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07 setembro 2008

A 3ª metamorfose

Vi, claro, os primeiros programas da Lucy e digo desde já que a única coisa de que gosto mesmo é o logótipo, muito disco.

O programa é um simples programa de variedades com Luciana Abreu numa apresentadora mediana, que oscila entre a berraria e uma calma pouco natural, por vezes com falta de ritmo e forçada, coadjuvada por uma personagem supostamente cómica, o Professor Wannabe, que fora ensinar os putos a fazer coisas fáceis com as mãos, não se percebe bem o que anda ali a fazer, porque piada não tem. As canções são interpretações em mau playback (apenas comparáveis aos do programa de Luís Pereira de Sousa nos anos 80) de canções pop portuguesas e internacionais. A escolha das canções não é lá grande coisa, mas isso sou eu que não aprecio este tipo de músicas e isso sei que os miúdos costumam apreciar.

O cenário é colorido e engraçado, mas sem grande novidade, o guarda-roupa de Lucy e dos bailarinos é sempre branco, variando o figurino de Lucy que, vá se lá saber porquê, utiliza aqueles tecidos baratos do Vidal, cheios de lurex e falsas lantejoulas, que dão um ar chunga de traveca ao que ela veste. Nem nos tempos do Buéréré a vaca Malhoa parecia tão foleira! O que safa a Lucy é o facto de ser tudo branco e os figurinos estão muitíssimo bem executados, os meus parabéns às costureiras! Muito sinceramente o excesso de silicone das mamas de Luciana Abreu ofende-me, parece que anda por ali a exibi-las! A SIC censura o beijo casual e contrariado entre Naruto e Sasuke, mas as mamas de Luciana Abreu (que ainda por cima dá mais tarde) não... E ainda se queixam da violência e sexo nos anime! Vai lá vai...

Depois os grafismos. Enquanto que o logótipo está muito giro e bem concebido, os grafismos são um bocado fraquinhos e gostava de saber porque num programa para crianças (que se prefere que vejam os desenhos animados dobrados em português para poderem compreender) os nomes das rubricas e do sidekick são todos em inglês! Aliás nunca sequer acertam como deve ser na ortografia da palavra wannabe (que, já agora, é uma aglutinação da expressão want to be = querer ser)...

Em resumo, com a fama que Luciana Abreu conquistou graças à Floribella com os miúdos, dava-lhe imenso potencial para fazer um programa giro, divertido e decente para eles. É uma pena que os programas infantis nacionais continuem a não arriscar, a ser tão pouco interessantes e de uma pedagogia de chacha.

Programa da Lucy

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