostei mais ainda foi o facto de muitas questões serem religiosas, ou mesmo católicas (Deus existe?), mas nunca haver uma conclusão fechada e estanque e a escrita da série é liberal o suficiente para não evangelizar nem nos dar lições de moral. Para mim é o melhor tipo de escrita narrativa, num sentido mais clássico, e foi esse o meu maior prazer, ver esses episódios que nos falam de humanidade aliados a um pouco de aventura e sim, ciência! Há também uma notória preocupação com o rigor científico e é surpreendente ver que muita da tecnologia "de ficção" de 1975 existe actualmente, mesmo que com outro design. O commlock é a melhor delas, quem me dera ter a pachorra que um fã teve, para transformar um em telemóvel! Assim talvez lhe ligasse mais!!

E os efeitos especiais?? Arcaicos? NUNCA!! Há coisas que são óbvias, como as maquetes e algumas explosões, mas líquidos, fogo e fumo sempre foram um problema por causa da escala. As pessoas que trabalharam nesta série fizeram escola nos efeitos especiais. Actualmente contam-se entre os maiores gurus da especialidade e olhando para o Espaço: 1999 em 2011, há lá coisas que ainda não se consegue perceber como foram feitas, de tão boas que são. Hoje-em-dia seriam resolvidas de forma barata e fácil com um 3D.

Não percebo a razão de traduzir e retraduzir coisas que já estão feitas, Espaço: 1999 já passou umas 4 vezes em canais portugueses e tem uma edição em DVD nacional e pelo menos 4 dessas traduções (3 na TV + 1 DVD) são diferentes. A da RTP Memória pecou por já utilizar o acordo ortográfico, enquanto ainda não é obrigatório o seu uso, e por uma clara falta de atenção em alguns detalhes facilmente pesquisáveis na Wikipedia ou nas Catacombs, outra foi dizerem "as" Águias. OK, eu sei que está mais correcto, pois "águia" ou "nave espacial" são do género feminino, mas sempre foram "os" Águias até há dois meses atrás. Eu sei, é uma picuinhice, mas são daquelas coisas que um fã hardcore estranha sempre. Mas no geral a tradução não é nada má, foi raríssimo o erro de português encontrado e a ortografia estava impecável. Os episódios também passaram numa ordem estranha, principalmente para juma fã como eu, que já está habituada à ordem de produção, a mesma respeitada pelos DVDs da Carlton.

Com isto, a Moonbase Alpha voltou a ser um sítio onde não me importaria passar uns tempos e, com sorte, ainda apanhar algum planeta ou extraterrestre de brinde!

Space: 1999 Net, Português
Catacombs - Space: 1999 Year 1

10 junho 2011

Vodafone ganha mais pontos!

Sereia Chaves

Ao longo deste blog a Vodafone tem sido provavelmente a companhia mais repetente nas etiquetas YouTube e intervalo. Ultimamente têm andado sossegados, ou com publicidades pouco marcantes, mas esta, para além de um conceito brilhante, tem HUMOR!

Adoro como Soraia Chaves brinca com a sua imagem, não se encheu de pudores para fazer esta publicidade e gosto muito de toda a produção que manteve a ideia simples e portanto eficaz! Para além disso, tenho um fraquinho por sereias...

Mais uma vez: parabéns à Vodafone por se rodear de bons criativos!

29 maio 2011

Mini Darth Vader


Este vídeo já circula na net há MESES, mas agora que anda a passar nos canais de TV nacionais, não podia deixar de o colocar aqui! Já chega de comentários, o vídeo fala por si: DELICIOSO!

27 maio 2011

Novamente na Lua

Foi com todo o prazer do mundo que soube hoje que a minha série de televisão preferida vai voltar às antenas (?) portuguesas já a partir de 2ª feira, dia 30 de Maio, na RTP Memória!

Falo de Espaço: 1999 (Space: 1999), a série icónica em que a Lua foi p'ró espaço, a dos uniformes com as mangas coloridas e calças à boca-de-sino, do Comandante Koenig (maravilhoso Martin Landau), da Drª. Helena Russel (Barbara Bain), dos Águias, dos commlocks, da decoração futurista em branco e da Maya (2ª série)!

É a 4ª reposição em canais portugueses (sem contar com o Agora Escolha), relativamente pouco tempo depois da 3ª, na SIC-Radical. HERE WE GO!



