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23 maio 2005

Mais uma Saia Justa

Com o recomeço do fantástico talk show do GNT, Saia Justa, tive uma necessidade enorme de escrever para lá, aqui fica o que enviei às meninas:

"Apesar das saudades que me deixaram Marisa Orth, Fernanda Young, Marina Lima e Rita Lee, é com todo o prazer que vejo regressar a nova Saia Justa ao GNT em Portugal!

Envio aqui os meus votos a cada uma das meninas:
Mônica, bem-vinda de volta, conto com o seu bom senso para continuar a ser um programa fantástico.
Betty Lago, sou sua fã desde a novela Quatro por Quatro até dei o nome de Bibi à minha gata mais velha. É com enorme satisfação que tenho a possibilidade de conhecer melhor o seu lado pessoal.
Luana Piovani, apesar de (também) ser uma modelo que se tornou actriz, desde que a vi pela primeira vez na minissérie Sex Appeal que fiquei fascinada, mas acho que a sua vocação é a comédia. Aliás, actores que fazem bem comédia só podem ser pessoas inteligentes (isto também se aplica à Betty).
Márcia Tiburi, não a conheço nem sei o que faz fora do programa, mas seja muito bem-vinda a entrar também pela minha sala.

Amei o cenário novo, é muito exótico e invulgar e, apesar de ficar sempre alguém de costas, achei super aconchegante e eficaz.

Beijinhos a todas!"

http://globosat.globo.com/gnt/programas/programa_new.asp?gid=51

GNT
5ª, 16:30
2ª, 13:30

Gatos animados



Ao por a gravar a, definitivamente excelente série, Clone Wars ao fim-de-semana de madrugada também gravei um daqueles anime a que, quem diz que anime são as séries que passam na SIC-Radical, nunca diria que é anime. Para sua informação o anime tem uma multitude gigantesca de géneros e públicos, o anime para crianças pequenas é um deles.

A série chama-se, na sua versão reeditada pelos americanos, Tama and Friends. Mas também me parece, em grande parte dado ao conteúdo com poucas razões para a conservadora censura americana pegar, que pouco ou quase nada foi alterado fora um ou dois nomes e os genéricos.

A série é, definitivamente, para um público infantil e as histórias são bastante simples e pedagógicas, mas o que me chamou a atenção foi o facto de os gatos, protagonistas da série, serem fa-bu-lo-sos para fazer T-shirts! Confesso que sou parcial, adoro gatos, mas estes são mesmo giros! O mais fixe é quando estão sentados, ficam com a palma das patas de trás viradas para a frente! Irresistível!!

http://www.tamaandfriends.tv/
http://www.sonymusic.co.jp/MoreInfo/Chekila/Tama/index.html (site oficial japonês)
[obrigada pelo link Ru-ru chan, não o tinha conseguido achar]


SIC
sáb. e dom., algures entre as 6:45 e as 9:00

Escola Secundária

Se há séries em que a SIC-Radical acertou foi nas séries de Escola Secundária. Ainda não tinha percebido, mas eles estão a repetir uma delas: Freaks and Geeks.

Desde a estreia de Beverly Hills 90210 - a primeira série era bastante invulgar na época, todos os protagonistas eram brancos, ricos e bastante fúteis o que fugia aos padrões vigentes, baseados em estereótipos: o capitão da equipa, a loira burra, o gordo, o geek, etc. - que não ficava tão surpreendida com uma série do género até chegarem estas duas.

A primeira foi Popular, cujo conflito principal era entre loiras e morenas, com o objectivo da popularidade versus intelectualidade, sendo que as respectivas chefes e rivais, Brooke McQueen e Samantha 'Sam' McPherson tinham de partilhar a vida privada como meias-irmãs devido ao casamento do pai da primeira com a mãe da segunda. Mas quem me ficou verdadeiramente na memória era a hilariante, loira burra (e milionária) Mary Cherry! Mary Cherry, como o próprio nome indica era o exagero a todos os níveis, mas com os disparates que dizia ou a habilidade (e originalidade) com que resolvia os problemas eram demais! Era o cúmulo da futilidade e a actriz, Leslie Grossman, tem talento para comédia desbragada. A série intercalava o seu tom principal de comédia com algumas histórias mais sérias e profundas que abordavam temas como leucemia, bulimia, homosexualidade ou solidão com bastante inteligência sem perder o interesse. Pena que não teve popularidade suficiente para haver mais seasons, mas, segundo li na net, foi principalmente porque foi substituir uma série com demasiada popularidade, mas para um público-alvo diferente e também porque não foi suficientemente propagandeada (até parecem as séries portuguesas).

