A transmissão este ano passou para as mãos da FOX, versão penosamente comentada por pessoas da RFM - nem aguentei 5 minutos do Red Carpet - felizmente sem comentários na FOX MOVIES, mas com um som aos altos e baixos e cheio de batatas a fritar... Talvez devessem ter pago horas extra aos técnicos de emissão da FOX. Lá para meio alguém deve ter ido ao feicebuque, pois as batatas fritas ficaram prontas.
A cerimónia. Ficou-lhes bem começar com os Queen + Adam Lambert, quem não gosta de uma boa rapsódia dos Queen? Ainda por cima pelos próprios!
A ausência de apresentador não se sentiu muito, salvo algumas excepções, nos últimos anos também não têm sido memoráveis. Até acho que foi tudo mais flúido e gostei da aposta nos números musicais. Só foi pena as primeiras aprsentadoras, Tina Fey e Cia. terem prometido uma cerimónia mais divertida do que acabou por ser. Mas gostei da moça cujo nome não sei escrever, a oriental de fato rosa/lilás.
Ver filmes como Black Panther ou Roma a ganhar estatuetas, claramente porque são filmes, chamemos-lhes, "étnicos", é triste. Não que os filmes não as possam merecer, mas o politicamente correcto é tão mau como a supremacia branca e não vejo os filmes a ser avaliados pelo que são, como filmes, cinema, mas pelo que representam. Não é isto que é suposto estar a ser premiado, mas sim o valor cinematográfico das obras. Portanto em tudo quanto foi categoria onde pudessem ganhar a estatueta, ganharam. Mas para não parecer mal, dividiram o mal pelas aldeias e também deram alguns Oscars a Green Room, outro filme politicamente correcto, e a BlackkKlansman, porque pronto, negros e racismo. Mas gostava de ver BlackkKlansman na mesma. Como disse a Barbra: um detective negro infiltrado no KKK tem piada.
Gostei muito de ver entrar a sôdona Bette Midler no palco e a cantar. Tenho um certo carinho por ela. A reacção de Rupert Everett a Barbra Streisand e o elogio dela a BlackkKlansman foi excelente. A propósito: FINALMENTE o Spike Lee ganha um Oscar!!! Pode muito bem ter sido na onda do politicamente correcto que iria sempre premiar as minorias óbvias, mas o Spike Lee bem merece um Oscar. Já fazia falta.
Por isto:
Como puderam esquecer-se do Stanley Donen no in memoriam??!! Imperdoável! É verdade que foi na véspera, mas não podiam pagar umas horas extra ao montador? É o Stanley Donen do Singin' In the Rain, um dos filmes mais importantes da história do cinema! Já para não falar na sua restante filmografia.
OK, vamos ao que verdadeiramente interessa: os vestidos! Fiquei bastante desgostosa com a mode crise quatre vingt quatre, isto é, vestidos cor de rosa, cheios de folhos, Barbie anos 80, às paletes! O que passou pelas cabeças dos stylists este ano??!! O que safou a Red Carpet foram espantosamente os homens. Para além de uma profusão de smokings de veludo de várias cores (um dos meus tecidos preferidos), eis que surge esta maravilha, acima, também em veludo!!! Pontos para Christian Siriano, um dos vencedores de Project Runway, vestindo Billy Porter. Algures no século passado imaginei um visual parecido, mas como não arranjei a casaca aba-de-grilo, acabei por fazer a coisa a meia-haste. De resto, as excepções ao vomitado cor de rosa foram a J-Lo, genialmente vestida de bola de espelhos, e pouco mais.
Não gostei da decoração de palco deste ano, quero brilho! Aquela coisa, que mais fazia lembrar o Mathmos, em So.Go, no Barbarella, era simplesmente feia.
Portanto, no meio de tanto cor-de-rosa, os Oscars tentaram ser negros e ficaram-se pelo meio: pelo castanho.
Oscar.com
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