ESPAÇO: 1999 - RTP Memória

01 maio 2011

Casório Real


Há 30 anos atrás assisti ao casamento de Charles e Diana na TV, o que me foi permitido ver. Lembro-me da minha prima entusiasmada a trazer merchandising do mais piroso que há de Londres e a contar, excitada, a febre do casamento real.

Desta vez não vi merchandising ao vivo mas, graças à BBC Entertainment pude assistir ao casamento real de Wills e Kate do princípio, da chegada dos convidados menos ilustres à Abadia de Westminster (os primeiros a chegar) até ao beijo dos noivos na varanda de Buckingham Palace. Tim-tim por tim-tim!


Gostei. Gostei muito! Tudo neste casamento foi extremamente bem pensado, tendo em conta todos os factores adversos: Kate ser plebeia, a realeza britânica já não ter a popularidade e imagem imaculada que tinha, a descontração a que os tempos modernos obrigam, a crise económica mundial.

Claro que houve pompa e circunstância, se não houvesse não seria um casamento de um membro tão importante da casa real britânica. Wills é o 2º pretendente à coroa e a realeza britânica é provavelmente a mais popular no mundo inteiro, para além de os ingleses, mesmo queixando-se, adorarem todo este espectáculo. A fotografia oficial do noivado é de Mario Testino, um dos melhores fotógrafos de moda do mundo, a igreja foi decorada com árvores (áceres) em vez de arranjos de flores que iriam inevitavelmente parar ao lixo, o vestido, embora extremamente sóbrio, foi desenhado por Sarah Burton, para a Casa McQueen, a ex-assistente de Alexander McQueen e a actual designer principal. Dentro do protocolo todos pareciam à vontade, principalmente o Príncipe Harry que estava claramente a meter-se com o irmão e com o avô e outros parentes durante a cerimónia, até os acenos robóticos de Lady Di foram substituídos por uns acenos mais leves e sinceros de Kate e por vezes até esfuziantes de Wills. São Pedro enviou o granizo para Benfica e os noivos puderam desfilar no Landau descapotável em vez do coche que ficou para  Rainha. O beijo, embora discreto, foi natural, e melhor: houve dois! Por fim os três aviões da II Guerra Mundial, um Lancaster, um Spitfire e um Hurricane, aviões com 60 anos, a saudar o casamento e os noivos foi maravilhoso! Sempre gostei muito do Spitfire, vi um exemplar pendurado no Museu da Ciência em Londres (é pequenino!) mas nunca pensei em ver um a voar, mesmo que na televisão! Fantástico!!


Nem me passou pela cabeça ver o casamento pelos canais nacionais tendo acesso à BBC. Toda a filmagem foi muito equilibrada, nada chata, câmaras por todo o lado, sendo as da igreja controladas por controle remoto, viu-se tudo o que interessava no momento em que interessava, os comentadores eram gente que sabia extremamente bem do que estava a falar, não houve disparates e até foi bem simpático e divertido, especialmente as entrevistas de Fearn Cotton, uma locutora de rádio inglesa muito popular, às pessoas que aguardavam o beijo real.

E às 13h30, à hora de ir almoçar, estava tudo despachado!

17 março 2011

*WAN

GLEE, 2ª série, episódio de Natal. Ouvem-se os primeiros acordes de Last Christmas e Rachel diz a Finn que essa é a sua canção de Natal preferida, dos WAN!

Credo! O tradutor(a) deste episódios deve ser mesmo mesmo mesmo mesmo mesmo muito novinho/a e nunca ter comemorado o Natal, para não saber que existia uma banda algo pirosa nos anos 80 chamada Wham!, que criou este super-êxito-natalício-de-centro-comercial. Não, essa pessoa passou ANOS enfiada numa redoma e escapou à tortura natalícia consumista dos tempos modernos! Como??? Gostava muito de saber!

Wham!

08 março 2011

5 gajos bons 2011

Desta vez um bocadinho atrasada, mas para anti-comemorar o dia da mulher cá vão os 5 gajos bons da nossa TV deste ano. Como ando a ver relativamente pouca TV, há uma série repetida, bastante sangue italiano, mas eles são giros na mesma!

1. David Tennant
Continua a ser o meu campeão, continua lindo apesar de já não estar a fazer o Doctor Who, mas a série continua a passar nos ecrãs em Portugal, tal como no Syfy.




