TV-CHILD É UMA DESIGNAÇÃO QUE SE PODE DAR À MINHA GERAÇÃO, QUE CRESCEU
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09 agosto 2009

Um tipo às direitas



Por mais que não me apetecesse tirar do topo do TV-Child a foto de David Tennant, também me é impossível deixar passar em branco a morte de Raúl Solnado.

Raúl Solnado é uma das minhas referências televisivas portuguesas, era um actor fenomenal que era tão bom em comédia como em drama e sempre um tipo simpático, quando estava à civil. Era uma figura que sempre que aparecia no pequeno ecrã, me deixava um boa sensação e me punha bem disposta.

Por mais que admire a sua carreira no seu todo, para mim Raúl Solnado estará para sempre directamente ligado ao concurso A Visita da Cornélia (primeira versão), onde foi um excelente apresentador, que facilmente alcançava todo o tipo de espectadores. Era engraçado, leve e simultaneamente inteligente sem entrar em humor barato ou em preguicite televisiva, tão comum hoje em dia. Infelizmente só consegui encontrar o vídeo acima no YouTube, gostava de colocar aqui mais...

Mais recentemente, já numa fase de menor popularidade e de outros mediatismos, impressionou-me o seu desempenho no telefilme Facas e Anjos, do invulgar projecto SIC-filmes, onde fazia o oposto daquela imagem de tipo simpático e engraçado a que estava habituada.

Descansa em paz, deixaste-nos muito Raúl!

2 zappings:

Miss Sara disse...

Não respondo como crítica ao que foi escrito pela responsável do blog mas apenas como opinião pessoal. Nunca percebi a popularidade de Raul Solnado. Aliás, nunca percebi se ele era popular. Talvez por andar muito apagado há já muitos anos. Não o via como um cómico porque nunca lhe achei graça. Morreu como é obrigatório entre os mortais. Merece todo o respeito mas espero que não fiquem meses a fazer-lhe homenagens. Porque em vida, não se lembravam dele tão facilmente...

Misato disse...

Pois Sara, eu lembrava-me, e com carinho (senão aliás não tinha escrito este post) e muito menos sou pessoa de fazer homenagens ocas a quem acho que não merece (a ver o post que escrevi sobre o Michael Jackson).

Não sei a tua idade, mas talvez seja uma coisa de geração. Quem cresceu a ver TV nos anos 70 e 80 há de ter uma visão de certos profissionais, muitas vezes actualmente colocados na prateleira, muito diferente de quem já só os vê/viu na dita prateleira. E a popularidade não é a única razão para se gostar de uma personalidade pública, actor, encenador, realizador, etc. Aliás, de todas as que possam existir, é a que menos me interessa.

E podes ter a certeza de que me lembrava dele com frequência, tal como de muitos outros da sua geração (que é a dos meus pais) que são/foram profissionais dedicados, com grande mérito, inteligência e extremamente menosprezados nesta actual TV fast-food onde magazines, concursos e programas recreativos não são muito mais que formatos comprados lá fora, vazios de sentido, conteúdo, humor, interesse e humanidade.

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