TV-CHILD É UMA DESIGNAÇÃO QUE SE PODE DAR À MINHA GERAÇÃO, QUE CRESCEU
A VER TV. ESTE BLOG É 90% SOBRE TV, 10% SOBRE OUTRAS COISAS.

05 outubro 2005

Mudança radical

Ser director de programas, de canal público ou cabo, deve ser uma tarefa complicada. Há que conciliar diferentes interesses que muitas vezes não estão em sintonia: interesses pessoais, do canal de televisão, do público, dos distribuidores, etc. Portanto, apesar de não concordar com muitas das decisões dos directores de programas dos canais nacionais, não me acho no direito de dizer mal de nenhum deles.

Com isto tudo a saída de Manuel da Fonseca do cargo de director de programas da SIC e a ascenção de Francisco Penim dessa posição na SIC-Radical e SIC-Comédia para a SIC é, no mínimo, uma lufada de ar fresco. Nunca desgostei de Manuel da Fonseca, já o conhecia por escrever as famosas folhas da Cinemateca Portuguesa, antes da sua entrada na SIC, mas confesso que é capaz de Francisco Penim ser mais adequado e flexível para a função.

Manuel da Fonseca começou discreto e sóbrio, mas ultimamente andava a ceder um pouco demais aos diversos lobbies que devem rodear um director de programas, principalmente numa estação tão comercial como a SIC. Essa postura levou, e leva quase sempre, a uma "desorganização" e impresivibilidade da programação, o que, para o público, é exasperante pois assim não se consegue seguir fielmente programa algum, seja ele novela da Globo ou série de culto.

Francisco Penim tem feito um trabalho inteligente e com critério nos canais de cabo da SIC, não mudando de ideias a toda a hora e mantendo uma coerência tanto nos horários como na fidelidade às séries que tem exibido. Claro que o facto de serem canais de cabo facilita a fidelização pois os episódios são repetidos mais que uma vez ao longo da semana e os horários costumam ser BEM mais certos que os dos canais generalistas (onde a 2: ganha o prémio do mais pontual). A primeira medida de Penim na SIC, a de acabar premptóriamente com o, provávelmente, mais inútil programa de um canal português de televisão de sempre, o Shôdona Leide (não consigo respeitar o programa o suficiente para escrever o título como deve ser), foi, no mínimo, ousada e anti-conformista. Esperemos que este espírito se mantenha e torne a SIC numa televisão mais variada (culturalmente) e mais dinâmica, com maior respeito pela programação que exibe e rigor nos horários (não custa desejar que de algum lado venha o exemplo!).

FORÇA PENIM! A SIC É TUA!

www.sic.pt

0 zappings:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

false

false