2. Milo Ventimiglia
Já tinha babado para o moço em Gilmore Girls, mas em Heroes, com maior protagonismo (= mais horas no ecrã) como Peter Petrelli e mais maduro já dá para engarrafar a baba...




3. Gary Sinise
Este senhor continua a espalhar carisma no C.S.I NY e eu continuo a cair para o lado com aquele olhar. Pontos para Sinise, sim senhor!





4. Patrick Dempsey
Não vejo Grey's Anatomy (demasiado série de gajas para o meu gosto) mas de vez em quando, num zapping ou outro, lá babo um bocadinho para Patrick Dempsey que merece!




5. Carmine Giovinazzo
O segundo estreante desta lista, mas que já me tem chamado a atenção há uns aninhos como Danny Messer em C.S.I. NY. Acaba sempre um pouco ofuscado pelo Gary Sinise, mas não deixa de ser um jeitoso!

28 fevereiro 2011

*luxúria

A primeira vez que ouvi esta palavra mal utilizada foi quando a irmã do moço que matou o Carlos Castro se referia ao estilo de vida que ambos levariam em Nova Iorque. Dadas as circunstâncias, o significado real encaixava e deixei passar. Mais recentemente, na legendagem de Kochi Kame (uma série de anime a dar no canal Animax) apanhei o mesmo mal-entendido.

O que acontece é que as ditas pessoas, para se referirem a excesso de luxo, têm empregue a palavra luxúria, mas pelos vistos não frequentaram a catequese (eu não frequentei e sei!) e não decoraram os sete pecados mortais! Luxúria é sensualidade, lascívia, no sentido mais erótico e sexual que se possa pensar; luxo, por sua vez, é ostentação, é excesso.

No primeiro caso, teria de perguntar à moça a que se queria realmente referir quando empregou diversas vezes a palavra luxúria, enchendo muito a boca (a luxúria realmente pode encher muito a boca...). Mas no segundo caso, em que a personagem se referia a uma vida de luxo, a palavra luxúria está realmente muito mal empregue, até porque, mesmo que por vezes seja atrevida, Kochi Kame não é suposto ter uma conotação sexual ou erótica forte.

luxúria
luxo

83 Oscars (aborrecidos)

Este ano não estou com grande paciência para longos posts acerca dos Oscars, talvez por terem sido bastante aborrecidos e previsíveis, sem grandes momentos de emoção.

Hilary Swank em Gucci, Helen Mirren em Vivienne Westwood
e Natalie Portman em Rodarte

Concentrando-me na passadeira vermelha, este ano foi mais interessante que nos anteriores, uma vez que houve algumas mudanças nas tendências. Muito vestido de manguinha curta, poucas jóias, muito rabo-de-cavalo, muito azul, lindíssimo azul, tafetás e brilhos. No geral achei todos os vestidos que vi muito interessantes, excepto o da Nicole Kidman, mas no caso dela acho que nem era bem o vestido, era geral. Ela estava com um ar miserável, de quem tentou disfarçar com maquilhagem. Infelizmente Nicole Kidman perdeu toda a frescura que tinha com maquilhagens exageradas e abandonando os seus fabulosos caracóis ruivos. Mas é lá com ela, deve achar-se bonita assim... Apesar de aparentemente ter feito sucesso nas comunidades fashionistas, também não apreciei muito do vestido de Cate Blanchett apesar de ela o vestir fabulosamente bem! Os meus favoritos da noite foram Hilary Swank, com um vestido brutal cinzento claro, num degradé de lantejoulas e cristais para plumas de avestruz, de Helen Mirren, num tafetá cinzento escuro magnífico, com uns ombros bem interessantes e Natalie Portman, fantástica num drapeado cor de vinho. Quem diz que é difícil vestir grávidas?? Em geral acertam sempre nestas coisas. Aliás AMEI o vestido de Portman nos Golden Globes! Gostei do dourado de Gwyneth Paltrow, do assimétrico da mulher de Mark Ruffalo, dos vermelhos de Scarlet Johansen e Sandra Bullock, do vestidinho de princesa de Hailee Steinfeld e da liga com a Union Jack de Helena Bonham-Carter (ela tinha ameaçado ir embrulhada numa Union Jack!). Nos homens: laços. Gostei especialmente do de riscas preto e branco de Coppola.

