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11 março 2024

96 Oscars... "Cala-te Mário Augusto!"

Este ano não tenho foto. Apesar de haver vestidos exóticos ou chamativos na Passadeira Vermelha, nenhum me cativou por aí além. Menção honrosa para Carey Mulligan e Anya Taylor-Joy, pelos vestidos clássicos "diorescos" (o da Anya era mesmo Dior, o da Carey não sei.

Este ano, para variar, vi 4 dos filmes nomeados, o que é uma grande diferença para anos anteriores em que, em média, não tinha visto nenhum. Esses filmes foram, por ordem de visionamento, Barbie, Napoleon, The Boy and the Heron e Poor Things. Pelo que estava com boas expectativas para a cerimónia. 

O problema está nas TVs portuguesas, que é rara a vez em que não tem uns idiotas a fazer comentários desajustados em cima da cerimónia. A excepção vai para a SIC, que colocou os idiotas no canal generalista, enquanto transmitia em simultâneo a cerimónia na SIC Caras, limpa de idiotices. Foram as únicas vezes em que fomos poupados! Nessa época pudemos inclusive ver os Golden Globes, que infelizmente não regressaram aos canais nacionais. 

Mário Augusto prometeu não falar em cima da cerimónia e não cumpriu! Para variar, continua a falar um inglês deplorável, continua a não saber a nomenclatura correcta das diversas funções no cinema em português e demonstrou mais uma vez a sua ignorância em relação a todo o cinema que foge um bocadinho ao mainstream e uma aberrante falta de respeito pelos nomeados/premiados: 

  • menosprezou Godzilla Minus One e o seu prémio pelos melhores efeitos especiais, falando por cima dos discursos de aceitação e ainda por cima reduzindo o filme a não merecedor (todos sabemos que a ficção científica não é cinema a sério, né?);
  • falou por cima da canção Whazhazhe, de Killers of the Flower Moon (racista!)
  • chamou "edição" à montagem e "editora" à montadora Jennifer Lame, de Oppenheimer, para além de falar por cima do discurso dela;
  • mandou uma série de bitaites desinteressantes por cima da canção vencedora inteirinha, What was I Made For?, de Billy Eilish e Finneas O'Connell;
  • não se calou nos discursos de Melhor Filme, principalmente o de Emma Thomas, a produtora (misógino!);
  • não deixou ouvir muitos outros discursos vencedores, principalmente nos filmes ou categorias que não entram no seu gosto pessoal, básico e extremamente limitado. Ah! E claramente não viu quase nenhum dos filmes. 
Tenho a certeza que a lista de ofensas continua, mas preferi não apontar. No 'drinking game' virtual que fiz no feicebuque, bebi 14 martinis 🍸, acho que isto é dizer muito! Mais valia, RTP,  não porem lá ninguém! 

Isto tornou uma das melhores cerimónias dos Oscars dos ultimos anos no programa mais irritante possível! Se eu o apanhasse à minha frente, dava-lhe um chapadão na cara!  CALA-TE!

Pequena nota positiva para o discurso atrapalhado mas emocional de Emma Stone, o prémio para o qual eu estava a torcer mais, incluindo o fecho do vestido a rebentar na cintura. Outra para o número da canção I'm Just Ken, directamente inspirado no segmento Diamonds Are a Girl's Best Friends, de Some Like it Hot (com Marilyn Monroe), que incluiu os Kens, incluindo o Doctor Ncuti Gatwa, John Cena a apresentar o Oscar para melhor Guarda Roupa apenas com o envelope e depois um lençol e, por fim, o único discurso que mencionou a guerra na Palestina, apesar dos pins de cessar-fogo, de Jonathan Glazer, realizador de The Zone of Interest (Melhor Filme Internacional) ao comparar o seu filme à situação na Faixa de Gaza.

E este ano um dos filmes vencedores, The Boy and the Heron, Melhor Longa de Animação, foi traduzido por mim, para português! Já posso pôr no currículo! 

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