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14 agosto 2009

bits & pieces



A 4ª série de Doctor Who é talvez a melhor das 3 de David Tennant. Não me interpretem mal, a minha companion preferida ainda é e será para sempre Rose Tyler, mas é inquestionável o aumento progressivo da qualidade dos argumentos e visível a paixão com que a série tem vindo a ser feita. E, convenhamos, Donna Noble é genial! Não tem papas na língua e coloca o Doctor imediatamente no seu lugar quando ele se deixa levar pela própria inteligência e uma certa dose de arrogância intergaláctica. "Oi, spaceman!"

Como não tenho muito mais a dizer, só um chorrilho de elogios palermas, resolvi compilar uma série de pedacinhos, que por alguma razão me chamaram a atenção. Deixas, impressões in loco (o que significa que este post há de ser escrito aos bocadinhos), etc.

Aos mais incautos leitores deixo a advertência que este post contém grandes spoilers. Se passarem deste parágrafo sem terem visto a série, vão ficar a saber coisas que provavelmente não gostariam de saber para já! FORAM AVISADOS!



  • A primeira reaparição de Rose, logo no primeiro episódio é, no mínimo, sinistra... brrr! Deu-me arrepios na espinha.......
  • "He... is too skinny for words. You give him a hug and you get a paper cut!"
    Donna Noble para Martha Jones [S04-E04]
  • O episódio 7, The Unicorn and the Wasp, é com Agatha Christie! No universo britânico que habita na minha cabeça Agatha Christie é um dos elementos vitais se bem que actualmente guardada numa estante esquecida e provavelmente cheia de pó. Como Doctor Who, apesar de não ter crescido a ver as séries antigas tenho memórias vagas de Tom Baker e o seu cachecol e dos Daleks, é outro desses elementos vitais, mesmo que menor que Agatha Christie, vê-los juntos é para mim uma pequena maravilha! Estou em pulgas para ver o episódio!!
  • "I am the Doctor and I just snogged Mme. de Pompadour!"
    Doctor [S02-E04]

    Eu sei que esta frase não é desta série, mas apareceu novamente num Confidential e não resisti!
  • O episódio de Agatha Christie é um whodunnit maravilhoso que conjuga habilmente ambos os universos. Lembra as gloriosas séries da BBC dos anos 80.
  • Alex Kingston anda a dar-me sérias razões para embirrar com ela!
  • Até tenho medo de ver o próximo episódio [E11, Turn Left]. Duas razões: o final que se aproxima e Rose Tyler. O trailer é assustador...
  • Faltam dois episódios... vou chorar tanto......
  • Russel T. Davies é um homem cruel! Cruel com as suas personagens e cruel com o público...
  • O último episódio, monumental como nunca, é surpreendentemente alegre, principalmente tendo em conta que a série tem se vindo a tornar progressivamente cada vez mais grave e negra de episódio a episódio. Mas não deixa de ser extremamente dramático e emocionante e com uma "family reunion" que provavelmente ficará para a história, aliás como John Barrowman (o Captain Jack Harness) o disse.
  • Last but not least, não me posso esquecer de elogiar a fantástica escolha de músicas dos Doctor Who Confidentials. Só para mencionar um exemplo, o último episódio começa com o Firestarter dos Prodigy!
  • Ah! Sim, chorei baba e ranho...
Há muitos anos que não via uma série ou programa de televisão assim, excitante, emocionante, com que empatizo e que me enchesse de tal forma as medidas, que parecesse que foi feito à medida para mim. Doctor Who tem os ingredientes certos na medida certa. Tem fantasia e realismo q.b. tem excelentes histórias e personagens e emoção, muuuuita emoção! O lado mau nisto tudo é que agora me sinto extremamente melancólica e não vai ser fácil ultrapassar esta melancolia de tal forma esta série é envolvente (mas eu tenho bom remédio em DVD: Monty Python's Flying Circus ). Ainda me faltam os specials com o David Tennant/10º Doctor, que são quatro, mas o último só estreia no Natal...

A seguir, em 2010, estreia a 5ª série, já com o 11º Doctor, Matt Smith, que vou continuar a ver, claro, mas não será a mesma coisa. Apesar da direcção de argumento passar para as brilhantes mãos de Steven Moffat, Russel T. Davies e David Tennant já lá não estão e mesmo sendo Moffat o 3º vértice do triângulo impusionador desta nova série, fica um triângulo muito manco. Sei que Doctor Who fica em mãos mais que capazes, algumas das melhores histórias das 4 primeiras séries eram dele, mas não vai ser mesmo a mesma coisa...

Ao ver Doctor Who neste momento, em que ando a ficar um bocado saturada ou desiludida com as séries norte-americanas de televisão, volta a dar-me fé na ficção televisiva, melhor, na ficção televisiva britânica, com a qual eu cresci e que se mantém uma referência imutável no meu léxico televisivo. Não que as séries norte-americanas sejam más, mas olhando à distância começam a tornar-se num aglomerado em tudo semelhante, como quando se mistura plasticina de várias cores, ao princípio dá um arco-íris bem interessante e excitante mas no fim acabamos com um pedaço de plasticina inevitavelmente castanha.

Doctor Who - Series Four

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