Ganhou Alice no guarda-roupa, de Coleen Atwood (merecido! mas previsível); Christian Bale, em The Fighter (dispensava o barbum, mas ele merece!); Natalie Portman, em Black Swan (yaaaaaaYYY Natalie!!!) e Colin Firth, em The King's Speech (merecia mais o ano passado mas continua a ser mais que justo!). Torci por todos eles, todos venceram. Houve a f-word pela PRIMEIRA vez nos Oscars (heheee, Melissa Leo!), Florence Welch dos Florence and the Machine, e Gwyneth Paltrow cantou!

James Franco não serve para estas andanças, Anne Hathaway é fabulosa e, dentro do possível, foi ela quem aguentou a apresentação da cerimónia. Kirk Douglas ainda rula! Vivam os velhotes de Hollywood!!

Oscar

__________
ERRATA: O vestido de Helen Mirren não é Fitriani, fui induzida em erro pelo próprio site dos Oscars, mas no FaceBook de Vivienne Westwood vem que é Vivienne Westwood Couture, o que faz todo o sentido, é bem coisa para sair das mãos de Vivienne!

26 fevereiro 2011

*corpete

Mas o que é que a palavra corpete tem de errado? Tudo, quando o que foi dito no original foi corsage!

Basicamente quem traduziu tal disparate nunca deve ter visto um filme de adolescentes/escola secundária norte-americano na vida!!! Gostava de saber em que redoma viveu! O disparate aconteceu sim num filme de adolescentes, chamado qualquer coisa como Revolta! (é com o Jeff Bridges e não lá muito mau).

Corsage realmente pode ser corpete (o termo mais utilizado é corset), mas no caso concreto é o ramalhete de flores que as meninas norte-americanas levam no pulso, oferecido pelo seu par, para os bailes de finalistas. E era esse mesmo o caso! Nem sequer imagino um adolescente oferecer ao seu par no baile um corpete em público! (HA HA HA HA HA!) Se o erro aparecesse uma só vez, até poderia ser uma branca ou distracção do tradutor(a), mas não, ao longo do filme fala-se no assunto umas 3 ou 4 vezes e foi sempre traduzido por... corpete!

corsage
ramalhete
corpete

20 fevereiro 2011

Ninguém dorme!

Gosto do formato do Portugal Tem Talento, mas, caramba!, já chega de Nessun Dormas! É verdade que foi a canção/ária que colocou Paul Potts no mapa, no programa gémeo britânico, mas há muitíssimas mais árias para tenores, igualmente românticas e dramáticas para tentar impressionar o júri! Aliás é o que mais há... Só eu, que não tenho visto o programa com atenção, já contei dois a cantá-la. Achei mais piada ao que cantou a Granada. Pelo menos foi original.

Mas gosto de o programa ser informal, de parecerem as audições na Sociedade Recreativa lá da terrinha, de a Bárbara Guimarães parecer uma pessoa e não um autómato. É um programa ligeiro de variedades, bom para um domingo à noite.

Portugal Tem Talento

03 fevereiro 2011

Cisnes e sapatilhas


Se há filme que poderia ser a sequência ou o remake mais distorcido da história do cinema de The Red Shoes é Black Swan! Antes de ver Black Swan já desconfiava, os sinais estavam lá todos, o que não sabia é que o patamar de qualidade é equivalente, com uma visão moderna do tema, de filmar, de ver.

Os paralelismos são mais que os óbvios: ambos os filmes utilizam a metáfora de um conto de fadas, transposto para bailado (se bem que as origens de ambas as histórias são bem diferentes) para recontarem o que a metáfora original propunha ensinar. Também é sabido que os contos de fadas são uma forma económica de dar às crianças lições de vida, portanto, neste tema fico-me por aqui. Depois há o tema comum, o mundo cruel do ballet como microcosmos de escolhas de vida. A obsessão das protagonistas com o ballet, o desfecho a que as leva a obsessão. O grafismo promocional semelhante, simples, de cores planas, directo na abordagem e com uma estética parecida, variando na escolha das cores, naturalmente. E por fim no modo de filmar.