A segunda é, então, Freaks and Geeks, com a qual me identifiquei, pela primeira vez, quase a 100%. Talvez porque também estive no ciclo e na secundária nos anos 80, porque sempre tive preferências mais alternativas e nunca fui conformada, acabei por viver um pouco situações semelhantes. O guarda-roupa, a caracterização das personagens, os pequenos (às vezes não tão pequenos) actos de rebeldia contra o sistema e os pais, o facto de não serem personagens estereotipadas e todas as referências pop que foram as mesmas (mesmo com os atrasos a chegar cá), todos esses foram ingredientes suficientes para me identificar, seja porque os vivi ou os testemunhei. Mas uma das maiores qualidades da série foi não pegar nos habituais grupinhos populares, mas sim, como no título, nos marginais/marginalizados nas hierarquias das escolas.

http://www.imdb.com/title/tt0202748/ (Popular)
http://www.freaksandgeeks.com/home.shtm (Freaks and Geeks)

NOTA: Pois é, não sei exactamente quando dá Freaks and Geeks, vi parte de um episódio, domingo à tarde, antes de Stargate. Estive à procura no site da SIC-Radical e, como também não me lembro do título em português e a única coisa que estava lá nesse horário (chamada Nova Geração) tinha o link mal feito, continuo sem saber o horário.

20 maio 2005

O eterno esquecido...

Como é que é possível que se tenham "esquecido" de novo de creditar o James Earl Jones (a famozérrima e mais-que-imitada voz de Darth Vader) no Episódio III??? Ele até fez de Deus nos Simpsons!

Depois de ter sido esquecido no primeiro Star Wars (Episódio IV) e mais tarde terem acrescentado o nome ao genérico, agora voltaram a esquecer-se? Só se eu não vi, mas bem que procurei o nome dele no genérico... Isto leva-me a levantar inúmeras teorias da conspiração, mas a mais simples é que o Lucas ou alguém na hierarquia não gosta dele...

Será que enfiaram o David Prowse no fato de novo e também resolveram não pôr o nome? Ele ao menos foi creditado no Episódio IV.

Ah! As distribuidoras portuguesas voltaram a fazer o disparate de porem o texto inicial em português! MAS PORQUÊÊÊÊÊ???

http://www.starwars.com

18 maio 2005

O outro lado da força


Com a estreia amanhã do Episódio III de Star Wars lembrei-me de comentar a série de desenhos animados, Clone Wars, que está a dar, algures de madrugada, na SIC e que já deu na Cartoon Network. Por causa do horário só vi recentemente, e por acaso, um episódio, mas já tinha visto imagens e sabia, em traços largos, a narrativa principal.

A história passa-se algures entre o Episídio II e III, quando Anakin Sywalker ainda é um padawan, já perdeu o braço, mas ainda não passou para o lado negro da força. Gostei muito do character design, é bastante interessante e invulgar para os americanos, mas também é feito por ninguém mais do que Genndy Tartakovsky que ganhou fama com as Powerpuff Girls e Dexter's Lab. A animação não tem defeito, mas também, hoje-em-dia isso é difícil, e ainda bem! Infelizmente, por um episódio não deu para avaliar o todo e tenho pena que uma série destas passe às horas que passa.

Quanto à dobragem (questão fundamental para mim), apesar de eu ser contra, percebo porque ela existe melhor do que percebo a hora a que a série passa, não tenho grande defeito a apontar apesar de estranhar um pouco um universo, que me é muito próximo há bastantes anos estar, de repente, em português... parece que estamos a ver a publicidade do Cola Cao ao ouvir o Yoda falar.

É daquelas séries que deveria ser bastante mais respeitada!

Citando Obi-Wan Kenobi: "May the force be with you!"

http://www.starwars.com/clonewars/

SIC
sáb. e dom., algures entre as 6:45 e as 9:00

13 maio 2005

Tudo o que é em demasia, enjoa!

Tenho escrito muito acerca das produções brasileiras da Globo, e é verdade que gosto, mas ultimamente até eu acho que a SIC anda a exagerar! Lógico que não posso criticar o GNT por isso, lá faz todo o sentido que a produção seja brasileira.

Se formos a reparar na programação da SIC temos novelas/séries brasileiras nos dias de semana das 16:30 às 20:00, depois das 21:30 às 23:30 (com variações no horário) e aos fins de semana ainda o Sítio do Picapau Amarelo algures de madrugada, ao sábado também das 21:30 às 23:30 e agora até ao domingo (dia que tinha passado incólume do sotaque brasileiro) inventaram de pôr episódios da nova série Mad Maria!

O pior é que vão repôr, muitíssimo pouco tempo depois de ter dado pela primeira vez, a novela Chocolate com Pimenta. Eu adorei essa novela, era engraçada, colorida, tinha romance, comédia e intriga bem doseados, boas performances dos actores e passava-se nos anos 20 o que a torna um pouco exótica e charmosa. Também a combinação de chocolate com pimenta me parece apetitosa, mas repetir uma novela tão cedo? Será que a SIC não arranja mais nada para progamar?

