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10 setembro 2008

E andá roda!

Não gosto de concursos, ponto. Costumo dizer que não nasci com o gene do jogador, talvez seja essa uma das razões. Mas um dos pouquíssimos concursos que assisti com regularidade na TV foi a primeira versão (RTP) da Roda da Sorte. O outro foi o 123. Por isso mesmo estava com alguma curiosidade em ver a nova Roda da Sorte na SIC.

A roda é tão pequenina!!! Parece metade do tamanho da anterior! De resto é a Roda da Sorte na era digital, o concurso sofreu poucas alterações de base. Acho mais piada à "assistente" Vanessa Palma que à anterior Ruth Rita. É verdade que a Ruth Rita, com aquele ar de parvinha, se predispunha mais ao gozo de Herman José, mas Vanessa, a quem já achava piada no QTT, que vi algumas vezes por razões profissionais (infelizmente!), é espevitada, atrevida e bubbly, que condiz muito mais com o tipo de programa que a nova Roda da Sorte poderá vir a ser. Herman José está muito comedido, mas felizmente não está chato, nem arrogante, nem com as parvoíces que infelizmente o têm caracterizado nos últimos anos. Vamos lá ver no que isto vai dar... Ah sim, as camisas são, de dia para dia, cada vez mais horrorosas! Em contrapartida gosto da vestimenta de Vanessa, condiz com a personalidade dela.

Nestes poucos dias em que vi a Roda da Sorte perguntei-me várias vezes porque não me aborreço de morte com este concurso como com os outros. Uma das razões está no próprio concurso: mesmo que uma pessoa não participe on camera ou pelo telefone, é o tipo de concurso que entretém sempre porque os passatempos podem facilmente ser respondidos em casa, até dá a oportunidade de famílias tentarem competir entre si e com o que vão acompanhando pelo écran. Outra razão é porque gosto de jogos de palavras (sou viciada em palavras cruzadas) e este concurso vai, de alguma forma, ao encontro desse gosto. Outra razão está em Herman José. Já não sou fã dele como outrora já fui, não digo as frases que ele tornou moda (talvez alguma das mais antigas...), desde há pelo menos 6 ou 7 anos que não sigo com atenção o seu trabalho. Mas mesmo a maneira comedida com que tem apresentado esta Roda da Sorte é totalmente diferente do habitual nos apresentadores de concursos e, de certa forma, menos popularucha ou imbecilizante. Também não é agressivo ou deliberadamente matreiro. Só uma coisa ainda não me convenceu nesta nova versão, parece que ele está a falar para si próprio com as piadas (nem sempre engraçadas) que vai contando por cima do jogo dos concorrentes. Mesmo assim, e talvez seja também a escolha dos concorrentes um factor, ainda não apareceram aquelas bocas completamente fora de propósito ou o excesso de bimbalhice (leia-se histerismo) que outros concursos populares despoletam. Ah! E Herman felizmente já não tem o cabelo naquele amarelo-mijo horroroso (apesar de continuar loiro).

Mas gostava, como provavelmente muitos dos fãs da antiga Roda da Sorte, que Herman conseguisse atingir de novo aquele difícil equilíbrio entre o disparate desbragado mas cheio de humor leve, descomprometido e ao mesmo tempo ligeiramente arriscado.

Roda da Sorte

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