Aronofsky é mais arrojado, moderno, claustrofóbico, mas Michael Powell e Emeric Pressburger, quando a narrativa assim o exigia, também o foram em Red Shoes. Há planos e cenas em The Red Shoes de uma inquietude em tudo semelhante a Black Swan e notei várias "citações" ao filme de Powell e Pressburger enquanto via o filme. Apenas numa coisa divergem, Red Shoes é mais lento no desenrolar, e o próprio tempo da história se estende muito mais que em Black Swan. Em The Red Shoes passam-se anos em Black Swan, meses. Black Swan também se concentra mais na personagem de Nina, como se de uma grande angular colada a ela se tratasse, é talvez o seu salto para a modernidade. The Red Shoes "mostra" mais, é mais descritivo, não deixando de ser tão intenso e emocional como Black Swan.

Outro paralelismo engraçado é o facto de The Red Shoes ser um dos mais belos exemplos do technicolor e de Black Swan, para além de a cor ainda ser tratada pela empresa Technicolor, ter sido visto por mim em cópia digital, límpida, impecável, de ser um exemplo a seguir do bom uso para uma cópia digital...

O certo é que Aronofsky deve ter visto The Red Shoes vezes sem conta, e, para mim, esta é uma sentida e merecida homenagem a um dos meus filmes preferidos de sempre... e mais que à altura!! A-DO-REI!

The Red Shoes (IMDB)
Black Swan

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31 janeiro 2011

You Only Live Twice, or so it seems...



You Only Live Twice - John Barry, cantada por Nancy Sinatra
o raio do YouTube não me deixa fazer embed do vídeo

É com enorme tristeza que assinalo a morte do grande John Barry, o eterno compositor das maravilhosas bandas-sonoras dos filmes de James Bond. You Only Live Twice é uma das minhas favoritas e fica aqui como desejo para John Barry.

BBC Archive - James Bond - For Your Ears Only

27 janeiro 2011

Pausa para almoço

13h30, dia de semana, sintonizo o MOV (HD - tenho de aproveitar o ecrã panorâmico), mais um episódio de Heroes. Pois é! Estou finalmente a ver Heroes!! Para uma fã de ficção-científica como eu, até parece pecado ainda não ter visto a série! E estou a gostar... bastante! É agora a minha telenovela da hora do almoço...


É certo que não tem os diálogos acutilantes de Doctor Who ou mesmo de Sherlock (sim sou completamente tendenciosa e a ficção televisiva britânica é provavelmente a melhor do mundo) mas a premissa é fabulosa, lembra muito certas premissas de séries de anime, de gente normal com super poderes. Sim, e também já está muito visto em X-Men, que é naturalmente a primeira comparação que vem à cabeça quando se fala em Heroes, mas não vale a pena comparar, Heroes vive por si só e merece o êxito que tem tido.

Ainda estou no princípio-princípio, portanto não sei o que provavelmente já toda a gente sabe (consegui manter-me longe de spoilers) mas até agora gosto de todos os Heroes, até mesmo os "vilões". A série tem aquele lado soturno-misterioso de narrativa desconstruída, que se tem tornado muito popular ultimamente nas séries norte-americanas, mas que até agora só contribuiu para afiar a curiosidade. Acho piada ao japonês se chamar Hiro, que para um japonês soa exactamente igual à palavra hero! Mas quem realmente merece o meu destaque é Milo Ventimiglia, Peter Petrelli na série, que já conhecia como Jesse em Gilmore Girls e que é BOOOM (apesar de baixinho...) !!!

Ui! Está quase na hora!

Heroes

Não achei necessário fazer novo post para isto, mas Heroes está CHEIO de referências à BD, ficção-científica, e outras fontes de inspiração óbvias. Passo a enumerar algumas das que reparei:
  • o pai de Hiro é nada mais que o Mr. Sulu, ou melhor George Takei, o actor que interpretou Mr. Sulu em Star Trek;
  • a matrícula do carro do pai de Hiro é NCC 1701, soa familiar?;
  • o 9th Doctor é um dos "heroes", bom, Christopher Eccleston, o actor que interpretou o 9th Doctor em Doctor Who, faz de "herói invisível";
  • Stan Lee faz mais uma das suas pequenas participações, como condutor do autocarro que Hiro apanha para Las Vegas;
  • Malcolm MacDowell faz de mega-vilão, Mr. Linderman;
  • já para não falar, mas aí o percurso foi inverso, que Sylar (Zachary Quinto) é o novo Mr. Spock!
  • Quinn Fabray a fazer de... Quinn Fabray! (antes do GLEE)

Se topar mais alguns com interesse, eu acrescentarei a esta lista.