E estou a achar Como uma onda uma grande seca...

Nova leva de anime

Como fã de anime que sou, não podia deixar de prestar alguma atenção aos recém-estreados na SIC-Radical.

Dos 5 que estrearam, 4 foram produzidos pelos estúdios Gonzo, que desde Ao no 6-go [Submarino Azul nº 6], se especializaram em anime com CGI (Computer Graphic Images). Enquanto que em Ao no 6-go ainda se limitavam a excelentes sequências em 3D para um resto de animação dentro de moldes mais convencionais, hoje-em-dia também se adoptou "pintar" a animação a 100% em computador. Este novo método de pintar não só embaratece e acelera a produção como nos proporciona ambientes gráficos mais elaborados e ricos. Estes 4 anime usufruem, e muito bem dessa vantagem.

Embora todo este avanço técnico seja um elemento muito apelativo nos mais recentes anime, a narrativa tem vindo a perder em qualidade e empatia e a ficar "americanizada", o que me fez, lentamente, ir desinteressando pelos anime mais recentes e continuar a apreciar os mais antigos, apesar da animação ser um pouco mais rudimentar.

Então os anime, um-a-um, pela ordem a que passaram no sábado passado (sim, houve falhas na programação):

Last Exile
A situação passa-se em ambiente de guerra em que dois adolescentes, Claus e Lavie, são correio num avião/nave. Como curiosidade os escritos (nomes das naves, etc.) são em grego, o que vem continuando uma tendência de variar os escritos em língua estrangeira que eram apenas em inglês, nos anos 80 e 90. No final dos anos 90 começaram a aparecer primeiro em francês e mais tarde em alemão, é engraçado ver como os japoneses integram a sua visão da cultura ocidental nos seus produtos. A música é engraçada e este anime deixou-me alguma curiosidade para continuar a ver.

Hellsing
Acho que de todos foi o de que mais gostei. Apesar da história muito simples e óbvia: Alucard é um vampiro que caça outros vampiros para a organização Hellsing. Gostei da voz de Alucard, uma daquelas clássicas vozes masculinas de anime vindas "da tripa", da personagem da chefe (Integra Hellsing), uma mulher determinada mas perturbada com algo e também da pistola de Alucard (apesar de gostar mais de armas brancas face a armas de fogo).

Najica
Este é o único anime que não pertence aos estúdios Gonzo e tem um visual mais clássico com cores mais vivas e menos efeitos. De todos foi o anime de que gostei menos, Najica é uma espécie de James Bond barato de minissaia com direito a muitos, demasiados, panty shots gratuitos! Não há pachorra!

Kiddy Grade
Do conjunto era o anime a que tinha reparado mais anteriormente. É ficção-científica com gajas: Lumiére e Éclair são duas adolescentes agentes de uma organização de defesa convenientemente chamada GOTT (Deus em alemão). Tem bastante acção e, nos misteriosos poderes de Éclair, deixou curiosidade suficiente para querer continuar a ver.

Zaion
Vá se lá saber porquê, este anime, no original, chama-se i- wish you were here- e "traduziram" para Zaion... enfim, há coisas que nem o diabo explica...
A história consiste numa elite militar que tem, no organismo, nanomáquinas que se transformam em armadura e que combate um virus extraterrestre mortal. Há uma rapariguinha aparentemente apática que, na realidade, é um arma secreta. Não me impressionou, até achei a qualidade abaixo da média para esta produtora, também não gostei do excesso de informação logo no primeiro episódio, entre prestar atenção à imagem, ler as legendas e digerir tanta informação, acaba se perdendo alguma coisa...

No geral achei o conjunto fraquinho, continuo a achar que a SIC-Radical gastou os cartuchos todos com a primeira leva de anime e que agora é complicado manter-se à altura. Lógicamente não falo de anime "vintage", isto é, de Urusei Yatsura [Lum] ou Lupin the 3rd, falo de anime recentes (do final dos anos 90 para cá).

Também tenho pena de serem todos muito ao mesmo estilo e com um character design demasiado parecido, apesar de gostar imenso de ficção-científica e de terror (facto que me faz ser mais exigente).

http://www.gonzo.co.jp/
http://www.gonzo.co.jp/english/titles/0303.html (Last Exile)
http://www.gonzo.co.jp/english/titles/0102.html (Hellsing)
http://www.mediafactory.co.jp/anime/najica/ (Najica - em japonês)
http://www.gonzo.co.jp/english/titles/0202.html (Kiddy Grade)
http://www.gonzo.co.jp/english/titles/0104.html (i -wish you were here-)

SIC-Radical
2ª a 6ª, 02:30, 19:00
sáb., 09:30-11:30 (compacto)
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