22 janeiro 2011

Sexy boy

AXE Excite

A AXE tem uma tradição de boas publicidades, mas já há alguns aninhos que não faziam uma tão boa! A conjugação é perfeita: anjos, Itália (só podia ser em Itália), vespas, bons efeitos especiais, bonita "paisagem", e sim, uma versão "coro angelical" de Sexy Boy dos AIR, simplesmente uma das minhas músicas preferidas! DIVIRTAM-SE!!

17 janeiro 2011

Loira completamente BURRA!

Brittany S. Pierce

Estou com Joss Whedon nesta: Brittany é a personagem mais fixe de Glee! A partir do momento que o grande trauma da vida dela é se chamar Brittany S. Pierce e por causa disso viver na sombra da Britney Spears...

Brittany fala pouco, mas sempre que abre a boca, de lá saem pérolas de sabedoria semelhante:
So, Hairography. It works best when you pretend like you're getting tasered. So you just move your head around and pretend like you're spazzing and stuff. You guys, it's like cool epilepsy.
Portanto, Cabelografia. Funciona melhor quando finges que estás a apanhar um choque. Portanto mexes a cabeça e finges como se estás a ter um ataque e assim. Pessoal, é como epilepsia fixe.

Sometimes I forget my middle name.
Às vezes esqueço-me do meu nome do meio.

Did you know that dolphins are just gay sharks?
Sabias que os golfinhos são apenas tubarões bichas?

I'm pretty sure my cat has been reading my diary.
Tenho a certeza que o meu gato anda a ler o meu diário.

This room looks like the one on that spaceship where I got probed.
Esta sala parece-se com aquela na nave espacial onde fui sondada. [no dentista pela primeira vez na vida]
Mas, tenho mesmo uma relação complicada com pop-pastilha-elástica, nem o Glee conseguiu salvar as canções de Britney Spears e definitivimente a única que escapa é Toxic (dessa eu gosto!).

Glee

11 janeiro 2011

Júlia Pinheiro X Fátima Lopes


Já fiz aqui um elogio à Júlia Pinheiro, não me vou alargar com isso, o certo é, gosto da Júlia Pinheiro, detesto a Fátima Lopes. Mas o que nunca aqui escrevi são as razões porque detesto a Fátima Lopes. Acho-a sonsa, lamechas, pretensiosa, falsa, irritante e palerma. Chega?

Achei curioso o que se passou nas últimas semanas com estas duas apresentadoras. Primeiro percebi que a Fátima Lopes foi parar à TVI (por aqui se percebe o quanto eu vejo estes programas) e pensei: "finalmente ela está num canal a condizer com ela.", sendo a TVI um canal que vive de expedientes como reality shows. Depois vejo o anúncio do regresso de Júlia Pinheiro à SIC e pensei: "volta Júlia, que estás perdoada!", pois a SIC, sendo um canal mais descontraído, proporciona-se mais ao bom humor com uma pitada de irreverência de Júlia Pinheiro.

Resumindo, a única vez na minha vida que segui fielmente algum desses programas de variedades para entreter donas-de-casa, foi quando a Júlia Pinheiro apresentava o SIC 10 Horas. Ao contrário da grande maioria desses programas (e foi um dos primeiros) era um programa tudo menos lamechas, não vivia de explorar os desgraçadinhos e ainda incentivava de uma forma positiva o artesanato, ilustres desconhecidos com histórias interessantes para contar e pessoas com actividades criativas. Sim, tinha um cariz popular, mas desses programas quer-se isso, conteúdos para o povo. O que nunca suportei nos programas da Fátima Lopes, e por acréscimo da Rita Ferro Rodrigues e tais, é a exploração constante das tricas, do falar da vida dos outros, das desgraças alheias de uma forma que a única ajuda que em geral sai desses programas é meramente material. Existe o velho e conhecido ditado que "o dinheiro não trás felicidade" (mas ajuda). Não será mais construtivo ensinar as pessoas a melhorar as suas vidas em vez de lhes oferecerem electrodomésticos? Na grande maioria dos casos o que essas pessoas precisam é de saírem da ignorância em que a nossa sociedade de "gente-que-nasce-ensinada" as coloca.
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